SPFW N59: Handred, sucinta e direta, sem perder o charme
Com um show de apenas 15 looks, a Handred apresentou sua nova coleção para a SPFW N59!
Raras vezes um desfile não é sobre moda, mas sobre a experiência. Uma palavra que soa batida para 2025 mas que, no contexto correto, ainda é válida. O cenário da apresentação da Handred foi pensado para ser uma conversa íntima sobre a coleção. @andrenamitala reuniu um grupo pequeno de convidados na galeria @passadocomposto para um show de apenas 15 looks. Sucinto e direto, sem perder o charme.
Conversa íntima não é força de expressão: em clima familiar, Andre louvou seus amigos, seu ateliê e suas inspirações brasileiríssimas com um rápido discurso e, microfone na mão, vencendo os próprios desconfortos de falar em público, narrou todo o desfile para que a plateia pudesse captar o que acontece por trás dos looks — os lampejos estéticos, as amizades próximas, os detalhes minuciosos dos bordados e franjas, as conversas sobre os visuais finais.
É o tipo de apresentação que, para quem não pôde ver ao vivo, merece o streaming. André é apaixonado pelo que faz e pelo seu olhar um cadinho vintage sobre a indústria e a cultura nacional. Tanto que esta coleção, em sintonia com a galeria-cenário, tem inspiração direta na arte da tapeçaria produzida por aqui — seja por Burle Marx, seja pelo francês Jacques Douchez —, remetida nos grafismos de patchwork, na estampa de @filipejardim_illustration ou no próprio vestido feito com as técnicas dos preciosos tapetes-obra espalhados pelas paredes do espaço.