Para a maioria das mulheres na faixa dos 40-45 anos, come&ccedil;a um per&iacute;odo de oscila&ccedil;&otilde;es hormonais que caracteriza a perimenopausa ou transi&ccedil;&atilde;o para a menopausa, um per&iacute;odo que pode durar de tr&ecirc;s a 10 anos em m&eacute;dia. Entenda tudo sobre o assunto!

A <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/menopausa-encare-a-fase-com-longevidade-e-energia">menopausa</a>, um est&aacute;gio natural na vida de toda mulher, &eacute; muitas vezes cercada por um v&eacute;u de curiosidade e desconhecimento. &Agrave; medida que o corpo feminino passa por essa transi&ccedil;&atilde;o biol&oacute;gica, surgem uma infinidade de quest&otilde;es: o que realmente significa entrar na menopausa? Quais s&atilde;o os <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/ansiedade-emocao-ou-doenca-especialista-em-neurociencia-explica">sintomas</a> mais comuns e como eles afetam a vida cotidiana? Segundo o ginecologista Dr. Igor Padovesi, especialista em menopausa e membro da North American Menopause Society (NAMS) e da International Menopause Society (IMS), muitas pessoas se perguntam quando acontece a menopausa, e a verdade &eacute; que ela pode ser bem diferente para cada mulher, tanto com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; dura&ccedil;&atilde;o quanto aos sintomas. Geralmente, o primeiro sinal de que voc&ecirc; pode estar entrando na menopausa s&atilde;o os ciclos irregulares. Voc&ecirc; tamb&eacute;m pode come&ccedil;ar a sentir alguns dos sintomas como ondas de calor, suores noturnos e altera&ccedil;&otilde;es de humor &ndash; mas h&aacute; mais de 50 sintomas diferentes associados &agrave; menopausa. Abaixo, o especialista esclarece algumas das principais d&uacute;vidas:

Foto: Pexels

Sim, toda mulher passa por fases entre a inf&acirc;ncia, puberdade, per&iacute;odo reprodutivo, transi&ccedil;&atilde;o para a menopausa (ou perimenopausa) at&eacute; a menopausa. &Eacute; na puberdade que os principais horm&ocirc;nios femininos (estrog&ecirc;nio e progesterona) come&ccedil;am a ser produzidos, proporcionando os ciclos que todo m&ecirc;s levam &agrave; ovula&ccedil;&atilde;o e terminam com a menstrua&ccedil;&atilde;o.
Para a maioria das mulheres na faixa dos 40-45 anos (para algumas j&aacute; desde os 35-40), come&ccedil;a um per&iacute;odo de oscila&ccedil;&otilde;es hormonais que caracteriza a perimenopausa ou transi&ccedil;&atilde;o para a menopausa. Nessa fase, a maioria das mulheres ainda menstrua, mas os n&iacute;veis hormonais j&aacute; n&atilde;o s&atilde;o mais os mesmos, o ciclo menstrual pode sofrer mudan&ccedil;as e os sintomas come&ccedil;am a aparecer. &ldquo;Essa fase de transi&ccedil;&atilde;o para a menopausa, quando a grande maioria das mulheres se sente &ldquo;diferente&rdquo;, mas normalmente n&atilde;o se d&aacute; conta que est&aacute; na perimenopausa, pode levar em m&eacute;dia 5 a 10 anos&rdquo;, afirma o especialista.
E a menopausa corresponde &agrave; parada completa das menstrua&ccedil;&otilde;es: quando a produ&ccedil;&atilde;o dos horm&ocirc;nios sexuais pelos ov&aacute;rios se esgota em definitivo.&nbsp; Como a maioria das mulheres passa por um per&iacute;odo final da perimenopausa em que os ciclos podem come&ccedil;ar a ficar espa&ccedil;ados, com meses de intervalo, definiu-se conceitualmente a menopausa como depois de um ano sem menstruar. Depois disso, a mulher permanecer&aacute; na menopausa at&eacute; o fim da vida. E muitos dos sintomas podem aparecer numa fase mais tardia, como a osteoporose e a s&iacute;ndrome genitourin&aacute;ria da menopausa, que afeta 100% das mulheres mais idosas sem tratamento, em maior ou menor grau (causando ressecamento genital e altera&ccedil;&otilde;es urin&aacute;rias).

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Existem realmente muitos sintomas associados &agrave; perimenopausa e menopausa. Segundo o Dr. Igor, a os mais frequentes s&atilde;o: sintomas do sono (dificuldade em adormecer, sono mais leve e despertares noturnos); sintomas vasomotores (ondas de calor e frio, suores noturnos, palpita&ccedil;&otilde;es); altera&ccedil;&otilde;es de humor (irrita&ccedil;&atilde;o, ansiedade e nervosismo, mudan&ccedil;as repentinas de humor, menor capacidade de lidar com as situa&ccedil;&otilde;es, tristeza, ataques de p&acirc;nico, choro e dificuldade em se acalmar); fraqueza, falta de energia e disposi&ccedil;&atilde;o ; altera&ccedil;&otilde;es cerebrais (esquecimentos, dificuldade de concentra&ccedil;&atilde;o e em tomar decis&otilde;es, falta de aten&ccedil;&atilde;o, tonturas, vertigem); dores de cabe&ccedil;a (dores de cabe&ccedil;a tensionais e enxaqueca); seios doloridos (mastalgia); ressecamento (pele seca, coceira, acne e olhos secos); altera&ccedil;&otilde;es vaginais (secura, coceira vaginal e dor vulvar) e urin&aacute;rias (perdas de urina com esfor&ccedil;os como tossir, espirrar ou pular, altera&ccedil;&otilde;es na frequ&ecirc;ncia e maior urg&ecirc;ncia urin&aacute;ria); sintomas digestivos (incha&ccedil;o, azia, n&aacute;usea, constipa&ccedil;&atilde;o, diarreia e dor abdominal); dores (articular e muscular, nas costas, na perna, de pesco&ccedil;o, no ombro e rigidez articular e muscular); piora da libido e sexo doloroso (dor na penetra&ccedil;&atilde;o, diminui&ccedil;&atilde;o da lubrifica&ccedil;&atilde;o vaginal, mais dificuldade em experimentar o orgasmo e em se sentir excitada). &ldquo;Os m&eacute;dicos devem estar atentos aos sinais cl&iacute;nicos relatados pela paciente, que s&atilde;o muito mais importantes do que os n&iacute;veis hormonais dosados, j&aacute; que esses podem variar muito na perimenopausa&rdquo;, diz o especialista.

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Existem exames pra detectar?

&ldquo;Esse &eacute; um ponto muito importante: na fase da perimenopausa, as varia&ccedil;&otilde;es hormonais s&atilde;o grandes e os exames costumam estar normais (ou podem dar alterados e depois voltar ao normal). N&atilde;o &eacute; uma mudan&ccedil;a linear, pelo contr&aacute;rio: a perimenopausa &eacute; marcada por grandes oscila&ccedil;&otilde;es nos horm&ocirc;nios&rdquo;, diz o m&eacute;dico. &ldquo;O diagn&oacute;stico da perimenopausa &eacute; cl&iacute;nico e baseado no conjunto de sinais e sintomas, e n&atilde;o em nenhuma dosagem laboratorial. Se o m&eacute;dico for esperar altera&ccedil;&otilde;es hormonais para iniciar um tratamento, perder&aacute; anos de sintomas da perimenopausa em que a mulher j&aacute; se beneficiaria muito de uma terapia espec&iacute;fica para melhorar sua qualidade de vida&rdquo;, completa o Dr Igor.

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Quanto tempo dura a perimenopausa?

Segundo o m&eacute;dico, a varia&ccedil;&atilde;o &eacute; grande, e da ordem de anos: em m&eacute;dia, de 3 a 10. &ldquo;Costumo explicar comparando com o v&iacute;rus da gripe: para algumas pessoas, pode ser assintom&aacute;tico ou dar sintomas de um leve resfriado. Para outras, pode levar &agrave; interna&ccedil;&atilde;o na UTI. Cada organismo responde diferente e no caso da transi&ccedil;&atilde;o para a menopausa, al&eacute;m da dura&ccedil;&atilde;o bem vari&aacute;vel, o espectro de sintomas poss&iacute;veis &eacute; bem amplo tamb&eacute;m&rdquo;, afirma o ginecologista e especialista em menopausa.

Que tratamentos s&atilde;o indicados para a menopausa?

Segundo ele, h&aacute; diversas maneiras de aliviar os sintomas. &ldquo;A mais utilizada e comprovadamente eficaz &eacute; a reposi&ccedil;&atilde;o dos horm&ocirc;nios que passam a faltar no corpo da mulher, na chamada terapia hormonal da menopausa. O principal &eacute; o estrog&ecirc;nio, que pode ser utilizado em diversas vias de aplica&ccedil;&atilde;o, mas as mais recomendadas s&atilde;o as vias &ldquo;n&atilde;o-orais&rdquo; como em gel, adesivos transd&eacute;rmicos ou ainda em implante subcut&acirc;neo (popularizado como &ldquo;chip hormonal&rdquo;, um m&eacute;todo ainda um tanto controverso, mas cuja procura aumentou muito no mundo todo nos &uacute;ltimos anos). &ldquo;A reposi&ccedil;&atilde;o de estrog&ecirc;nio em comprimidos ainda &eacute; a forma mais barata e dispon&iacute;vel, mas &eacute; cada vez menos utilizada pois todos os estudos mais recentes apontam para as vias n&atilde;o-orais como op&ccedil;&otilde;es mais seguras&rdquo;, afirma o Dr. Igor.
O especialista em terapia hormonal da menopausa tamb&eacute;m destaca que os tratamentos atuais s&atilde;o muito diferentes do passado, pois priorizam o uso de horm&ocirc;nios isomoleculares (ou &ldquo;bioid&ecirc;nticos&rdquo;), iguais aos que o organismo da mulher produz, ao inv&eacute;s de horm&ocirc;nios sint&eacute;ticos. A terapia visa manter os n&iacute;veis de horm&ocirc;nios femininos em valores pr&oacute;ximos aos encontrados durante a vida reprodutiva da mulher. &ldquo;S&atilde;o tratamentos bastante seguros, desde que prescritos e monitorados por um m&eacute;dico regularmente&rdquo;, comenta o Dr. Igor Padovesi. &ldquo;Existem tamb&eacute;m tratamentos adjuvantes, com dietas, fisioterapia, higiene mental, atividade f&iacute;sica, medita&ccedil;&atilde;o, fitoterapia e outros. Esse &eacute; um per&iacute;odo da vida em que a mulher passa por profundas transforma&ccedil;&otilde;es e precisa de um entendimento global sobre sua nova fase, que pode ser muito melhor do que as anteriores se for bem cuidada&rdquo;, finaliza o m&eacute;dico.

Menopausa: quais os sintomas comuns e como ela afeta o dia a dia?

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