Murilo Rosa fala sobre seu sens&iacute;vel personagem em &lsquo;Beleza Fatal&rsquo; e aproveita para abrir o cora&ccedil;&atilde;o sobre casamento com a modelo Fernanda Tavares

H&aacute; mais de 30 anos na dramaturgia, Murilo Rosa transita com maestria entre o cinema, a televis&atilde;o e o teatro, sempre cativando o p&uacute;blico com pap&eacute;is intensos e memor&aacute;veis. Atualmente, o ator est&aacute; no ar com a novela &lsquo;<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/camila-pitanga-perto-de-voltar-a-globo-em-nova-producao">Beleza Fatal</a>&rsquo;, produ&ccedil;&atilde;o que marca a primeira novela brasileira produzida pela Warner Bros. Discovery, onde vive o talentoso cirurgi&atilde;o pl&aacute;stico Dr. Tom&aacute;s. Em entrevista exclusiva para a L&rsquo;Officiel Hommes Brasil, Murilo revisita sua trajet&oacute;ria com do&ccedil;ura e leveza, relembrando personagens inesquec&iacute;veis e pares rom&acirc;nticos ic&ocirc;nicos na TV. Mas o brilho especial surge quando ele fala sobre sua fam&iacute;lia: a esposa, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/alexandre-herchcovitch-exposicao-celebra-seus-30-anos-de-moda">Fernanda Tavares</a>, com quem mant&eacute;m um casamento s&oacute;lido h&aacute; 17 anos, e os dois filhos, Lucas e Artur, que s&atilde;o sua maior inspira&ccedil;&atilde;o! Com uma simpatia inconfund&iacute;vel, o ator reflete sobre carreira, amor, moda e os desafios que gostaria de enfrentar no mundo art&iacute;stico. Confira:

Com mais de 30 anos de carreira, voc&ecirc; viveu personagens em todas as m&iacute;dias &ndash; cinema, TV e teatro. Existe algum papel que ainda sonha interpretar ou um g&ecirc;nero que gostaria de explorar mais?
Olha, sempre tem um personagem que voc&ecirc; ainda n&atilde;o fez e que deseja fazer. Eu sou um ator movido por desafios. Se tiver um personagem complexo e dif&iacute;cil, eu quero me meter. Por exemplo, o 'Barnum - O Rei do Show' que n&oacute;s fizemos, o Musical da Broadway que n&oacute;s fizemos em 2021, 2022, em S&atilde;o Paulo, era um personagem que cantava, dan&ccedil;ava, fazia acrobacia, andava numa corda bamba a 3 metros de altura, por 10 de comprimento, sem rede de prote&ccedil;&atilde;o, cantando uma m&uacute;sica. Ent&atilde;o parecia um pouco imposs&iacute;vel isso e n&oacute;s fizemos. Ent&atilde;o eu sou um pouco movido a desafios e dificuldades mesmo. Essa &eacute; uma profiss&atilde;o que te permite fazer personagens em todas as idades! Apesar da televis&atilde;o sofrer de um certo etarismo aqui no Brasil&hellip; Mas &eacute; uma profiss&atilde;o que te presenteia com grandes pap&eacute;is em todas as idades.&nbsp;
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Eu quero experimentar mais esses cl&aacute;ssicos do teatro, preciso fazer isso. Vou agora atr&aacute;s de um personagem forte, mais uma com&eacute;dia. Mais interessante pra gente fazer uma temporada no Brasil e fora do Brasil, esse &eacute; um pensamento... Vou lan&ccedil;ar agora um personagem muito interessante tamb&eacute;m, Juvencio Gutierrez, no cinema, mas tem muita coisa, sempre tem. E quero experimentar um pouquinho mais de com&eacute;dia, principalmente nos palcos.
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Em "Beleza Fatal", seu personagem, Dr. Tom&aacute;s, tem um arco desafiador e delicado. Como voc&ecirc; se preparou para dar vida a um cirurgi&atilde;o pl&aacute;stico envolvido em dilemas t&atilde;o profundos e para retratar um romance com uma mulher trans?
O Dr. Tom&aacute;s &eacute; um personagem assim&hellip; &eacute; aquele m&eacute;dico que todo mundo adoraria que todos os m&eacute;dicos fossem desse jeito, um cara &eacute;tico, um cara correto, um cara profissional, humano, &eacute; um cara que n&atilde;o est&aacute; pensando no dinheiro e sim nas quest&otilde;es relevantes para aquele paciente, ent&atilde;o ele vive no meio de uma fam&iacute;lia muito louca, muito esquizofr&ecirc;nica e com desvios de car&aacute;ter grav&iacute;ssimos. Seus pares ali na mesma profiss&atilde;o s&atilde;o pessoas perigosas, ent&atilde;o ele est&aacute; caminhando sozinho no lugar, e esse lugar da efetividade do doutor Tom&aacute;s faz com que ele se aproxime da Andr&eacute;ia, que &eacute; a personagem feita pela Kiara Felipe, e eles acabam tendo uma hist&oacute;ria de amor. Ent&atilde;o &eacute; muito bonito.&nbsp;
&nbsp; Eu acho que a minha miss&atilde;o nesse trabalho, e eu fui chamado exatamente por isso! Maria de M&eacute;dici me ligou e falou, Murilo, a gente precisa de um ator como voc&ecirc;, com a sua hist&oacute;ria, para receber a Kiara, que &eacute; uma atriz que est&aacute; fazendo a sua primeira novela, a receber com muito afeto, com muito carinho, e foi isso que aconteceu. Eu e a Kiara, a gente teve uma rela&ccedil;&atilde;o muito bacana, nos demos super bem, &eacute; uma pessoa que eu respeito, que eu admiro, e eu sei que ela tamb&eacute;m me respeita e me admira. N&oacute;s fizemos um trabalho muito delicado, que eu diria que tem uma qu&iacute;mica muito bonita, sabe? Ent&atilde;o eu acho que o resultado final desse assunto que voc&ecirc; est&aacute; me perguntando &eacute; exatamente o amor, n&eacute;? Se apaixonar. Por que n&atilde;o se apaixonar? N&atilde;o &eacute;? Ent&atilde;o &eacute; isso.

Voc&ecirc; j&aacute; interpretou personagens hist&oacute;ricos como Dom Pedro I em "Um S&oacute; Cora&ccedil;&atilde;o" e pap&eacute;is memor&aacute;veis em "A Casa das Sete Mulheres". Qual foi o papel mais desafiador da sua carreira at&eacute; hoje e por qu&ecirc;?
Eu estou sempre atr&aacute;s de um papel dif&iacute;cil, &eacute; isso que eu quero. Claro que realmente tem personagens que exigem mais de voc&ecirc;. Por exemplo, o 'Barnum - O Rei do Show', &eacute; um plot de um n&iacute;vel m&aacute;ximo, e dificilmente voc&ecirc; vai encontrar no teatro musical, ou at&eacute; mesmo no teatro, um personagem t&atilde;o dif&iacute;cil de ser feito, porque &eacute; basicamente um mon&oacute;logo com interfer&ecirc;ncias ali, de um personagem que quebra a quarta parede, ele conversa com o p&uacute;blico e com os outros personagens, ele canta, ele dan&ccedil;a, ele faz acrobacia, ele tem um ritmo louco, tem com&eacute;dia, tem drama, tem a m&uacute;sica, tem o canto, tem o choro no meio do canto, tem a corda bamba, tem voc&ecirc; treinar na corda bamba. Isso &eacute; muito dif&iacute;cil, ent&atilde;o isso foi um desafio realmente muito, muito, muito grande. A gente precisa admitir isso, mas eu estou sempre em busca do pr&oacute;ximo desafio.
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Nos &uacute;ltimos anos, voc&ecirc; tamb&eacute;m se destacou como apresentador no reality "A Ponte". Como foi a experi&ecirc;ncia de transitar para o mundo dos realities e o que mais te surpreendeu nesse formato?
Fazer &lsquo;A Ponte&rsquo; pra mim foi uma alegria. Depois de 22 anos na Globo, recebo um convite da M&ocirc;nica Albuquerque para fazer esse reality show! Ent&atilde;o, foi dirigido pelo Rodrigo Gianetto, um diretor fant&aacute;stico, e eu achei interessante porque a gente criou ali, eu n&atilde;o era s&oacute; um apresentador, a gente criou um personagem na apresenta&ccedil;&atilde;o e na narra&ccedil;&atilde;o, e eu acho que deu certo, quando tudo acontece de uma forma muito positiva. O programa estreou, as cr&iacute;ticas foram sensacionais, todo mundo achando o melhor reality j&aacute; feito no Brasil, e acabou tendo uma carreira bonita, finalizando com o Emmy, o pr&ecirc;mio mais importante da televis&atilde;o mundial! Foi o primeiro reality&nbsp; da Am&eacute;rica Latina para programa de entretenimento sem roteiro ent&atilde;o foi muito, muito, muito especial. E eu acho que s&oacute; deu certo porque eu trouxe para esse universo da apresenta&ccedil;&atilde;o a minha bagagem como ator, n&eacute;? E ali a gente realmente, de fato, tem um personagem que lan&ccedil;a esses dilemas ali para os participantes. Foi um momento de muita felicidade. A Ponte est&aacute; dispon&iacute;vel a&iacute; para todo mundo ver. Quem n&atilde;o viu, assista, porque &eacute; o programa.

Al&eacute;m da atua&ccedil;&atilde;o, como voc&ecirc; define seu estilo no dia a dia? Quais pe&ccedil;as s&atilde;o indispens&aacute;veis no seu guarda-roupa e quais s&atilde;o suas marcas favoritas?
Olha, eu gosto de roupa preta, o preto e o branco, esse b&aacute;sico, eu acho simples, f&aacute;cil, elegante. Aqui no Brasil, o estilista que eu mais gosto disparado &eacute; o Ricardo Almeida, que &eacute; Alcuncur, e fora do Brasil eu gosto de John Varvatos, gosto muito. Inclusive, John Varvatos &eacute; um dos preferidos do pr&oacute;prio Ricardo Almeida.
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Cuidar da sa&uacute;de e do bem-estar &eacute; essencial na sua rotina? Qual &eacute; o seu segredo para manter o equil&iacute;brio entre corpo, mente e os desafios de uma carreira t&atilde;o agitada?
Em rela&ccedil;&atilde;o a cuidar da sa&uacute;de, do corpo, realmente &eacute; um desafio, porque eu t&ocirc; vivendo nesse momento agora com muita coisa, muita coisa da vida pessoal, da vida profissional, neg&oacute;cios que eu tenho, por exemplo, agora a gente t&aacute; construindo uma casa, eu t&ocirc; me envolvendo com muitos outros neg&oacute;cios, a&iacute; tem os meninos, tem a fam&iacute;lia, &eacute; muita coisa ao mesmo tempo, a&iacute; quando voc&ecirc; v&ecirc;, voc&ecirc; n&atilde;o t&aacute; conseguindo trabalhar como voc&ecirc; gostaria, eu acho que esse equil&iacute;brio ele &eacute; fundamental e dif&iacute;cil, mas necess&aacute;rio.
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Depois de interpretar tantos pares rom&acirc;nticos ic&ocirc;nicos, como voc&ecirc; enxerga o impacto desses relacionamentos fict&iacute;cios em sua conex&atilde;o com o p&uacute;blico? Alguma parceria marcou voc&ecirc; de forma especial?
Em rela&ccedil;&atilde;o aos pares rom&acirc;nticos, &eacute; muito legal, porque eu s&oacute; recebo carinho do p&uacute;blico, muito carinho. Ent&atilde;o, eu acho que quando o espectador est&aacute; vendo um trabalho, ele entra nesse trabalho, est&aacute; vivendo junto com voc&ecirc;, ou quer se colocar&nbsp; naquela situa&ccedil;&atilde;o. E a gente est&aacute; ali para isso, para proporcionar essa fantasia. Eu j&aacute; tive muitos personagens relacionados a casal rom&acirc;ntico, que tocou algu&eacute;m de alguma forma. &Eacute; muito bonito, &eacute; muito bacana! O nosso trabalho &eacute; entreter, gerar fantasias e deixar que as pessoas mergulhem no lugar que pertencem a elas, quando elas est&atilde;o assistindo o produto do teu trabalho. &Eacute; muito bacana, a conex&atilde;o que eu tenho com o p&uacute;blico &eacute; muito boa. E esses personagens s&oacute; trouxeram um carinho pra mim. Agora, muitas parceiras maravilhosas que eu tive a&iacute;, n&eacute;? Agora, a Kiara, a gente fazendo Beleza Fatal, acho que vai ser um par rom&acirc;ntico tamb&eacute;m especial pra mim. Mas tive muitas, muitas grandes atrizes que eu contracenei, que foram realmente marcantes.

Voc&ecirc; &eacute; casado h&aacute; 17 anos com a modelo brasileira Fernanda Tavares e tornaram-se, juntos, &iacute;cones de eleg&acirc;ncia e cumplicidade! Como voc&ecirc;s equilibram as carreiras intensas com a vida em fam&iacute;lia e ainda conseguem cultivar momentos a dois?
Obrigado pelos elogios! Mas vamos colocar a&iacute; s&iacute;mbolo de eleg&acirc;ncia: 90% para a Fernanda, 10% para mim. E cumplicidade, sim, acho que a gente tem muita cumplicidade. Eu admiro muito a Fernanda, o jeito que ela olha para a vida, ela tem uma simplicidade muito grande, n&atilde;o se deslumbra com as coisas. Acho muito bonito o jeito que ela se comporta e se posiciona. A vida familiar &eacute; uma vida como outra qualquer, a gente tem uma vida agitada, corrida, muita bagun&ccedil;a, a vida como ela &eacute; mesmo. Mas eu tenho muita gratid&atilde;o, muita alegria, muita felicidade de ter essa fam&iacute;lia, de ter os pais, meu pai e minha m&atilde;e, a educa&ccedil;&atilde;o que eu tive deles. Ent&atilde;o &eacute; tudo muito especial para mim. Agora, se a gente consegue ainda cultivar momentos a dois, &eacute;, consegue, mas tem sempre ali, o de 12 principalmente, est&aacute; sempre ali com a gente querendo participar desses momentos, mas a vida familiar &eacute; uma coisa que me deixa muito orgulhoso e para mim &eacute; o motivo de muito orgulho, &eacute; s&oacute; gratid&atilde;o.

<h2 style="text-align: center;">PING PONG</h2>
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Um personagem que adoraria revisitar?
O Dinho, de Am&eacute;rica. Saber como ele est&aacute; l&aacute; com a Dona Neuta (interpretada&nbsp; por Eliane Giardini).
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Trilha sonora que sempre toca no seu treino?
Qualquer coisa do Bob Dylan, t&aacute; lindo!
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Um talento escondido que ningu&eacute;m imagina?
Eu assovio bem demais da conta (risos).
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Se pudesse jantar com qualquer figura hist&oacute;rica, quem seria?
Jesus Cristo. Adoraria estar l&aacute;, naquele jantar, quando ele distribuiu o p&atilde;o para os 12 disc&iacute;pulos, seria uma experi&ecirc;ncia incr&iacute;vel.&nbsp;
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Qual seria seu superpoder, se pudesse escolher?
Seria acabar com a fome, que ningu&eacute;m mais no planeta tivesse fome, todo mundo ali, com a barriguinha cheia, acho que seria um superpoder fant&aacute;stico.

Murilo Rosa fala de carreira e casamento com Fernanda Tavares

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