Cid Moreira deserda filhos em testamento milionário
O jornalista Cid Moreira faleceu aos 97 anos na última semana e tinha dois filhos
Cid Moreira nos deixou na última semana aos 97 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. No entanto, uma polêmica tem se estendido após a morte do comunicador: ele deixou um testamento público que estabelece a retirada do direito à herança por parte de seus filhos, Rodrigo e Roger Moreira!
Segundo o Folha de São Paulo, a informação foi dada pelo advogado da viúva do apresentador, Fátima Sampaio Moreira. Segundo Davi de Souza Sandaño, os dois filhos do apresentador pediram a abertura do inventário do pai. Cid viveu os últimos anos de sua vida brigado com os filhos.
Segundo O Globo, a família chegou a travar uma disputa judicial movida pelos dois filhos de Cid contra o pai e sua esposa, Fátima, e foi arquivada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2023. Roger e Rodrigo pediram formalmente à Justiça para terem acesso total ao testamento.
No processo, eles solicitaram gratuidade por serem "pobres na expressão da palavra". O advogado dos dois estima uma fortuna total de R$ 60 milhões — "um patrimônio de R$ 40 milhões em imóveis e R$ 20 milhões em contratos envolvendo direitos autorais", como diz o documento.
Segundo o pedido, eles relembram danos psicológicos supostamente causados pelo pai durante o segundo casamento. A defesa de Fátima definiu como "lamentável e inoportuna" a abertura do inventário pelos filhos de Cid Moreira poucas horas após a notícia da morte.
"A postura demonstra, de forma indisfarçável, que eles nunca tiveram interessados em outra coisa senão o patrimônio do pai", afirmou o advogado Saldaño, em entrevista à "Folha de S. Paulo". "Cid Moreira manifestou em testamento público, motivadamente, a vontade de deserdar os dois filhos, com base na indignidade prevista no Código Civil brasileiro, excluindo-os da sucessão. Todo ano ele refazia o testamento acompanhado de diversos laudos médicos comprovando sua capacidade civil", acrescentou o representante judicial de Fátima Sampaio.