A carioca Haight bate a marca de primeira d&eacute;cada de vida mirando novos mundos, enquanto rev&ecirc; a sua trajet&oacute;ria especial

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/marcella-franklin-em-conversa-com-l-officiel-fala-sobre-a-haight">Marcella Franklin</a> fechou 2024 com um sorriso grato no rosto e mil planos nas m&atilde;os. Sua Haight completou dez anos de exist&ecirc;ncia com uma hist&oacute;ria s&oacute;lida que n&atilde;o s&oacute; a colocou no mercado de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/semanas-de-moda-marcas-e-influencers-brasileiras-que-brilharam">marcas</a> de p&uacute;blico fiel como na mira de um bem-vindo investimento externo. &ldquo;Ao mesmo tempo que passou muito r&aacute;pido, se olho tudo o que aconteceu&hellip; parecem j&aacute; uns 30 anos&rdquo;, diz a criadora. &ldquo;Empreender no Brasil &eacute; um ultradesafio. Ent&atilde;o a marca estar viva, dez anos depois, &eacute; uma supervit&oacute;ria&rdquo;.

A efem&eacute;ride oficial aconteceu em abril, mas foi em setembro que veio o an&uacute;ncio/presente: a empresa assinou acordo de investimento com a Shoulder, que tem feito movimento interessante ao criar uma holding de pequenas etiquetas &ndash; a primeira foi a Oriba, de moda masculina. &ldquo;Foi resultado de tr&ecirc;s anos de conversa entre n&oacute;s e o grupo. N&atilde;o era um movimento planejado, mas tomamos essa decis&atilde;o por ser um formato bem diferente dos outros grupos&rdquo;, explica Marcella. &ldquo;Eles querem investir em marcas que enxergam potencial, tanto com aporte financeiro quanto abrindo a estrutura para que usemos da maneira que acharmos interessante. &Eacute; um know-how de 45 anos de mercado. Mas continuamos 100% independentes, a Shoulder n&atilde;o quer mexer no time nem na estrat&eacute;gia &ndash; a maneira de trabalhar segue toda por nossa conta.&rdquo;

Descrita como &ldquo;um dos melhores trabalhos de moda no Brasil nos &uacute;ltimos anos&rdquo; pelo CEO da Shoulder, Beny Majtlis, a Haight apareceu em 2014 com ideias de moda praia minimalista e contempor&acirc;nea que seguem bem amarradas at&eacute; hoje, com imagens e est&eacute;ticas preciosas. O esquema, por&eacute;m, sempre foi menor do que as campanhas imponentes fazem parecer. &ldquo;Sempre tivemos uma preocupa&ccedil;&atilde;o muito forte com essa entrega. Tanto que quem v&ecirc; de fora acha que &eacute; uma marca enorme, com grana para caramba e milh&otilde;es de funcion&aacute;rios. Mal sabe o perrengue que foi no come&ccedil;o, era um esquema de guerrilha mesmo&rdquo;, relembra a estilista. &ldquo;Uma das nossas primeiras campanhas, nos Len&ccedil;&oacute;is Maranhenses, foi feita com cinco pessoas na equipe toda. Mas o resultado sempre era impactante.&rdquo;

N&atilde;o &eacute; de hoje que Marcella se orgulha de ter criado na Haight, al&eacute;m da moda, um universo de mulheres importantes. &ldquo;O grande assunto deste anivers&aacute;rio &eacute; de agradecimento, mais do que de dez anos. A nossa maior verdade &eacute; que constru&iacute;mos muito porque tivemos muita gente envolvida e acreditando na hist&oacute;ria. Tantas mulheres criativas com quem dialogamos e criamos juntas, no time interno e nas parcerias, como as arquitetas que criaram nossas lojas. A inten&ccedil;&atilde;o sempre foi potencializar mulheres em cada movimento, por menor que fosse. Tenho muita sorte e muito orgulho.&rdquo;

Todo esse movimento feminino d&aacute; assunto &agrave; parte da cole&ccedil;&atilde;o especial que baliza a d&eacute;cada da Haight, lan&ccedil;ada em drops nos &uacute;ltimos meses do ano. &ldquo;Fizemos um grande balan&ccedil;o para rever momentos importantes. Tanto nas pe&ccedil;as ic&ocirc;nicas que foram reeditadas como nosso primeiro mai&ocirc; cava e a linha de tric&ocirc; quanto em novas ideias. Parte do H do nosso logo, por exemplo, foi transformado em um padr&atilde;o aplicado em renda numa minic&aacute;psula de lingerie. &Eacute; uma vontade antiga, que acontece agora pela primeira vez e pode virar um assunto maior no futuro&rdquo;, conta.

&ldquo;Quisemos tamb&eacute;m fazer um link da imagem da marca com as caracter&iacute;sticas dos produtos e usar essa rede de mulheres para contribuir no desenvolvimento. Da&iacute; vem, por exemplo, a pe&ccedil;a feita com a Fernanda Rebello, designer da Gansho, que estava conosco na dire&ccedil;&atilde;o de arte de uma das primeiras campanhas. Ela criou um dos meus xod&oacute;s desse drop especial, um top de metal que remete a um objeto que aparecia naquelas imagens&rdquo;, diz. Em outros momentos, refer&ecirc;ncias iconogr&aacute;ficas aparecem em recortes e vazados nas pe&ccedil;as especiais.

A pr&oacute;xima d&eacute;cada? Se depender de Marcella, ser&aacute; animada. Os planos e vontades incluem tanto lojas no exterior quanto se aplicar em novas tecnologias e ambientes de d&eacute;cor. Al&eacute;m de refor&ccedil;ar o papel institucional da marca, no apoio a mulheres criativas. &ldquo;Temos muito ainda para onde crescer, a Haight ainda &eacute; pequena. As nossas ideias de expans&atilde;o s&atilde;o muito cuidadosas e coerentes, mas os sonhos que ainda est&atilde;o no papel s&atilde;o imensos.&rdquo;

Haight bate a marca de primeira década de vida mirando novos mundos

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