Botox pode ajudar no tratamento da depressão, comprova estudo
O mal do século. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que mais de 264 milhões de pessoas em todo o mundo têm depressão. O tema ainda é um tabu para algumas pessoas e os tratamentos variam entre psicoterápicos, acompanhamento psicológico e até o uso da cannabis. Agora, um curioso estudo relaciona um procedimento cada vez mais comum nas clínicas de estética ao alívio dos sintomas da depressão: o botox.
Ao longo dos anos, a aplicação da toxina botulínica se tornou uma alternativa para quem deseja melhorar as linhas no rosto e trabalhar a sua harmonização facial. Mas, além dos diversos benefícios que isso pode trazer para a nossa auto estima, aparentemente esse componente pode ter um efeito maior no nosso bem estar, sendo um bom auxiliar no tratamento da depressão.
De acordo com uma nova pesquisa divulgada na Scientific Reports, ainda não se sabe exatamente o motivo ou até mesmo quanto tempo o botox consegue reduzir os efeitos da depressão, mas algumas ótimas suposições foram feitas para o motivo.
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade da Califórnia analisaram mais de 45 mil relatórios em que pessoas diagnosticadas com depressão e sua relação com procedimentos estéticos. A depressão foi relatada 40 a 88% menos frequentemente pelos pacientes tratados com botox, em seis das oito condições e locais de injeção.
O estudo dividiu pacientes em grupos diferentes dependendo do motivo pelo qual ele aplicava o botox, entre eles estava melhora de rugas e lifting facial até excesso de baba e suor.
Entre os possíveis motivos para a relação positiva está o fato de que a aplicação do botox em algumas regiões do rosto reduz a possibilidade da pessoa em reproduzir expressões que transmitam emoções como tristeza, o que interrompe o feedback do rosto para o cérebro. Outra possibilidade é que esse material pode ser transportado para a estrutura do sistema nervoso central.