Renata Merquior vive na sua casa dos sonhos com sua família
A empresária Renata Merquior trocou o Rio de Janeiro por São Paulo, onde vive na casa de seus sonhos, cercada de verde, com o marido e os quatro filhos
Carioquíssima do Leblon, Renata Merquior e a família construíram a vida em São Paulo. E lá se vão quase 13 anos desde que chegaram de mala e cuia à capital. “Amo São Paulo e não me imagino voltando para o Rio. Só de férias e fins de semana”, revela a empresária, sócia-fundadora do Dry Club e do The Club. Antes de se instalar definitivamente na capital paulista, porém, ela vinha de uma temporada em Palo Alto, na Califórnia, onde morou acompanhando o marido, o advogado Bruno Soter. “Assim que voltamos ao Brasil, mudamos para cá. Nos apaixonamos por uma casa de 450m2 , com uma pracinha na frente, no Jardim Paulistano”, lembra Renata, que queria estar cercada de muito verde, mesmo no centro da grande metrópole, com fácil acesso a tudo. O casal convocou o arquiteto Fabio Lacaz para fazer uma boa reforma que adaptou a construção antiga aos desejos dos novos proprietários. “Gostamos de ambientes claros, amplos e integrados. Demorou um ano para finalizar, mas ficou a nossa cara.”
Com a estrutura pronta, a decoração ficou a cargo da própria Renata em dobradinha com o marido. “Fomos fazendo aos poucos, com achados trazidos de viagens, peças antigas e contemporâneas”, explica. Os móveis da área externa, por exemplo, vieram dos Estados Unidos, da época em que moraram lá, e uma mesa de jantar com dez lugares assinada pelo designer Jader Almeida ocupa o centro da sala principal. “Somos seis, mais da metade dos lugares”, se diverte ela, que é mãe de quatro, com idades entre 3 e 14 anos.
No decorrer dos anos, foram adquirindo mobiliários assinados e objetos de arte. Uma tela de José Bechara, que veio do primeiro apartamento do casal no Rio de Janeiro, é uma dos preferidas de Renata, e uma escultura em latão de Artur Lescher foi presente de Bruno para a mulher quando ela engravidou, no susto, de Maria, a caçula. Uma coffee table ostenta álbuns feitos à mão da MH, de Maria Helena Pessôa de Queiroz, com fotos de família, e lembranças de viagens. Outras peças de destaque são obras de artistas como Vik Muniz, Julio Le Parc, Antonio Dias, Raul Mourão e Ubi Bava, uma poltrona de Ronan e Erwan Bouroullec, e relógio de parede de George Nelson.
Um grafite de Jean-Michel Basquiat em meio a instrumentos musicais dá o tom ao cômodo que funciona como escritório da empresária, onde ela passa boa parte do tempo cuidando de seus negócios: o The DryClub, clube de beleza especializado em escovas e serviços rápidos, ideia que trouxe da temporada que passou fora do país, o e-commerce The Club Shop, com inúmeras marcas de moda e, mais recentemente, a versão física do The Club, uma pop-up store no shopping Iguatemi SP. Durante a pandemia, com o DryClub fechado, a empresária precisou se reinventar para gerar receita. “Foi quando decidi criar o e-commerce. Aproveitei que conhecia muita gente do mundo da moda e procurei marcas para fazer colaborações e vender online. Esse era nosso grande diferencial”, conta Renata, cujo primeiro produto foi um tricô, que explodiu em vendas. O faturamento começou a aumentar e surgiu a ideia de todo mês ter parceria com uma marca diferente. Foi assim que nasceu o The Club, que hoje conta com mais de 50 marcas, além das collabs. “Temos peças que não são encontradas em lugar nenhum. E o que surgiu como uma tática de sobrevivência, se tornou meu principal negócio.”
NEM precisaria DIZER QUE A rotina DA business woman, COM QUATRO FILHOS E TRÊS EMPRESAS, É UMA correria SEM FIM. NOS POUCOS MOMENTOS QUE TEM PARA SI, FAZ ANÁLISE E SE EXERCITA CORRENDO NA ESTEIRA. NO FIM DO DIA, A família SE REÚNE EM torno da mesa PARA JANTAR E BATER PAPO.
Nem precisaria dizer que a rotina da business woman, com quatro filhos e três empresas, é uma correria sem fim. Nos poucos momentos que tem para si, faz análise e se exercita correndo na esteira. No fim do dia, a família se reúne em torno da mesa para jantar e bater papo. Renata não reclama, pelo contrário: “Perdi meu pai cedo, sou filha única, cresci sozinha com minha mãe. Sempre sonhei em ter uma família grande”.