Adriana Bozon, diretora criativa e de branding do grupo InBrands, fala sobre os investimentos no digital e o acesso aos grandes grupos de moda

Adriana Bozon, diretora criativa e de branding do grupo InBrands, fala sobre os <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/tesouro-selic-ou-cdi-descubra-onde-vale-a-pena-investir">investimentos no digital</a> e o acesso aos grandes <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/savoir-faire-em-essencia-estrategias-dos-grandes-grupos-de-luxo">grupos de moda</a>. Confira!&nbsp;

Ela &eacute; um nome conhecido no mundo da moda nacional. Adriana Bozon, diretora criativa e de branding da InBrands, grupo que re&uacute;ne sete marcas do mercado &ndash; Bobstore, Ellus e Ellus Second Floor, Richards, Salinas, Tommy Hilfiger e VR Collezioni &ndash;, vem se destacando em sua atua&ccedil;&atilde;o e seus insights sobre o setor &ndash; que &eacute; grandioso. De acordo com o Sebrae, o ano passado somou 6,55 bilh&otilde;es de pe&ccedil;as comercializadas (grande parte por e-commerce), e 2025 promete um faturamento maior que 1 trilh&atilde;o de d&oacute;lares.

Segundo Adriana, o mercado de moda nacional sofreu grandes mudan&ccedil;as, sobretudo quando o assunto &eacute; com&eacute;rcio digital. &ldquo;A pandemia foi um divisor de &aacute;guas. Quem n&atilde;o estava digitalizado ou n&atilde;o tivesse apostado em uma comunica&ccedil;&atilde;o digital &ndash; e-commerce, Facebook, Instagram &ndash; teve que correr atr&aacute;s para se atualizar nesse sentido. &Eacute; um 360 que o cliente precisa ter com a marca&rdquo;, explica, acrescentando que o PDV (ponto de venda) e o shopping continuam sendo cart&atilde;o de visita para o consumidor. &ldquo;O cliente, atualmente, &eacute; um s&oacute; e transita entre estes dois mundos, o f&iacute;sico e o digital. Isso realmente mudou muito, tem uma agilidade de comunica&ccedil;&atilde;o, o on-line demanda muito mais da gente em termos de marketing, de conte&uacute;do, de ter as sunto todos os dias.&rdquo;

Mas se o e-commerce &eacute; um acaminho sem volta, como ela mesmo sentencia, as marcas e os designers do mercado ter&atilde;o ainda outro desafio: a agilidade. Adriana explica que antes eles faziam duas grandes campanhas que se estendiam pelo ano inteiro. Agora, o assunto &eacute; outro. &ldquo;Hoje em dia, n&oacute;s mantemos essas duas grandes, mas &eacute; preciso ter assunto para o dia a dia. Ent&atilde;o tem que ter campanha do Dia dos Namorados, Dia dos Pais, uma a&ccedil;&atilde;o de produto espec&iacute;fica, fazer conte&uacute;do para outro produto, dar os atributos das roupas. Hoje &eacute; muito din&acirc;mico, muito trabalho, insano (risos).&rdquo;

Sustentabilidade

Outro ponto que Adriana ressalta &eacute; a sustentabilidade. Para ela, &eacute; um desafio di&aacute;rio e com muitas vertentes que podem ser trabalhadas e melhoradas. &ldquo;A categoria vem trabalhando nisso, desde o setor t&ecirc;xtil nacional. Pegamos alguns players da &aacute;rea que j&aacute; est&atilde;o ambientados com essa realidade, como uma Vicunha, por exemplo, ou outros fornecedores, lavanderia que esteja de acordo com as regras sustent&aacute;veis e v&aacute;rios outros menores, porque essa preocupa&ccedil;&atilde;o com a sustentabilidade vem aumentando cada vez mais&rdquo;, diz, e &eacute; um por&eacute;m para as gera&ccedil;&otilde;es mais novas, que se preocupam muito com a rastreabilidade do que consomem.

Mas e as marcas, como estariam respondendo &agrave;s exig&ecirc;ncias para serem sustent&aacute;veis e pr&oacute;-planeta? De acordo com Adriana, elas est&atilde;o tentando e buscando, porque o consumidor est&aacute; preocupado com isso. &ldquo;A gera&ccedil;&atilde;o mais nova olha muito para a sustentabilidade, e para buscarmos um p&uacute;blico mais jovem para nossos produtos tamb&eacute;m precisamos estar antenados sobre o tema&rdquo;, explica.

Questionada sobre a quest&atilde;o dos grandes grupos de moda, como InBrands e mais recentemente o Azzas 2154 (Alexandre Birman e Grupo Soma), se s&atilde;o uma tend&ecirc;ncia no mercado nacional, ela &eacute; categ&oacute;rica: acha que sim. &ldquo;N&atilde;o s&oacute; na moda, como em outros setores que j&aacute; vimos isso acontecer. Acho que &eacute; uma tend&ecirc;ncia unir for&ccedil;as. N&atilde;o &eacute; f&aacute;cil, a otimiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o vem do dia para a noite, &eacute; um grande desafio ainda, mas &eacute; uma tend&ecirc;ncia em todos os setores, produtividade, ganho de escala, tudo com o objetivo de melhor custo e a experi&ecirc;ncia para o consumidor.&rdquo;

E seriam os grandes grupos uma oportunidade de mercado no mundo da moda para todos os envolvidos? Para Adriana, ainda n&atilde;o. &ldquo;As marcas menores sofrem mais nos grandes grupos, que est&atilde;o mais preparados para absorver as que j&aacute; v&ecirc;m mais estruturadas e com uma escala maior. &Eacute; dif&iacute;cil marcas menores entrarem em um grande grupo principalmente pela quest&atilde;o do fornecimento. A escala &eacute; muito diferente. Ent&atilde;o vejo como um desafio.&rdquo;

Para Adriana Bozon, diretora criativa e de branding da InBrands, marcas menores têm mais dificuldade de aderir à estrutura e necessidades de um grande grupo - Foto: Nicole Heiniger / Divulgação.

Adriana Bozon fala sobre o digital e os grandes grupos de moda

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