Ot&aacute;vio Muller relembra apoio de Cazuza no in&iacute;cio da carreira e revela bilhete emocionante do primo: &ldquo;Agora n&atilde;o somos mais primos, a gente &eacute; amigo&rdquo;

Por tr&aacute;s da estreia de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/celebridades-que-tiveram-filhos-juntos-e-voce-nao-sabia">Ot&aacute;vio Muller</a> na TV, um nome inesperado se destaca: <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/vinicius-loyola-vive-cazuza-em-musical-de-ney-matogrosso">Cazuza</a>. Em recente entrevista, o ator de 59 anos relembra com carinho o papel decisivo que o &iacute;cone do rock nacional teve em sua entrada na teledramaturgia. Primo de segundo grau do cantor, Ot&aacute;vio conta que foi Cazuza quem o indicou ao autor Gilberto Braga, o que resultou em sua escala&ccedil;&atilde;o para &ldquo;Vale Tudo&rdquo;, um dos maiores cl&aacute;ssicos da teledramaturgia brasileira &ndash; justamente com uma m&uacute;sica de abertura cantada pelo pr&oacute;prio Cazuza.

&ldquo;Foi o Cazuza e minha tia que deram esse pontap&eacute; inicial&rdquo;, relembra Muller. &Agrave; &eacute;poca, ele ainda era um jovem estudante da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), e protagonizava uma pe&ccedil;a dirigida por Luiz Ant&ocirc;nio Martinez Corr&ecirc;a. Convidado para compor a trilha do espet&aacute;culo, Cazuza se impressionou com o talento do primo. &ldquo;Ele falou: &lsquo;Vou fazer a m&uacute;sica, cara, porr*, voc&ecirc; &eacute; ator, que maneiro, n&atilde;o sabia&rsquo;. Pronto. Ali, a idade j&aacute; n&atilde;o fazia mais tanta diferen&ccedil;a&rdquo;, recorda Ot&aacute;vio. A partir dali, os dois criaram uma conex&atilde;o que ia al&eacute;m dos la&ccedil;os de sangue. &ldquo;Ele escreveu: &lsquo;Agora n&atilde;o somos mais primos, a gente &eacute; amigo&rsquo;. Me lembro que ele fez isso com muita empolga&ccedil;&atilde;o&rdquo;, conta o ator, emocionado ao lembrar do bilhete que o primo lhe escreveu numa m&aacute;quina de escrever.
A rela&ccedil;&atilde;o entre os dois, at&eacute; ent&atilde;o marcada pela timidez e pela diferen&ccedil;a de idade, floresceu atrav&eacute;s da arte. &ldquo;Ele me inspirava e o meu instinto j&aacute; sacava que ele era poeta, que sempre foi. Ele era um poeta t&iacute;mido quando crian&ccedil;a, guardava e escondia as coisas&rdquo;, diz Muller, que tamb&eacute;m se lembra do conselho do primo, dado pouco antes da morte de Cazuza, em 1990: &ldquo;Cara, &eacute; voc&ecirc; querer. Voc&ecirc; vai ter a sua casa, vai ter uma casa dos seus sonhos&rdquo;.

Otávio Muller em 'Vale Tudo' | Reprodução TV Globo

O papel em &ldquo;Vale Tudo&rdquo; foi, de fato, um marco para Ot&aacute;vio. Al&eacute;m da conex&atilde;o afetiva com a trilha sonora de Cazuza, ele deu vida a Sardinha &ndash; personagem escrito especialmente para ele por Gilberto Braga, inspirado nas suas sardas. O ator n&atilde;o esconde o carinho por essa estreia: &ldquo;Foi super carinhoso comigo, dos diretores mais importantes da minha vida, assim como o Gilberto&rdquo;.

Otávio Muller relembra apoio do primo Cazuza no início da carreira

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