Proenza Schouler em uma ode à sensualidade latina

Em 20 anos de Proenza Schouler, a dupla Jack McCollough e Lazaro Hernandez construiu um ideal de modernidade que é tão próprio quanto fluido. São extremamente nova-iorquinos, mas com uma pitada de sensualidade latina (Hernandez é de família cubana) e olhar afiado para o que acontece ao seu redor. Não à toa abriram o desfile de verão com Arca, a cantora/produtora venezuelana, seguida por Kendall Jenner — esta, de crochê e franjas brancas, representando a beleza mainstream, enquanto a primeira abre espaço para a estética do século 21.  Os estilistas dizem que a coleção era sobre “alegria e paixão” mas, em contraponto, parecem falar muito sobre quais são os ideais de feminilidade para o seu universo — seja nas saias-balão esportivonas ou nos vestidos bold com barras volumosas, seja na fluidez de mangas e calças exageradíssimas. O mood da moda clássica dos EUA segue agarrado (e Diana von Furstenberg deve olhar feliz os vestidos retorcidos e cobertos de pois), mas a vontade global traz as mil texturas do handmade, incluindo colaboração com grupos de tecelãs da Bolívia, alinhando a Proenza para o que a moda tem pedido hoje.