Mariana Goldfarb compartilha sua jornada de autodescoberta no Carnaval, levando sua ess&ecirc;ncia e for&ccedil;a &agrave; avenida, com exclusividade &agrave; L&rsquo;Officiel Brasil

Horas antes de entrar na <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/fernando-torquatto-revela-segredos-de-sua-estreia-na-sapucai">Sapuca&iacute;</a> no dia 04 de mar&ccedil;o, para desfilar pela Grande Rio, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/mariana-goldfarb-revela-desejo-de-ser-mae-para-a-l-officiel-brasil">Mariana Goldfarb</a> conversou com exclusividade &agrave; L'Officiel Brasil sobre sua rela&ccedil;&atilde;o com o carnaval, os significados dessa celebra&ccedil;&atilde;o e sua trajet&oacute;ria em busca de uma vida mais equilibrada. Com brilho nos olhos e energia contagiante, ela revelou detalhes de sua prepara&ccedil;&atilde;o para esse momento especial.
Entre reflex&otilde;es sobre bem-estar e autoconhecimento, Mariana falou sobre como construiu uma nova fase em sua vida, equilibrando sa&uacute;de, autoestima e autenticidade. No ritmo pulsante do samb&oacute;dromo, ela compartilhou como o carnaval se conecta com sua jornada pessoal e a import&acirc;ncia dessa viv&ecirc;ncia para sua conex&atilde;o consigo mesma.

L&rsquo;Officiel Brasil-&nbsp; O samba n&atilde;o &eacute; apenas o movimento dos p&eacute;s, mas um conjunto de express&otilde;es que envolvem bra&ccedil;os, quadril e postura. Voc&ecirc; sempre foi ligada &agrave; dan&ccedil;a ou precisou reaprender seu pr&oacute;prio corpo nesse novo contexto?
Mariana: Eu sempre gostei de dan&ccedil;ar, mas n&atilde;o necessariamente me especializei em algum tipo. Dan&ccedil;a &eacute; alegria, &eacute; express&atilde;o da alma, ent&atilde;o n&atilde;o tem regra. Eu sempre fui a &uacute;ltima a ir embora das pistas de dan&ccedil;a por eu amo dan&ccedil;ar e &eacute; maravilhoso pra alma. 
L&rsquo;Officiel Brasil-&nbsp; Algumas cr&iacute;ticas surgiram nas redes sociais sobre sua experi&ecirc;ncia com o samba. Como voc&ecirc; lida com essas opini&otilde;es e o que tem aprendido ao longo desse caminho?
Mariana: As cr&iacute;ticas s&atilde;o sempre construtivas, desde que elas venham de um desejo de que a pessoa de fato cres&ccedil;a e se desenvolva. Eu n&atilde;o tenho problema nenhum com a cr&iacute;tica, ela vira um motor, e se eu tivesse parado na primeira cr&iacute;tica, eu n&atilde;o tinha chegado a lugar nenhum, ainda mais sendo mulher. Por ser mulher a gente sofre muito, o tempo todo: nossa apar&ecirc;ncia, nossa personalidade, nosso jeito de ser, as nossas escolhas, a nossa liberdade&hellip;tudo incomoda. Eu procuro fazer do lim&atilde;o azedo, que vem das pessoas, uma doce limonada. Eu s&oacute; vejo a cr&iacute;tica como um problema quando ela vem munida de maldade, crueldade e de julgamento, a&iacute; &eacute; realmente muito cruel.&nbsp;

L&rsquo;Officiel Brasil-&nbsp; Durante um ensaio, voc&ecirc; se emocionou ao falar sobre a recep&ccedil;&atilde;o da comunidade de Caxias. O que foi mais especial nesse acolhimento e como esse carinho tem impactado sua jornada no Carnaval?
Mariana: A comunidade caxiense me abra&ccedil;ou de uma forma que eu n&atilde;o consigo descrever. Todo muito foi muito receptivo e eu me senti muito melhor desfilando ali em Caxias do que na Sapuca&iacute;, no sentido de ser um ambiente muito menos hostil e de muita receptividade. Acho tamb&eacute;m que viram o quanto toda a entrega que coloquei nesse Carnaval. Fui muito abra&ccedil;ada, e eu s&oacute; tenho a agradecer. 
L&rsquo;Officiel Brasil-&nbsp; Voc&ecirc; desfilar&aacute; em um posto de grande visibilidade, &agrave; frente do Abre-Alas da escola. D&aacute; para descrever a sensa&ccedil;&atilde;o de entrar na Sapuca&iacute; sabendo que todos os olhares estar&atilde;o voltados para voc&ecirc;?
Mariana: Eu estou respondendo essas perguntas momentos antes de entrar na Sapuca&iacute;, ent&atilde;o no momento eu estou extremamente nervosa. Eu s&oacute; posso agradecer essa posi&ccedil;&atilde;o que a Grande Rio me ofereceu, e dizer que vou representar da melhor maneira poss&iacute;vel a minha escola do cora&ccedil;&atilde;o, e estou munida de amor, de alegria e isso tudo est&aacute; transbordando em mim.&nbsp;

L&rsquo;Officiel Brasil-&nbsp; A prepara&ccedil;&atilde;o para o Carnaval envolve um n&iacute;vel intenso de dedica&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica. Como est&aacute; sua rotina de treinos e cuidados com o corpo para encarar a avenida com energia total?
Mariana: Eu at&eacute; parei um pouco de fazer academia porque estava exigindo tanto do meu corpo que fiquei doente, e tive inclusive que tomar duas levas de antibi&oacute;tico. N&atilde;o gosto de ter que recorrer &agrave; alopatia mas foi necess&aacute;rio. Cheguei a ter um sangramento fora do meu per&iacute;odo menstrual, tamb&eacute;m devido ao stress que eu estava impondo ao meu corpo - tanto f&iacute;sico quanto emocional. Estou tentando, principalmente com alimenta&ccedil;&atilde;o, retomar a minha imunidade
L&rsquo;Officiel Brasil- Voc&ecirc; se preocupa em usar sua visibilidade para quebrar padr&otilde;es est&eacute;ticos e incentivar um olhar mais saud&aacute;vel para o corpo e a autoimagem. Como pretende levar essa mensagem para o p&uacute;blico durante o Carnaval?
Mariana: Eu acho que, estando de bem comigo, eu consigo naturalmente levar uma imagem positiva. Acho que tudo que &eacute; verdadeiro, transparece. N&atilde;o me preocupo em passar determinada imagem porque a imagem que eu passo &eacute; justamente quem eu sou. E toda essa liberdade que eu estou experienciando agora &eacute; resultado de muito trabalho interno, de muito autoconhecimento, de muita an&aacute;lise e acho (e espero) que isso transparece. Eu t&ocirc; levando para a Avenida o que eu tenho de melhor, que &eacute; toda a minha dedica&ccedil;&atilde;o, o meu carinho, o meu esfor&ccedil;o, a minha gratid&atilde;o por poder viver isso pelo segundo ano consecutivo com a Grande Rio. E Carnaval n&atilde;o &eacute; sobre corpos perfeitos na Avenida. &Eacute; sobre ser grata &agrave; vida, ao que ela nos traz de bom. Estou muito mais nesse mood do que apresentar a bunda perfeita, a barriga perfeita&hellip;at&eacute; porque a gente sabe que a perfei&ccedil;&atilde;o &eacute; ut&oacute;pica.&nbsp;&nbsp;

L'Officiel BR- Mariana depois do seu relato sobre tudo o que viveu em um relacionamento abusivo, muitas pessoas passaram a te enxergar como uma refer&ecirc;ncia de for&ccedil;a e supera&ccedil;&atilde;o. De que forma tudo isso se refletiu no seu estilo como mulher e como voc&ecirc; lida hoje com que viveu? O que se pode dizer para mulheres que passam por esse tipo de relacionamento?
Mariana: Eu acho que a gente n&atilde;o nasce mulher, a gente se torna mulher. E tudo o que eu passei, nesses meus 34 anos, foram aprendizados que me tornaram a mulher que eu sou hoje. Desde que a gente &eacute; muito pequena padronizam e estigmatizam o que &eacute; ser uma mulher dentro da sociedade, e sobre o que &eacute; ter sucesso sendo uma mulher. Por experi&ecirc;ncia pr&oacute;pria eu vi que ser mulher n&atilde;o tem nada a ver com aquilo que escreveram pra gente. Escreveram o nosso livro sem a gente ao menos ter escrito uma palavra nele.&nbsp;
Eu, hoje, procuro escrever o meu pr&oacute;prio livro, e de acordo com as coisas que eu acredito e que eu quero pra mim. Ser livre &eacute; muito mais do que a gente aparenta. &Eacute; abra&ccedil;ar as imperfei&ccedil;&otilde;es, &eacute; entender o feminino n&atilde;o como algo fr&aacute;gil e submisso, mas sim como algo de muita for&ccedil;a e ancestral. E &eacute; claro que d&aacute; medo. &Eacute; mais f&aacute;cil ficar num lugar c&ocirc;modo, que pode parecer mais confort&aacute;vel, mas na verdade esse lugar castra.
E para as mulheres que passam por esse tipo de relacionamento, quero dizer que elas n&atilde;o est&atilde;o sozinhas e que a melhor maneira de se instruir &eacute; conversar com outras mulheres , e procurar informa&ccedil;&otilde;es em livros e grupos de ajuda. Para quem tem condi&ccedil;&otilde;es, fazer an&aacute;lise tamb&eacute;m &eacute; fundamental j&aacute; que esse &eacute; um tema muito sens&iacute;vel e ainda bastante desconhecido. Tanto que s&atilde;o muitas as mulheres que julgam as v&iacute;timas, ou seja, mulheres julgando mulheres num lugar muito empobrecido de informa&ccedil;&atilde;o e de solidariedade. Acabam tamb&eacute;m achando que isso &eacute; algo distante, mas na verdade acontece em todos os c&iacute;rculos sociais, em todas as classes sociais, e quanto mais a gente falar, mais isso deixar&aacute; de ser um tabu e mais teremos embasamento e informa&ccedil;&otilde;es sobre o nosso direito de existir.&nbsp;
L&rsquo;Officiel- Samba no p&eacute; ou presen&ccedil;a marcante: o que &eacute; mais importante para uma musa?
Mariana: Eu acho que todo mundo precisa entender que a musa n&atilde;o necessariamente (salvo em raras exce&ccedil;&otilde;es) &eacute; uma passista. A gente precisa saber diferenciar o que &eacute; ser uma musa e o que &eacute; ser uma passista. Eu quero deixar muito claro que eu fui convidada, pelo segundo ano consecutivo, pela Grande Rio para ser musa. Estou fazendo aulas de samba porque eu quero entregar o melhor que eu posso para mim, para escola e para a comunidade de Caxias, mas eu n&atilde;o tenho como me comparar, e nem quero, a uma passista, que nasceu no ber&ccedil;o do samba, que tem outras ra&iacute;zes. O que eu tenho para entregar n&atilde;o &eacute; necessariamente samba no p&eacute;, e sim toda a minha dedica&ccedil;&atilde;o e a minha alegria. Eu gostaria de verdade que as pessoas entendessem que foi por isso que eu fui chamada.
L'Officiel Br- O que podemos esperar da Mari para 2025? Quais projetos est&atilde;o fervendo nos seus planos e que j&aacute; est&atilde;o deixando voc&ecirc; empolgada para esse ano?
Mariana: Eu vou voltar a estudar para ser atriz, que &eacute; um sonho que mantenho na gaveta h&aacute; muito tempo e que agora decidi investir. Tenho for&ccedil;as agora para n&atilde;o desistir dos meus sonhos, e isso &eacute; uma vit&oacute;ria. Acabei de finalizar uma p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Neuroci&ecirc;ncia e vou come&ccedil;ar a estudar Psican&aacute;lise.&nbsp;

Jogo r&aacute;pido

L&rsquo;Officiel: Qual look perfeito para curtir um bloquinho?
Mariana: O que te deixa confort&aacute;vel e protegida.&nbsp;
L&rsquo;Officiel: Maquiagem vibrante ou mais natural para a Sapuca&iacute;?
Mariana: Eu sempre sou do tipo mais natural, mas na verdade vamos como bem quisermos.&nbsp;
L&rsquo;Officiel: Um acess&oacute;rio indispens&aacute;vel para brilhar no desfile?
Mariana: Sorriso e alegria, sem d&uacute;vida.&nbsp;&nbsp;
L&rsquo;Officiel: O que o Carnaval representa para voc&ecirc; em uma palavra e porqu&ecirc;?&nbsp;
Mariana: Liberdade.&nbsp;Carnaval pra mim, ainda mais depois de tudo que eu passei, representa li-ber-da-de de ser exatamente o que eu sou e estar exatamente no lugar que eu quero estar.&nbsp;

Mariana Goldfarb fala sobre o Carnaval como expressão de liberdade

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