Fióti, da LAB, expõe episódio de racismo no SPFW
Um dos desfiles mais comentados dessa temporada do SPFW, a marca LAB, dos irmãos Emicida e Fióti, trouxe as ruas para a passarela. Com o casting maioritariamente negro, as peças foram desfiladas por personalidades como Mc Carol e Black Alien.
Um ocorrido na noite da terça-feira – após a apresentação da marca – foi denunciado por Fióti nas redes sociais. "Ser preto é ser barrado pelo segurança do evento até mesmo quando é da sua marca e com pulseira".
Depois de indignação nas redes sociais e muitas mensagens de apoio ao artista, a assessoria da LAB se pronunciou na tarde de hoje (31) sobre o episódio de racismo.
"Desde que a LAB fez sua estreia na SPFW, principal evento de moda da América Latina, há três temporadas, vem reforçando a importância da representatividade e levando a rua para as passarelas, diversificando o casting de forma muito natural.
Na última terça-feira (29), a LAB apresentou mais uma coleção em seu desfile e, no momento em que Fióti, um dos fundadores da marca, foi deixar a Bienal para se juntar à sua equipe, foi barrado por um dos seguranças mesmo mostrando sua pulseira de livre acesso e argumentando que era sócio de uma das marcas que havia desfilado.
O músico só conseguiu a liberação após o segurança contatar seus superiores. O ocorrido ressalta a realidade do racismo ainda existente na sociedade brasileira e reforça ainda mais a necessidade da participação de marcas como a LAB em eventos de grande repercussão e da inclusão de pessoas que realmente representam a população brasileira em lugares de destaque.
Em nota oficial, a SPFW também lamenta o ocorrido e, de acordo com a organização do evento, as medidas de repreensão de conduta já foram tomadas junto a empresa responsável pela segurança do evento."