Durante a quarentena, é mais comum que o celular seja um bom companheiro dentro de casa. Mas se você já ficou o dia inteiro nele, trabalhando ou em contato social, é melhor deixá-lo de lado à noite e tentar ler um livro ou fazer meditação


Estamos isolados, mas a tecnologia ainda nos une, seja por meio de videoconfer&ecirc;ncias ou at&eacute; mesmo telefonemas, resguardando nosso contato social &ndash; que &eacute; fundamental para a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/saude-mental-durante-a-quarenta-5-aplicativos-que-vao-te-auxiliar-a-bons-habitos">sa&uacute;de mental</a>.

Mas se o seu melhor amigo nessa jornada tem sido o celular, saiba que &eacute; melhor come&ccedil;ar a discutir a rela&ccedil;&atilde;o: os smartphones, direta ou indiretamente, podem ser respons&aacute;veis por piorar a qualidade do sono, aumentar o n&iacute;vel de estresse, causar manchas e rugas na pele, al&eacute;m de les&otilde;es nos dedos. Abaixo, m&eacute;dicos de diversas especialidades explicam porque deixar o celular de lado e buscar novas atividades pelo menos duas horas antes de dormir:

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O celular prejudica seu sono

O uso da tecnologia &eacute; apontado como um dos grandes problemas que podem estar condicionando o sono de tantas pessoas.&nbsp;Cerca de 90% da popula&ccedil;&atilde;o diz usar o celular, a TV ou outro dispositivo eletr&ocirc;nico at&eacute; adormecer.&nbsp;&ldquo;Esses dispositivos tamb&eacute;m emitem luz azul, e &eacute; essa luz que diz ao nosso c&eacute;rebro para acordar e estar alerta pela manh&atilde;. Mas o problema &eacute; pior no caso do celular, j&aacute; que ele fica mais pr&oacute;ximo ao rosto. Ent&atilde;o o uso desse dispositivo pode causar ins&ocirc;nia ou piorar muito a qualidade do sono&rdquo;, diz o m&eacute;dico Dr. M&aacute;rio Farinazzo.

&ldquo;Para dormir bem, fique longe de aparelhos como celulares, computadores e TV antes de se deitar e fa&ccedil;a refei&ccedil;&otilde;es mais leves &agrave; noite&rdquo;, diz a m&eacute;dica ginecologista Dra. Ana Carolina L&uacute;cio Pereira.

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Ele tamb&eacute;m pode aumentar seu estresse

Segundo o Dr. M&aacute;rio, durante o dia, acumulamos pensamentos e temos a libera&ccedil;&atilde;o hormonal do cortisol. &ldquo;E, &agrave; noite, que &eacute;, teoricamente, o momento que devemos desligar, com essas mudan&ccedil;as na rotina por conta do isolamento, ocorre o pico dessa ansiedade, pois n&atilde;o tivemos um dia equilibrado e n&atilde;o conseguimos processar toda a informa&ccedil;&atilde;o. Por isso, normalmente, muitas pessoas n&atilde;o conseguem dormir ou descontam na comida quando a noite chega&rdquo;, diz o m&eacute;dico.

O problema &eacute; que o celular pode potencializar muito esse processo, j&aacute; que &ndash; mesmo que voc&ecirc; use para distrair a cabe&ccedil;a, &eacute; dif&iacute;cil passar imune &agrave;s redes sociais. E nesse momento, somos bombardeados de informa&ccedil;&otilde;es a respeito do Covid-19. &ldquo;Essa n&atilde;o &eacute; uma maneira eficiente de relaxar antes de dormir.&nbsp;Especialmente porque, frequentemente, o que estamos vendo nas not&iacute;cias pode nos causar ansiedade ou estresse, mesmo antes de dormir, quando estamos tentando desacelerar e relaxar&rdquo;, diz a m&eacute;dica Dra. Ana Carolina L&uacute;cio Pereira.

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A luz azul tamb&eacute;m causa manchas

N&atilde;o bastasse causar problemas de sono e aumento de estresse, o celular tamb&eacute;m est&aacute; relacionado a problemas est&eacute;ticos. O primeiro deles &eacute; a mancha. &ldquo;A exposi&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria e excessiva diante do computador e celular, por exemplo, pode trazer malef&iacute;cios como contribuir para o envelhecimento da pele, por causa da radia&ccedil;&atilde;o emitida, al&eacute;m de ajudar quanto ao aparecimento de manchas. Estamos cada vez mais expostos ao que vem sendo chamado de envelhecimento digital, ou ainda de envelhecimento 3C &ndash; cidades, computadores e comunica&ccedil;&atilde;o sem fio&rdquo;, afirma Isabel Luiza Piatti.

Segundo a dermatologista Dra. Claudia Mar&ccedil;al, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, a luz azul &eacute; proveniente dos smartphones, tablets e computadores, sendo considerada a por&ccedil;&atilde;o mais energ&eacute;tica da luz vis&iacute;vel e est&aacute; relacionada a diversas patologias como melasma, envelhecimento e c&acirc;ncer de pele.

&ldquo;Mesmo n&atilde;o sendo um conceito novo, &eacute; necess&aacute;rio pontuar que a luz vis&iacute;vel continua sendo um perigo. Presente na nossa rotina di&aacute;ria, ela &eacute; capaz de promover a m&eacute;dio e longo prazos um quadro de eritema mesmo que subcut&acirc;neo, mas j&aacute; suficiente para gerar a presen&ccedil;a das sunburn cells (ou c&eacute;lulas que sofreram altera&ccedil;&otilde;es importantes pela radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta apresentando degenera&ccedil;&atilde;o no seu DNA, promotoras mais tarde da possibilidade de canceriza&ccedil;&atilde;o). A luz vis&iacute;vel atua no est&iacute;mulo da melanog&ecirc;nese, resultando em manchas&rdquo;, afirma a m&eacute;dica. Ent&atilde;o, se voc&ecirc; precisa trabalhar com o celular o dia inteiro, use protetor solar. Durante a noite &eacute; o momento ideal para esquecer que seu smartphone existe!

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Cuidado com o tech neck

Voc&ecirc; conhece as rugas tech neck? Esse termo surgiu com a imprensa especializada americana e se tornou uma das novas preocupa&ccedil;&otilde;es mundiais em skincare, pois o constante dobramento da pele do pesco&ccedil;o em movimentos repetitivos para olhar o celular tem aumentado a procura por tratamentos preventivos e corretivos das rugas e linhas do pesco&ccedil;o.

&ldquo;A inclina&ccedil;&atilde;o frequente da cabe&ccedil;a para baixo para olhar o celular, tablet ou outro dispositivo acelera o processo de envelhecimento no pesco&ccedil;o e isso foi citado inclusive por um estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, sobre uma nova t&eacute;cnica para rejuvenescer a pele da regi&atilde;o: o artigo dizia que mulheres a partir dos 29 anos j&aacute; apresentam vincos nessa &aacute;rea, enquanto o natural seria depois dos 40&rdquo;, diz a dermatologista.

&ldquo;O estudo afirmava que, recentemente, o n&uacute;mero de pacientes com rugas do pesco&ccedil;o vem aumentando. Al&eacute;m disso, um n&uacute;mero crescente de pacientes jovens apresentou essa condi&ccedil;&atilde;o, possivelmente devido ao efeito da postura que eles adotam ao olhar para baixo quando usam smartphone ou outros dispositivos. Esses movimentos repetitivos formam sulcos, como se fossem &ldquo;colares cervicais&rdquo; nessa regi&atilde;o&rdquo;, afirma a Dra. Claudia Mar&ccedil;al.

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Suas m&atilde;os e seus dedos pedem uma pausa

Hoje em dia &eacute; comum observar pessoas que n&atilde;o largam o celular por nada e passam o dia todo digitando e enviando mensagens. Por&eacute;m, muitos desconhecem que o h&aacute;bito de realizar sempre o mesmo movimento com os dedos para digitar, ou at&eacute; mesmo segurar constantemente o dispositivo com uma das m&atilde;os, pode favorecer o aparecimento de uma s&eacute;rie de problemas.

Estudo conduzido pela Universidade de Gothenburg, na Su&eacute;cia, afirma que o polegar &eacute; uma das &aacute;reas mais sens&iacute;veis, por conta dos movimentos altamente repetitivos, que t&ecirc;m sido identificados como um potencial fator de risco para dist&uacute;rbios musculoesquel&eacute;ticos relacionados ao uso de telefones celulares. A repeti&ccedil;&atilde;o excessiva do mesmo movimento pode causar um efeito inflamat&oacute;rio e, posteriormente, degenerativo nas articula&ccedil;&otilde;es e tend&otilde;es dessas regi&otilde;es. Segundo a angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Academia Americana de Medicina do Estilo de Vida, o melhor a fazer &eacute; usar o expediente noturno como pauta e, n&atilde;o apenas para realizar alongamentos da regi&atilde;o comprometida, como tamb&eacute;m estimular a circula&ccedil;&atilde;o.

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O que fazer de noite para &lsquo;suprir&rsquo; as horas no celular? A dica &eacute; substituir essas tecnologias por tarefas realmente relaxantes. &ldquo;Tente fazer algum tipo de leitura ou medita&ccedil;&atilde;o, principalmente pr&oacute;ximo ao hor&aacute;rio convencional que voc&ecirc; dormia antes do isolamento social&rdquo;, diz o Dr. M&aacute;rio. Outros rituais que podem ajudar &eacute; tomar um banho, acender uma vela e usar produtos e hidratantes faciais com aromas calmantes, como lavanda e s&acirc;ndalo.

Outra dica importante &eacute; com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s pr&aacute;ticas de medita&ccedil;&atilde;o e bons h&aacute;bitos. &ldquo;Mindfullness, por exemplo, significa viver em aten&ccedil;&atilde;o plena, ou seja, conseguir literalmente vivenciar os momentos, desde os mais simples com todas as suas caracter&iacute;sticas emocionais e sensoriais, sem distra&ccedil;&otilde;es. O mindfullness pode ser usado para qualquer pessoa que queira come&ccedil;ar alguma pr&aacute;tica de medita&ccedil;&atilde;o mas que n&atilde;o sabe como dar os primeiros passos. Essa pr&aacute;tica est&aacute; relacionada &agrave; ger&ecirc;ncia de estresse, melhora de concentra&ccedil;&atilde;o e melhora de produtividade&rdquo;, finaliza a Dra. Aline.

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5 motivos para você desistir do celular pelo menos 2 horas antes de dormir

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