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        <p><em>A&nbsp;ci&ecirc;ncia mostra que &eacute; poss&iacute;vel colocar &ldquo;exerc&iacute;cios&rdquo; na rotina&nbsp;<span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">para aumentar a possibilidade de </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">ser feliz</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">.</span></em></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>S&atilde;o in&uacute;meros os cursos, online ou presenciais, para tentar desvendar os mist&eacute;rios e os caminhos da felicidade. Um deles, dispon&iacute;vel gratuitamente pela plataforma edX, j&aacute; conta com mais de 550 mil estudantes e est&aacute; repleto de depoimentos positivos. O interesse &eacute; v&aacute;lido: quem n&atilde;o quer ter uma vida leve, animada e cheia de boas energias?</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>A revista Time, recentemente, tamb&eacute;m dedicou um espa&ccedil;o consider&aacute;vel para falar sobre o tema. Nela, consta um estudo que baliza dados colhidos entre grandes especialistas do comportamento, a fim de mensurar o que faz as pessoas sentirem mais felicidade e com que frequ&ecirc;ncia. Os resultados foram impressionantes por sua trivialidade, de certo modo.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>&Eacute; consenso entre experts no assunto que a felicidade &eacute; um sentimento transit&oacute;rio. N&atilde;o d&aacute; para estar bem cem por cento do tempo &ndash; e isso sabemos na pr&aacute;tica. Fatores biol&oacute;gicos, psicol&oacute;gicos e externos fazem com que a altera&ccedil;&atilde;o de humor ocorra. &Eacute; algo natural. Entretanto, o que come&ccedil;a a ser divulgado com mais afinco &eacute; a possibilidade de treinar a mente e o corpo para ampliar bons momentos. E isso envolve amor, prop&oacute;sito e administra&ccedil;&atilde;o do tempo.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>No ranking da pesquisa, as atividades no </span><span>top five </span><span>para melhorar o bem-estar s&atilde;o: sono regulado (com mais de sete horas de descanso por noite), ter um </span><span>hobby </span><span>di&aacute;rio, como ler, pintar, cozinhar, escrever e cuidar de plantas, praticar esportes, mesmo que moderadamente, todos os dias ou de cinco a seis vezes por semana, passar algum tempo perto da natureza (tamb&eacute;m diariamente) e meditar ou rezar. Tamb&eacute;m s&atilde;o considerados pilares da felicidade a sensa&ccedil;&atilde;o de autonomia, conectar-se com os outros fora de casa ou do ambiente de trabalho, n&atilde;o empurrar para debaixo do tapete sensa&ccedil;&otilde;es ruins e sim tentar encar&aacute;-las e trabalh&aacute;-las, al&eacute;m de ter um ou mais prop&oacute;sitos de vida. Ou seja, a felicidade n&atilde;o &eacute; algo que bate &agrave; nossa porta, como fomos treinados a pensar. Precisamos nutri-la, exercit&aacute;-la e, para isso, ter tempo para cuidar de si mesmo &eacute; mandat&oacute;rio &ndash; o que n&atilde;o &eacute; l&aacute; muito f&aacute;cil em tempos hiperconectados e de excesso de responsabilidade.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Segundo Denize Savi, especialista em ci&ecirc;ncia da felicidade, a sociedade est&aacute; cada dia mais triste, apesar de falar-se muito sobre a alegria. Atribui-se a isso o pr&oacute;prio modelo de sociedade em que vivemos, pautado pelo individualismo e pelo prazer imediato. Para ela, somos o que Anna Lembke, professora de Psiquiatria e Medicina de Adic&ccedil;&atilde;o na Universidade de Stanford, chama de &ldquo;na&ccedil;&atilde;o dopamina&rdquo;. O hiperconsumo de toda ordem (comida, bebida, drogas, redes sociais, compras e sexo) tem causado um efeito rebote nos indiv&iacute;duos. &ldquo;Quanto mais dopamina no c&eacute;rebro, mais adictiva &eacute; a experi&ecirc;ncia e mais ela pende para a balan&ccedil;a do sofrimento.Todos n&oacute;s vivenciamos aquele momento de desejar mais um peda&ccedil;o de chocolate, mais uma dose, um pouco mais de tempo navegando nas redes. O problema &eacute; que o ser humano tem um apetite infinito por distra&ccedil;&otilde;es&rdquo;, diz.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>O que fazer ent&atilde;o para encontrar um equil&iacute;brio entre o que &eacute; felicidade e o que &eacute; desejo?</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>&ldquo;A maioria das pessoas confunde felicidade com prazer e alegria. Prazer &eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o e alegria &eacute; uma emo&ccedil;&atilde;o, assim como a raiva, a tristeza e o medo. J&aacute; a felicidade &eacute; serenidade e equil&iacute;brio. &Eacute; um estado geral de bem-estar e contentamento pessoal&rdquo;, explica a especialista.</span></p>
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Foto: Pexels

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        <p style="text-align: justify;"><span>Confira tr&ecirc;s passos&nbsp;que Denize selecionou para exercitarmos o encontro com a felicidade:</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>1. </span><span>Pratique a aten&ccedil;&atilde;o plena. Na hora do banho, por exemplo, foque na sensa&ccedil;&atilde;o&nbsp;de prazer da &aacute;gua morna caindo sobre o corpo, no sabonete escorregando pela pele, inspire lentamente os vapores repletos&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">de aroma. Estar &ldquo;presente no momento presente&rdquo; diminui a ansiedade e aumenta a capacidade criativa.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>2. </span><span>Reclame menos. Claro que expor o descontentamento e dialogar para diminuir sentimentos ruins &eacute; mais do que v&aacute;lido, mas pense se a sua reclama&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">&eacute; produtiva ou apenas um h&aacute;bito. N&oacute;s reclamamos porque nos sentimos bem com isso. Nosso corpo libera dopamina, que &eacute; um neurotransmissor que causa sensa&ccedil;&atilde;o de prazer, na hora da reclama&ccedil;&atilde;o. S&oacute; que algumas atitudes que causam a sensa&ccedil;&atilde;o de prazer fazem mal: comida gordurosa, refrigerante, cigarro, drogas em geral.&nbsp;</span><span>E reclamar entra nessa lista. Reclamar demais encolhe o hipocampo &ndash; que &eacute;&nbsp;uma &aacute;rea do c&eacute;rebro que usamos para&nbsp;a resolu&ccedil;&atilde;o de problemas. &Eacute; a &aacute;rea do pensamento inteligente.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>3. </span><span>Pratique a gratid&atilde;o. A gratid&atilde;o &eacute; um ant&iacute;doto para a reclama&ccedil;&atilde;o e para a escassez, mas como o ser humano tem uma tend&ecirc;ncia natural a ser negativo, &eacute; preciso desenvolver a gratid&atilde;o como habilidade para a felicidade.</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>Quer aumentar um pouco mais o treino para ter um c&eacute;rebro mais propenso &agrave; felicidade? Leia! A psic&oacute;loga, psicanalista e psicoterapeuta Beatriz Breves, que dedicou mais de 35 anos ao estudo do sentir, possui uma s&eacute;rie de tr&ecirc;s obras que falam sobre como entender os sentimentos, passo primordial para uma vida mais equilibrada e saud&aacute;vel. Uma delas &eacute; O eu sens&iacute;vel. O leitor &eacute; convidado para se conectar com suas emo&ccedil;&otilde;es, algo que &eacute; pouco explorado na sociedade, j&aacute; que desde crian&ccedil;a, no geral, fomos ensinados a reprimir sentimentos.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Ser feliz &eacute; um exerc&iacute;cio di&aacute;rio que nem sempre ser&aacute; f&aacute;cil ou confort&aacute;vel, pois envolve autoconhecimento e paci&ecirc;ncia. O bom &eacute; que n&atilde;o &eacute; imposs&iacute;vel come&ccedil;ar a praticar.</span></p>
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Exercícios mentais na rotina podem ser o caminho para a felicidade

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