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        <p><em>Três eventos em São Paulo homenageiam &ldquo;Amazônia&rdquo;, mega exposi&ccedil;&atilde;o de Sebasti&atilde;o Salgado que &eacute; um grito de alerta para a prote&ccedil;&atilde;o do vasto territ&oacute;rio e de seu povo. Imperd&iacute;vel!</em></p>
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<div class="page" title="Page 2"><a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/l-officiel-hommes-24-autenticidade-a-flor-da-pele"> </a>
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      <div class="column"><a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/l-officiel-hommes-24-autenticidade-a-flor-da-pele"> </a>
        <p style="text-align: justify;"><span><a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/l-officiel-hommes-24-autenticidade-a-flor-da-pele"><strong>Sebasti&atilde;o Salgado</strong></a> fotografou alguns dos rec&ocirc;nditos mais extraordin&aacute;rios da Terra e o ser humano em situa&ccedil;&otilde;es de guerra e em condi&ccedil;&otilde;es subhumanas de explora&ccedil;&atilde;o. Mas &eacute; chegada a hora de o maior fot&oacute;grafo da contemporaneidade encerrar o cap&iacute;tulo dedicado a seus projetos grandiosos com a s&eacute;rie &ldquo;<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/fiamma-e-christian-dalgas-pela-vida-selvagem-na-amazonia">Amaz&ocirc;nia</a>&rdquo;, uma ode &agrave; incompar&aacute;vel beleza do vasto territ&oacute;rio e &agrave; cultura de seu povo amea&ccedil;ado. Foram sete anos para montar um quebra-cabe&ccedil;a para conceituar, organizar, conseguir patroc&iacute;nio, ter o livro publicado pela editora alem&atilde; Taschen e, finalmente, montar a exposi&ccedil;&atilde;o itinerante &ldquo;Sebasti&atilde;o Salgado: Amaz&ocirc;nia&rdquo;, em S&atilde;o Paulo, no Sesc Pompeia, at&eacute; 7 de julho, que prossegue para capitais do norte ao sul do pa&iacute;s, depois de passar por museus em <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/chanel-editorial-alta-costura-do-inverno-22-23-pelas-ruas-de-paris">Paris</a>, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/tsunami-pop-exposicao-londres">Londres</a> e <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/the-bussade-braz-em-roma-com-valentino">Roma</a>. O projeto grandioso foi criado por sua mulher e companheira de toda a vida, a arquiteta L&eacute;lia Wanick Salgado. Ela o acompanhou em v&aacute;rias das 48 expedi&ccedil;&otilde;es fotogr&aacute;ficas por terra, &aacute;gua e ar a locais desconhecidos da Amaz&ocirc;nia brasileira, com o apoio log&iacute;stico de uma equipe de 40 profissionais, entre os quais piloto, cozinheiro, m&eacute;dico, assistente de campo e int&eacute;rpretes das l&iacute;nguas ind&iacute;genas. Salgado, que quase perdeu o joelho em uma ocasi&atilde;o e, em outra, a vista, n&atilde;o tem ideia de quantas fotos tirou para produzir a &eacute;pica s&eacute;rie em seu caracter&iacute;stico preto e branco e mil e uma nuances de cinza. As imagens registram paisagens de perder o f&ocirc;lego e retratam 12 tribos ind&iacute;genas da Amaz&ocirc;nia profunda, entre elas, os Ash&aacute;ninka, os Yawanaw&aacute; e os Zo&rsquo;&eacute;. &ldquo;Vou continuar a fotografar, claro, mas aos 78 anos j&aacute; n&atilde;o posso mais mergulhar de cabe&ccedil;a em projetos dessa envergadura&rdquo;, confessou na abertura no Sesc Pompeia.</span></p>
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Sebastião Salgado, Yara Asháninka, terra indígena Kampa do rio Amônema, Acre, 2016.

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        <p style="text-align: justify;"><span>Assinada por L&eacute;lia, a montagem no gigantesco sal&atilde;o expositivo &eacute; uma experi&ecirc;ncia sensorial com narrativa tr&iacute;plice: fotografia, filme e m&uacute;sica. Como na floresta, o espa&ccedil;o est&aacute; envolto em penumbra entrecortada por 200 pain&eacute;is fotogr&aacute;ficos de paisagens e, aqui e ali&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">pelos reflexos dos &ldquo;igarap&eacute;s&rdquo; da arquitetura de Lina Bo Bardi, tudo embalado por sons amaz&ocirc;nicos editados pelo m&uacute;sico franc&ecirc;s Jean-Michel Jarre. Em meio a essa densa atmosfera visual e sonora tr&ecirc;s &ldquo;ocas&rdquo; exibem fotos do ser humano ind&iacute;gena em toda a sua formosura e for&ccedil;a. As ocas tamb&eacute;m encerram o importante vi&eacute;s sociopol&iacute;tico da empreitada de Salgado e L&eacute;lia na forma de sete curtas com entrevistas in situ com os chefes das comunidades ind&iacute;genas feitas pelo jornalista Le&atilde;o Serva, especialista no mundo amaz&ocirc;nico. Outro del&iacute;rio para olhos e ouvidos s&atilde;o as duas instala&ccedil;&otilde;es imersivas, ambas com proje&ccedil;&otilde;es de fotos. Em uma delas, paisagens majestosas acompanham poema sinf&ocirc;nico de nosso brasilianista mor, o modernista Heitor Villa-Lobos, admirado pelo casal. Na outra, retratos de fam&iacute;lias ind&iacute;genas s&atilde;o acompanhados por sens&iacute;vel composi&ccedil;&atilde;o do paulista Rodolfo Stroeter, que casa os sons da floresta &agrave; voz celestial de Marlui Miranda, cantora e pesquisadora da cultura ind&iacute;gena.</span></p>
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Registro de Sebastião Salgado feito por sua esposa, a arquiteta Lélia Wanick Salgado

Sebastião Salgado, Adão Yawanawá, terra indígena do rio Gregório, Acre, 2016

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        <p style="text-align: justify;"><span>Salgado aconselha de uma hora e meia a duas horas para percorrer toda a exposi&ccedil;&atilde;o que vem a ser um grito de alerta para a preserva&ccedil;&atilde;o deste bioma &uacute;nico e um pedido de prote&ccedil;&atilde;o ao povo da floresta e &agrave; sua cultura. Paralelamente &agrave; mostra no Sesc Pompeia ainda h&aacute; mais dois eventos em S&atilde;o Paulo homenageando a Amaz&ocirc;nia captada por suas lentes.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Na avenida Paulista, o Ita&uacute; Cultural exibe at&eacute; 8 de maio &ldquo;Amaz&ocirc;nia: o processo de cria&ccedil;&atilde;o de Sebasti&atilde;o Salgado&rdquo;, que revela os bastidores do fot&oacute;grafo em plena a&ccedil;&atilde;o registrando a antol&oacute;gica s&eacute;rie. S&atilde;o 35 fotos de autoria de L&eacute;lia Salgado e de Le&atilde;o Serva, complementadas por um videosdepoimento do fot&oacute;grafo, que registram desde suas andan&ccedil;as na floresta &agrave; sua ousadia ao fotografar de helic&oacute;ptero e do alto de penhascos, como tamb&eacute;m revelam momentos de sua respeitosa integra&ccedil;&atilde;o com os ind&iacute;genas.</span></p>
        <div class="page" title="Page 3">
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              <div class="column">
                <p style="text-align: justify;"><span>Focado nos colecionadores e admiradores de Sebasti&atilde;o Salgado, o terceiro evento foi destinado ao mercado comercial, tamb&eacute;m intitulado &ldquo;Amaz&ocirc;nia&rdquo;, e ficou em cartaz no Jardim Paulistano at&eacute; 14 de maio, na Galeria Mario Cohen, a primeira especializada em fotografia na Am&eacute;rica Latina. O evento trouxe um recorte de 19 fotos da s&eacute;rie exibida no Sesc Pompeia, todas assinadas e acompanhadas de certificado de autenticidade, para serem vendidas na galeria de Cohen, que h&aacute; muitos anos representa a obra deste capixaba humanista, mestre da fotografia contempor&acirc;nea.&nbsp;</span><span>@SEBASTIAOSALGADOOFICIAL</span></p>
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Sebastião Salgado: uma homenagem à Amazônia

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