Cabelos mais secos, finos e ralos podem ser resultado da mudan&ccedil;a nos horm&ocirc;nios, mas outras causas, al&eacute;m da menopausa, tamb&eacute;m podem estar envolvidas. Confira!

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/cabelos-brancos-por-que-eles-surgem">Cabelos</a> mais finos e ralos, a textura mais seca... o que ser&aacute; que aconteceu? As mudan&ccedil;as nos fios durante/ap&oacute;s a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/naomi-watts-fala-sobre-menopausa-precoce">menopausa</a> e a mudan&ccedil;a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/enxaqueca-hormonal-ganha-cirurgia-comprovada-por-harvard">hormonal</a> podem ser a chave para entender essa quest&atilde;o.&nbsp;

Segundo a Dra. Lilian Brasileiro, m&eacute;dica dermatologista especializada em Medicina Capilar, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e coordenadora e palestrante em eventos sobre tratamentos capilares, altera&ccedil;&otilde;es hormonais podem causar queda de cabelo tempor&aacute;ria ou permanente. Isso pode ocorrer durante a gravidez, ap&oacute;s o parto (efl&uacute;vio tel&oacute;geno p&oacute;s-parto), durante a menopausa ou como resultado de dist&uacute;rbios hormonais, como a s&iacute;ndrome dos ov&aacute;rios polic&iacute;sticos.

"Cerca de metade das mulheres na menopausa notam perda de cabelo acelerada e mudan&ccedil;as na textura nesta fase da vida. Isso acontece porque os anos anteriores e posteriores &agrave; menopausa s&atilde;o caracterizados por mudan&ccedil;as dr&aacute;sticas nos n&iacute;veis de horm&ocirc;nios sexuais femininos&rdquo;, explica a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Miseric&oacute;rdia do Rio De Janeiro (SCMRJ).&nbsp;

A m&eacute;dica argumenta que os horm&ocirc;nios femininos est&atilde;o relacionados ao crescimento e boa textura do cabelo e &eacute; por isso que durante a gravidez, quando eles est&atilde;o em profus&atilde;o, os fios tornam-se mais bonitos, brilhantes, densos, fortes e com crescimento acima da m&eacute;dia. &ldquo;Durante a gesta&ccedil;&atilde;o, por conta do est&iacute;mulo dos horm&ocirc;nios femininos nos cabelos, os fios ficam em fase an&aacute;gena, de crescimento&rdquo;, diz a Dra. Lilian. &ldquo;Os fol&iacute;culos pilosos, que s&atilde;o pequenos &oacute;rg&atilde;os sob a pele que cont&ecirc;m a raiz do cabelo, cont&ecirc;m receptores para horm&ocirc;nios sexuais como estrog&ecirc;nio, testosterona e outros andr&oacute;genos. N&atilde;o h&aacute; muita pesquisa conclusiva sobre como os horm&ocirc;nios sexuais femininos afetam especificamente o cabelo. No entanto, alguns estudos preliminares em camundongos e em c&eacute;lulas da pele sugerem que o estrog&ecirc;nio afeta o crescimento do cabelo, possivelmente estimulando-o, e tamb&eacute;m pode ser respons&aacute;vel por manter o di&acirc;metro de cada fio de cabelo&rdquo;, diz.

Foto: Pexels

Segundo a Dra. Deborah, outros horm&ocirc;nios, principalmente a testosterona, que tem sido mais estudado, s&atilde;o respons&aacute;veis pela produ&ccedil;&atilde;o de sebo, que s&atilde;o &oacute;leos que nutrem e hidratam o couro cabeludo e a haste capilar (a parte do cabelo que fica acima da pele). &ldquo;Durante a menopausa, esse horm&ocirc;nio tamb&eacute;m pode ser jogado fora de sintonia, possivelmente levando a um couro cabeludo cada vez mais seco e escamoso e a cabelos mais quebradi&ccedil;os&rdquo;, diz a Dra. Deborah Beranger.

Que outros fatores podem alterar o cabelo?

A endocrinologista diz que, em muitos casos, as altera&ccedil;&otilde;es hormonais relacionadas &agrave; menopausa podem exacerbar um problema de cabelo que j&aacute; era pr&eacute;-existente. &ldquo;Situa&ccedil;&otilde;es de estresse f&iacute;sico ou emocional, que elevam o cortisol, podem levar a uma situa&ccedil;&atilde;o de queda tempor&aacute;ria. Esse horm&ocirc;nio do estresse consome a prote&iacute;na que ancora o fio dentro do fol&iacute;culo capilar. Geralmente, a perda de cabelo ocorre cerca de dois a tr&ecirc;s meses ap&oacute;s o evento estressante&rdquo;, diz a Dra. Deborah. &ldquo;Defici&ecirc;ncias nutricionais tamb&eacute;m est&atilde;o relacionadas. Uma dieta pobre em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e prote&iacute;nas, pode levar ao enfraquecimento dos fios e &agrave; queda de cabelo. Defici&ecirc;ncias de ferro, zinco, vitamina D, vitamina B12 s&atilde;o as mais comuns. Tamb&eacute;m podemos citar algumas condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas, como doen&ccedil;as da tireoide, doen&ccedil;as autoimunes, infec&ccedil;&otilde;es do couro cabeludo ou desequil&iacute;brios hormonais, que podem afetar a sa&uacute;de do cabelo e causar queda e afinamento capilar&rdquo;, acrescenta a Dra. Lilian. Tratamentos m&eacute;dicos, como quimioterapia, radioterapia e certos medicamentos utilizados para tratar condi&ccedil;&otilde;es cr&ocirc;nicas, podem levar &agrave; perda de cabelo tempor&aacute;ria ou permanente, segundo a dermatologista.&nbsp;


Outro fator importante na mudan&ccedil;a do cabelo ao longo do tempo &eacute; a gen&eacute;tica, segundo a endocrinologista. &ldquo;Sempre pergunto aos meus pacientes sobre o hist&oacute;rico familiar, e muitas vezes algu&eacute;m com queda de cabelo de padr&atilde;o feminino diz: 'Ah, sim, minha m&atilde;e na casa dos 40 ou 50 anos tinha o mesmo padr&atilde;o de queda de cabelo'&rdquo;, completa a Dra. Deborah.

O afinamento dos fios pode deixar a mulher careca?

A dermatologista Dra. Lilian Brasileiro explica que, nas mulheres, logo no in&iacute;cio da calv&iacute;cie, a primeira impress&atilde;o &eacute; que o cabelo perdeu peso e volume, j&aacute; n&atilde;o cresce mais, at&eacute; que progressivamente a rarefa&ccedil;&atilde;o chega ao ponto de expor ou esbo&ccedil;ar o esbranqui&ccedil;ado do couro cabeludo. &ldquo;O cabelo ralo e fino &eacute; mais comum na parte superior da cabe&ccedil;a, na linha m&eacute;dia do cabelo, mas tamb&eacute;m pode acometer a coroa e acontece de maneira difusa, sem provocar clareiras ou falhas circulares e bem definidas. Existem v&aacute;rios graus de alopecia e a exposi&ccedil;&atilde;o do couro cabeludo &eacute; determinada pela gravidade da alopecia, mas a mulher raramente fica com a careca lisa e brilhante como a do homem&rdquo;, diz a Dra. Lilian.

Quais s&atilde;o as maneiras de gerenciar essas mudan&ccedil;as de cabelo?

Quanto mais cedo voc&ecirc; procurar ajuda para mudan&ccedil;as no cabelo, melhores ser&atilde;o os resultados das interven&ccedil;&otilde;es, segundo a endocrinologista. &ldquo;A primeira coisa que voc&ecirc; deve fazer quando notar queda de cabelo ou mudan&ccedil;as na textura do couro cabeludo &eacute; pedir a um m&eacute;dico endocrinologista ou dermatologista um exame completo e um exame de sangue para descobrir se as mudan&ccedil;as s&atilde;o hormonais ou se existem outros fatores&rdquo;, diz a Dra. Deborah.

Para algumas mulheres, a terapia hormonal &ndash; que &eacute; usada regularmente para controlar outros sintomas da menopausa, como ondas de calor e n&eacute;voa cerebral &ndash; pode ajudar nas mudan&ccedil;as capilares, mas n&atilde;o h&aacute; dados reais sobre a efic&aacute;cia dessa op&ccedil;&atilde;o, segundo a Dra. Deborah Beranger.

Os m&eacute;todos testados e comprovados para reduzir a queda de cabelo s&atilde;o eficazes, mesmo que a perda de cabelo esteja relacionada &agrave; menopausa, conforme a dermatologista. &ldquo;Um cl&aacute;ssico da Dermatologia, o minoxidil t&oacute;pico aumenta a circula&ccedil;&atilde;o do couro cabeludo e prolonga a fase de crescimento do cabelo, conhecida como fase an&aacute;gena, estimulando a atividade dos fol&iacute;culos capilares. Algumas defici&ecirc;ncias nutricionais podem contribuir para a queda de cabelo. Suplementos orais contendo vitaminas e minerais essenciais, como vitamina D, zinco, ferro e &aacute;cido f&oacute;lico, podem ajudar a melhorar a sa&uacute;de do cabelo e estimular o crescimento capilar. No entanto, &eacute; importante consultar um m&eacute;dico antes de iniciar qualquer suplementa&ccedil;&atilde;o para garantir que voc&ecirc; esteja tomando as doses corretas&rdquo;, diz a Dra. Lilian. Lasers e terapia regenerativa tamb&eacute;m entram no rol de tratamentos.&ldquo; O mais importante &eacute; buscar aux&iacute;lio de um m&eacute;dico&rdquo;, finaliza.

Menopausa: a mudança nos hormônios afeta os cabelos?

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