Baixo consumo de prote&iacute;na tem papel importante na autodestrui&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas, causando problemas como queda de cabelo, acne, pigmenta&ccedil;&atilde;o, melasma, envelhecimento prematuro e doen&ccedil;as cut&acirc;neas.

O consumo alimentar desempenha um papel crucial na nossa <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/cafe-da-manha-4-erros-que-podem-prejudicar-sua-saude">sa&uacute;de</a>, sendo frequentemente associado tanto a doen&ccedil;as quanto &agrave; preven&ccedil;&atilde;o de diversas patologias. A chave para essa rela&ccedil;&atilde;o est&aacute; no equil&iacute;brio <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/billie-eilish-desabafa-sobre-dieta-extrema-estive-tao-infeliz">nutricional</a>, fornecendo ao organismo os nutrientes na quantidade e qualidade necess&aacute;rias. Entre os diversos nutrientes que impactam nossa sa&uacute;de, a prote&iacute;na se destaca como um elemento de grande import&acirc;ncia, especialmente quando se trata da sa&uacute;de da pele. De acordo com o dermatologista Dr. Renato Soriani, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Mestre em Dermatologia pela USP, a adequa&ccedil;&atilde;o no consumo de prote&iacute;nas tem um impacto direto na preven&ccedil;&atilde;o de condi&ccedil;&otilde;es como a autofagia desregulada, que pode afetar a pele de maneiras significativas. "Problemas como rugas, flacidez, manchas e at&eacute; queda de cabelo est&atilde;o frequentemente relacionados &agrave; falta de prote&iacute;na", afirma o especialista. Al&eacute;m disso, ele destaca que o termo Carb Face foi criado por <a href="https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6434747/">cientistas</a> para descrever pessoas que consomem menos prote&iacute;nas do que o recomendado e acabam desenvolvendo condi&ccedil;&otilde;es como acne, melasma e envelhecimento precoce. Esse equil&iacute;brio proteico, segundo Dr. Soriani, tamb&eacute;m tem influ&ecirc;ncia direta nos resultados est&eacute;ticos de tratamentos dermatol&oacute;gicos, tornando-se um fator essencial para a sa&uacute;de e apar&ecirc;ncia da pele.

Por que a baixa ingest&atilde;o de prote&iacute;na &eacute; um problema?

&ldquo;Na verdade, toda car&ecirc;ncia nutricional pode acarretar um problema de pele e de cabelo, mas o consumo proteico aqu&eacute;m do necess&aacute;rio &eacute; o que mais vemos na pr&aacute;tica.&nbsp; As prote&iacute;nas s&atilde;o formadas a partir de um conjunto de amino&aacute;cidos. Dentre as principais fun&ccedil;&otilde;es das prote&iacute;nas est&atilde;o as fun&ccedil;&otilde;es estruturais como a estrutura de &oacute;rg&atilde;os internos, constru&ccedil;&atilde;o da pele e anexos, tecidos em geral e m&uacute;sculos. O col&aacute;geno, encarado como a &lsquo;fonte da juventude&rsquo;, &eacute; uma prote&iacute;na. A queratina que comp&otilde;e cabelos, unhas e pele tamb&eacute;m &eacute; prote&iacute;na. Por isso que ela &eacute; t&atilde;o importante para a sa&uacute;de e beleza&rdquo;, explica a Dra. Lilian Brasileiro, m&eacute;dica membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Em 2019, um <a href="https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6434747/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6434747/&amp;source=gmail&amp;ust=1741960883533000&amp;usg=AOvVaw17_7pgVV3FzFyyTEgCI-hD">estudo do Indian Dermatology Online Journal</a> mostrou que a car&ecirc;ncia de amino&aacute;cidos est&aacute; envolvida na autofagia desregulada das c&eacute;lulas da pele e do cabelo. &ldquo;Ou seja, em um cen&aacute;rio de baixa prote&iacute;na alimentar, h&aacute; um maior risco de desenvolvimento de problemas est&eacute;ticos e doen&ccedil;as dermatol&oacute;gicas&rdquo;, diz o dermatologista. Nessa pesquisa 68,4% dos entrevistados ingeriam menos da metade da dose di&aacute;ria recomendada de prote&iacute;nas e enfrentava problemas como queda de cabelo, acne, pigmenta&ccedil;&atilde;o, vitiligo, hirsutismo, melasma e envelhecimento prematuro. Imagens histopatol&oacute;gicas da &aacute;rea submentoniana mostraram col&aacute;geno solto e fragmentado no grupo rico em carboidratos em compara&ccedil;&atilde;o ao grupo rico em prote&iacute;nas, onde feixes espessos e uniformemente corados de col&aacute;geno foram encontrados na derme&rdquo;, diz o Dr. Renato. &ldquo;A histopatologia do tecido do couro cabeludo mostrou uma inflama&ccedil;&atilde;o folicular e fibrose no grupo rico em carboidratos, que estava ausente na amostra histopatol&oacute;gica do grupo rico em prote&iacute;nas&rdquo;, acrescenta a Dra. Lilian. &ldquo;Uma dieta pobre em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e prote&iacute;nas, pode levar ao enfraquecimento dos fios e &agrave; queda de cabelo&rdquo;, completa a m&eacute;dica.
O dermatologista explica que, no corpo, existem dois processos bioqu&iacute;micos b&aacute;sicos: anabolismo e catabolismo. &ldquo;O anabolismo se refere &agrave; s&iacute;ntese e constru&ccedil;&atilde;o de mol&eacute;culas e tecidos, enquanto o catabolismo &eacute; uma rea&ccedil;&atilde;o de decomposi&ccedil;&atilde;o e quebra. Os cientistas notaram que, sem a disponibilidade simult&acirc;nea de todos os amino&aacute;cidos, nenhuma s&iacute;ntese de prote&iacute;na ocorre e a primeira resposta metab&oacute;lica &eacute; o catabolismo para manter a integridade da maquinaria proteica das c&eacute;lulas e tecidos. Ou seja, o corpo come&ccedil;a a consumir as prote&iacute;nas estruturais e isso causa um envelhecimento geral&rdquo;, diz o Dr. Renato. &ldquo;A falta de conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre alimenta&ccedil;&atilde;o pode resultar em um consumo alimentar inadequado, o que causa impacto direto na pele de diversos pacientes&rdquo;, acrescenta. &ldquo;A baixa ingest&atilde;o proteica pode ocorrer simultaneamente &agrave; alta ingest&atilde;o de carboidratos, o que pode ajudar no desenvolvimento da acne. A ci&ecirc;ncia j&aacute; tem bem estabelecido que uma dieta de alto &iacute;ndice glic&ecirc;mico e baixa prote&iacute;na pode levar &agrave; hiperinsulinemia e uma cascata de gatilhos end&oacute;crinos como aumento do fator de crescimento semelhante &agrave; insulina-1 (IGF-1) e andr&oacute;genos, resultando em acne&rdquo;, diz o dermatologista.
A Dra. Lilian ressalta que, al&eacute;m da ingest&atilde;o adequada de amino&aacute;cidos para fornecer substratos para forma&ccedil;&atilde;o de col&aacute;geno, &eacute; fundamental ingerir alimentos como a vitamina C, um cofator para s&iacute;ntese dessa estrutura, bem como a neocolag&ecirc;nese.

Por fim, os m&eacute;dicos afirmam que a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) recomenda que as pessoas que n&atilde;o praticam atividades f&iacute;sicas consumam entre 0,8 e 1 grama de prote&iacute;na por quilo de peso. Ou seja, uma pessoa de 100kg deveria consumir at&eacute; 100g de prote&iacute;na por dia. &ldquo;&Eacute; importante lembrar, no entanto, que 100g de peito de frango grelhado, por exemplo, n&atilde;o cont&eacute;m 100g de prote&iacute;na e sim 30g de prote&iacute;na. Ent&atilde;o, em muitos casos n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples bater essa meta. No caso de praticantes de atividade f&iacute;sica, esse valor pode chegar a 2g/kg. E para bons resultados em procedimentos est&eacute;ticos, tamb&eacute;m pode ser indicado manter a prote&iacute;na mais alta para que ocorra a forma&ccedil;&atilde;o de col&aacute;geno. Dependendo da rotina do paciente, pode ser interessante a suplementa&ccedil;&atilde;o, com orienta&ccedil;&atilde;o do m&eacute;dico ou nutricionista&rdquo;, diz o Dr. Renato Soriani.
O m&eacute;dico destaca que para rejuvenescer a pele de pacientes &ldquo;Carb Face&rdquo;, &eacute; necess&aacute;rio adequar o consumo de prote&iacute;na e lan&ccedil;ar m&atilde;o de estrat&eacute;gias tecnol&oacute;gicas como Oligio-X, uma radiofrequ&ecirc;ncia que estimula col&aacute;geno, combinada ao bioest&iacute;mulo injet&aacute;vel. &ldquo;Dependendo do paciente, t&eacute;cnicas como o Lipoglow tamb&eacute;m pode ser usadas, pois al&eacute;m de recuperar o volume perdido com a inje&ccedil;&atilde;o de gordura aut&oacute;loga (do pr&oacute;prio paciente), a t&eacute;cnica melhora a qualidade da pele, promovendo a regenera&ccedil;&atilde;o celular e estimulando a produ&ccedil;&atilde;o de col&aacute;geno e elastina&rdquo;, detalha o m&eacute;dico. &ldquo;J&aacute; para o crescimento capilar, alimentos como frutas, vegetais, peixes, nozes e sementes s&atilde;o ben&eacute;ficos para o cabelo. Somente depois de otimizar a alimenta&ccedil;&atilde;o, faz sentido o uso de suplementos. Em cl&iacute;nica, utilizamos t&eacute;cnicas de Medicina Regenerativa e lasers para o crescimento dos fios&rdquo;, finaliza a Dra. Lilian.

Proteína pode influenciar na saúde da pele e do cabelo?

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