A s&iacute;ndrome de burnout &eacute; desencadeada por sobrecarga e insatisfa&ccedil;&atilde;o profissional, afetando mais mulheres do que homens&nbsp;

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/pausa-necessaria">Burnout</a> &eacute; uma s&iacute;ndrome que est&aacute; diretamente ligada a rotinas excessivas, alta cobran&ccedil;a, busca incans&aacute;vel por resultados e retorno profissional, al&eacute;m do desejo de alcan&ccedil;ar o inalcan&ccedil;&aacute;vel: a perfei&ccedil;&atilde;o. Os principais sintomas dessa doen&ccedil;a, s&atilde;o dor de cabe&ccedil;a, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/dora-figueiredo-fala-sobre-5-maneiras-de-trabalhar-a-autoestima">autoestima baixa</a>, dificuldade de concentra&ccedil;&atilde;o e queda na qualidade do sono.&nbsp;

Por&eacute;m, parece que a s&iacute;ndrome tem predile&ccedil;&atilde;o por um p&uacute;blico: o feminino. Segundo um levantamento realizado pelo Women in the Workplace, cerca de 42% das entrevistadas do g&ecirc;nero feminino apresentam sintomas da doen&ccedil;a. De acordo com a psic&oacute;loga cl&iacute;nica, Bruna Gomes, o principal perfil de mulheres que est&atilde;o propensas a desenvolver a doen&ccedil;a s&atilde;o aquelas que est&atilde;o somatizando, esquecendo cada vez mais de si mesmas para dar espa&ccedil;o &agrave;s suas obriga&ccedil;&otilde;es. &ldquo;De fato, sempre existem muitas obriga&ccedil;&otilde;es na vida da mulher, mas devido &agrave; sua tend&ecirc;ncia afetiva e acolhedora, por vezes, ela n&atilde;o percebe que alcan&ccedil;ou o limite. Embora seja dotada de extrema capacidade, ela quer poder resolver tudo e, muitas vezes, sozinha, e isso nem sempre &eacute; poss&iacute;vel. A mulher tamb&eacute;m pode se ver frustrada por n&atilde;o obter resultados, tanto na empresa, quanto na fam&iacute;lia, mesmo dando tudo de si. A partir disso, mais facilmente ela se endere&ccedil;a para uma exaust&atilde;o f&iacute;sica e emocional&rdquo;, explica.

Para a Dra. Bruna, o fato das mulheres terem m&uacute;ltiplas tarefas e fun&ccedil;&otilde;es, torna-se um facilitador para o aparecimento da doen&ccedil;a e pontua: &ldquo;As mulheres acabam por ter que se for&ccedil;ar a dar conta de tudo. Precisam atender a todas as solicita&ccedil;&otilde;es ao seu redor. Muitas delas possuem dupla jornada de trabalho: na empresa e na resid&ecirc;ncia, tendo seus deveres de limpar a casa, cozinhar, cuidar de seus filhos, etc".

A psic&oacute;loga tamb&eacute;m destaca a problem&aacute;tica de que muitas mulheres s&atilde;o solteiras e moram sozinhas, mas s&atilde;o l&iacute;deres na empresa e somam muitos afazeres: &ldquo;A S&iacute;ndrome de Burnout pode aparecer em diferentes contextos. Na vida feminina, est&aacute; relacionada ao ac&uacute;mulo de responsabilidades e ao desgaste f&iacute;sico e mental&rdquo;.

Os sintomas da doen&ccedil;a s&atilde;o not&aacute;veis para quem j&aacute; sofre com a press&atilde;o no &acirc;mbito corporativo, a produtividade cai e at&eacute; tarefas simples tornam-se desafiadoras. Segundo Dra. Bruna, a vida profissional da mulher fica acometida pelo des&acirc;nimo, estresse, ansiedade, e muitas vezes, fadiga, ins&ocirc;nia, perda de apetite, entre outros. &ldquo;Como toda doen&ccedil;a f&iacute;sica e/ou psicol&oacute;gica, quanto mais cedo se percebem os sinais, mais r&aacute;pido pode-se buscar uma interven&ccedil;&atilde;o e bloquear o agravamento do caso. Mas, para isso, &eacute; importante ter uma boa percep&ccedil;&atilde;o de si mesmo e ser sincero diante do que est&aacute; sentindo, pois se os ind&iacute;cios forem ignorados, no pior dos casos, pode-se chegar at&eacute; ao suic&iacute;dio&rdquo;, enfatiza.

Algumas medidas podem ser tomadas para evitar o quadro. Para Dra. Bruna, primeiramente, &eacute; necess&aacute;rio verificar quais estrat&eacute;gias para manejo do estresse podem ser desenvolvidas com a finalidade de melhorar a viv&ecirc;ncia no trabalho. Al&eacute;m disso, &eacute; importante ter em mente que a vida est&aacute; para al&eacute;m do trabalho e das obriga&ccedil;&otilde;es. Tamb&eacute;m &eacute; necess&aacute;rio levar em conta um estilo de vida saud&aacute;vel, onde se priorizam os momentos de descanso, lazer, atividade f&iacute;sica e rela&ccedil;&otilde;es interpessoais. A psic&oacute;loga finaliza explicando que: &ldquo;Entender os pr&oacute;prios limites se torna fundamental para n&atilde;o se sobrecarregar e n&atilde;o perder o bom relacionamento com quem est&aacute; &agrave; sua volta. O trabalho faz parte da vida e &eacute; importante, mas ele n&atilde;o pode ser o definidor dela&rdquo;.

Síndrome de Burnout: mulheres são as mais afetadas no Brasil

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