Uma nova pesquisa mostra que adotar uma dieta saud&aacute;vel pode reduzir a gravidade da dor cr&ocirc;nica, apresentando uma maneira f&aacute;cil e acess&iacute;vel para os pacientes controlarem melhor sua condi&ccedil;&atilde;o. Entenda tudo sobre o assunto!&nbsp;

A <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/christina-aguilera-sofre-com-dores-no-joelho-devido-ao-salto-alto">dor cr&ocirc;nica</a> &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o debilitante que afeta milh&otilde;es de pessoas ao redor do mundo, comprometendo a qualidade de vida e limitando as atividades cotidianas. Embora existam diversas op&ccedil;&otilde;es de tratamento dispon&iacute;veis, muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades em acessar cuidados adequados devido a barreiras como falta de recursos financeiros e de acesso a servi&ccedil;os m&eacute;dicos especializados. No entanto, uma nova <a href="https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S027153172400109X">pesquisa</a> da Universidade do Sul da Austr&aacute;lia traz uma descoberta promissora: adotar uma <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/depressao-e-intestino-qual-a-relacao">dieta saud&aacute;vel</a> pode ser uma estrat&eacute;gia eficaz para reduzir a intensidade da dor cr&ocirc;nica.

&ldquo;Essa &eacute; uma maneira f&aacute;cil e acess&iacute;vel para os pacientes controlarem melhor a condi&ccedil;&atilde;o. &Eacute; sempre importante que a dor cr&ocirc;nica seja diagnosticada por um m&eacute;dico especialista e acompanhada para definir as melhores estrat&eacute;gias. No entanto, &eacute; fundamental que se entenda o papel da dieta para reduzir a gravidade da dor e melhorar a qualidade de vida desse paciente&rdquo;, explica o ortopedista Dr. Fernando Jorge, especialista em Interven&ccedil;&atilde;o em Dor (Hospital Albert Einstein) e em Medicina Intervencionista em Dor (Faculdade de Medicina da USP - Ribeir&atilde;o Preto). &ldquo;Esse estudo mostra que um maior consumo de vegetais, frutas, gr&atilde;os, carnes magras e latic&iacute;nios foi relacionado a menos dor, independentemente do peso corporal. Ou seja, a dieta saud&aacute;vel que compreende um padr&atilde;o alimentar equilibrado, variado e o mais natural poss&iacute;vel &eacute; uma excelente op&ccedil;&atilde;o para o tratamento da dor&rdquo;, acrescenta a m&eacute;dica nutr&oacute;loga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Explorando associa&ccedil;&otilde;es entre gordura corporal, dieta e dor, os pesquisadores descobriram que um maior consumo de alimentos dentro das Diretrizes Diet&eacute;ticas Australianas estava diretamente associado a menores n&iacute;veis de dor corporal, principalmente entre mulheres. &ldquo;&Eacute; muito comum que pacientes com dor cr&ocirc;nica retirem alimentos ou at&eacute; mesmo grupos alimentares da dieta sem indica&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica. E isso, al&eacute;m de desnecess&aacute;rio, pode ser perigoso porque algumas car&ecirc;ncias de vitaminas podem impactar em outros problemas no corpo&rdquo;, conta o Dr. Fernando Jorge. &ldquo;A falta de c&aacute;lcio em pacientes que eliminam os l&aacute;cteos sem uma dieta balanceada, por exemplo, pode causar dor abdominal, n&aacute;useas, dores &oacute;sseas, fraqueza muscular, confus&atilde;o mental e fadiga&rdquo;, explica a Dra. Marcella.
Embora o sobrepeso e a obesidade sejam fatores de risco para dor cr&ocirc;nica, o estudo concluiu que ter esse tipo de alimenta&ccedil;&atilde;o reduz a dor cr&ocirc;nica independentemente da composi&ccedil;&atilde;o corporal. &ldquo;De qualquer maneira, reduzir o peso corporal nesses casos trar&aacute; um resultado ainda melhor&rdquo;, completa o m&eacute;dico.
De acordo com a Dra. Marcella Garcez, o estudo mostra como fatores modific&aacute;veis, como a dieta, podem ajudar a controlar e aliviar a dor cr&ocirc;nica. "&Eacute; de conhecimento comum que comer bem &eacute; bom para sua sa&uacute;de e bem-estar. Mas saber que mudan&ccedil;as simples em sua dieta podem compensar a dor cr&ocirc;nica pode mudar a vida de pessoas que convivem com a dor", diz a m&eacute;dica. "As escolhas alimentares e a qualidade geral da dieta de uma pessoa n&atilde;o apenas a tornar&atilde;o mais saud&aacute;vel, mas tamb&eacute;m ajudar&atilde;o a reduzir seus n&iacute;veis de dor", diz a Dra. Marcella.

No estudo, mulheres com dietas melhores tiveram n&iacute;veis de dor mais baixos e melhor fun&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica. &ldquo;&Eacute; poss&iacute;vel que as propriedades anti-inflamat&oacute;rias e antioxidantes dos principais grupos alimentares mais saud&aacute;veis sejam o que reduz a dor&rdquo;, diz o Dr. Fernando.
A Dra. Marcella ressalta um ponto importante que &eacute;, muitas vezes, ausente na dieta do brasileiro: o consumo de frutas e vegetais ricos em antioxidantes. &ldquo;Op&ccedil;&otilde;es como o morango, o mirtilo, a amora e a framboesa, a cenoura, o espinafre, o piment&atilde;o e os br&oacute;colis s&atilde;o interessantes, pois combatem o estresse oxidativo, a inflama&ccedil;&atilde;o, ajudam a melhorar a sa&uacute;de geral e a reduzir a ocorr&ecirc;ncia de dores cr&ocirc;nicas&rdquo;, diz a m&eacute;dica. Outro cl&aacute;ssico &eacute; o &ocirc;mega-3: &ldquo;Pessoas com artrite e outras condi&ccedil;&otilde;es inflamat&oacute;rias nas articula&ccedil;&otilde;es podem se beneficiar do &ocirc;mega-3, pois ele ajuda a reduzir a inflama&ccedil;&atilde;o e a rigidez, melhorando a mobilidade e diminuindo a dor. Podemos encontr&aacute;-los em peixes como salm&atilde;o e atum, e em sementes como a de chia e de linha&ccedil;a, e nas nozes&rdquo;, diz a Dra. Marcella. "Uma dieta saud&aacute;vel e nutritiva traz m&uacute;ltiplos benef&iacute;cios para a sa&uacute;de, bem-estar e controle da dor. E embora estrat&eacute;gias personalizadas de controle da dor devam ser adotadas, uma dieta saud&aacute;vel &eacute; uma maneira acess&iacute;vel, econ&ocirc;mica e eficaz de controlar e at&eacute; mesmo reduzir a dor", finaliza o Dr. Fernando Jorge.

Dieta saudável pode auxiliar no tratamento de dores crônicas

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