<p>Escritora, roteirista e <em>podcaster </em>Camila Fremder revela seus processos criativos, a rela&ccedil;&atilde;o que teve com Rita Lee, sua ex-sogra, e seus novos projetos em entrevista exclusiva</p>

<p style="text-align: justify;">H&aacute; algum tempo, o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/kate-middleton-revela-seu-lado-competitivo-em-podcast"><strong>podcast</strong></a> se tornou uma ferramenta de comunica&ccedil;&atilde;o poderosa que consegue abordar p&uacute;blicos e tem&aacute;ticas diferentes. Em se tratando de cotidiano e bom-humor, a escritora e <em>podcaster</em> <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/rita-lee-musical-reverencia-seu-legado-com-obra-autobiografica"><strong>Camila Fremder</strong></a> tem feito sucesso ao conquistar leitores, f&atilde;s e seguidores nesse universo.</p>
<p style="text-align: justify;">Sempre irreverente, a paulistana de 42 anos j&aacute; participou de antologias de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/a-cronica-francesa-de-wes-anderson"><strong>cr&ocirc;nicas</strong></a> e tem <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/marc-jacobs-5-livros-preferidos-do-designer"><strong>livros</strong></a> publicados. <em>Enfim, 30 (2015)</em> e <em>Como ter uma vida normal sendo louca (2019)</em> foram escritos com a empres&aacute;ria e criadora de conte&uacute;do digital Jana Rosa. <em>Adulta sim, madura nem tanto (2018)</em> aborda as situa&ccedil;&otilde;es da maternidade e <em>Kibe, a formiga corajosa (2023)</em> foi concebido a partir da ideia de Arthur, seu filho de 6 anos.</p>
<p style="text-align: justify;">Entre letras e &aacute;udios, Camila Fremder &eacute; sucesso h&aacute; meia d&eacute;cada. Seu primeiro podcast &ndash; <em>&Eacute; Noia Minha?</em> &ndash; j&aacute; possui mais de 300 epis&oacute;dios, milh&otilde;es de plays e cerca de 1 milh&atilde;o de ouvintes. Em entrevista exclusiva &agrave; L&rsquo;Officiel Brasil, a publicit&aacute;ria revela os bastidores de grava&ccedil;&atilde;o dos epis&oacute;dios, a rela&ccedil;&atilde;o com diferentes p&uacute;blicos no podcast e o que pensa sobre os momentos que viveu com Rita Lee, sua ex-nora com quem conviveu por quase quinze anos. Confira!</p>

<h3 style="text-align: justify;">L&rsquo;Officiel: Antes de se tornar escritora, voc&ecirc; passou por ag&ecirc;ncias de publicidade, escrita de roteiro e outros espa&ccedil;os em que a palavra &eacute; a mat&eacute;ria-prima do seu trabalho. Quando voc&ecirc; percebeu que sua criatividade poderia ser voltada &agrave; cria&ccedil;&atilde;o liter&aacute;ria de cr&ocirc;nicas?</h3>

<p style="text-align: justify;"><strong>Camila Fremder:</strong> Eu gosto de cr&ocirc;nica faz muito tempo. Acho que eu primeiro comecei a consumir cr&ocirc;nicas porque comprava muito revista. Eu sempre amei ter revista e consumir muitos cronistas, como Ant&ocirc;nio Prata, Tati Bernardi. Em 2007, eu fiz um blog de cr&ocirc;nicas. N&atilde;o &eacute; que a cr&ocirc;nica chegou depois que eu trabalhei em ag&ecirc;ncia. Foi muito antes de eu escrever roteiro. O blog come&ccedil;ou a ganhar audi&ecirc;ncia e uma editora independente o encontrou em 201, e eu lancei um livro de cr&ocirc;nicas. Ent&atilde;o, eu sempre gostei muito de ler cr&ocirc;nica por conta de consumir muito revista, e achei que era uma maneira que eu conseguia me comunicar e eu me expressava muito bem, muito mais na escrita do que na fala.</p>
<p style="text-align: justify;">Eu tive um per&iacute;odo da vida tamb&eacute;m em que eu, antes de fazer terapia, escrevia um texto para o meu analista e a&iacute; ele que falou: &ldquo;ah, faz um blog. Voc&ecirc; escreve de um jeito legal&rdquo;. Ele me incentivou a fazer esse blog, mas eu j&aacute; me comunicava, com minhas quest&otilde;es. Com ele, eu j&aacute; me comunicava atrav&eacute;s da cr&ocirc;nica.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Voc&ecirc; j&aacute; escreveu livros sobre algumas fases da vida, como maturidade aos 30 anos e maternidade. Sobre qual outro per&iacute;odo da vida gostaria de escrever?</h3>

<p style="text-align: justify;">Eu n&atilde;o sei. Por enquanto, acredito que n&atilde;o escolheria nenhuma fase da vida porque acho que os 30 [anos] est&atilde;o muito perto dos 40, e a maternidade dominou muito. Acho que eu gostaria de escrever um livro mais aprofundado sobre as minhas &lsquo;noias&rsquo; que acredito que permeia qualquer idade.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Voc&ecirc; escreveu <em>Quibe, a formiga corajosa (2023)</em> em parceria com o seu filho Arthur. Como foi esse processo de ser m&atilde;e e escritora<strong>? </strong></h3>

<p style="text-align: justify;">Escrevi Quibe em 2023, e, agora, em outubro, a gente lan&ccedil;a o livro 2 que eu tamb&eacute;m tive uma super ajuda do Arthur para isso. Foi uma del&iacute;cia poder dividir com ele essa minha paix&atilde;o pela escrita porque, quando a gente come&ccedil;ou [ou melhor,] quando ele come&ccedil;ou com a hist&oacute;ria da Quibe, de criar uma personagem, que era uma formiga imagin&aacute;ria... Isso tudo veio da cabe&ccedil;a dele. Eu falei que isso daria um livro legal, apresentei para ele os meus livros e contei que eu era escritora. Ent&atilde;o, foi um momento importante da nossa rela&ccedil;&atilde;o. Ele descobriu uma profiss&atilde;o minha, e, se interessar por isso e virar uma coisa que teve continuidade, a gente n&atilde;o ficou no primeiro livro. Agora, a gente j&aacute; fez o segundo, e ele vive falando se a gente fizesse o filme da Quibe, e ent&atilde;o eu acho que estreita a nossa rela&ccedil;&atilde;o e &eacute; muito gostoso. Eu sempre gostei de trabalhar e escrever com algu&eacute;m. Tenho dois livros publicados com a [empres&aacute;ria e criadora de conte&uacute;do] Jana Rosa. Eu sempre gostei de dividir este momento de cria&ccedil;&atilde;o e poder dividir com o meu filho a coisa mais maravilhosa do mundo.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Quando surgiu o interesse de iniciar no mercado de podcast? Voc&ecirc; era uma ouvinte ass&iacute;dua deste formato de conte&uacute;do?</h3>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o posso dizer que eu era uma ouvinte ass&iacute;dua de podcast. Na &eacute;poca, eu comecei a escutar um que chamava <em>Serial</em>. Se n&atilde;o me engano, ele &eacute; de 2014 e era um podcast de crime. Ent&atilde;o, primeiro eu comecei a consumir nesse g&ecirc;nero, e, mais para frente, fui entender que tinha podcast de todos os temas, [como] de ci&ecirc;ncias, de pol&iacute;tica, de not&iacute;cias, de humor. A&iacute; foi meio que natural a ideia do meu agente, Bruno Porto, que est&aacute; comigo a&iacute; h&aacute; mil anos. Ele falou: &ldquo;acho que est&aacute; na hora de a gente criar uma outra coisa para voc&ecirc;, al&eacute;m dos livros&rdquo;. A&iacute; foi natural. Eu j&aacute; escrevia nos meus textos, nas minhas cr&ocirc;nicas, &lsquo;noias&rsquo; minhas. A&iacute; eu falei: &ldquo;e se eu trabalhar esses temas noiados que eu tenho em &aacute;udio e chamar especialistas&rdquo;. A gente fez esse caminho. &Eacute; como se a gente tivesse migrado da escrita pra fala, sabe?</p>

<h3 style="text-align: justify;">Hoje, o <em>&Eacute; Noia Minha?</em> &eacute; refer&ecirc;ncia em produ&ccedil;&atilde;o de conte&uacute;do que trata da vida cotidiana de forma leve e bem-humorada. Como o humor faz parte da sua vida?</h3>

<p style="text-align: justify;">No geral, eu sou uma pessoa bem-humorada e acho que entra como nas cr&ocirc;nicas que eu fazia muito isso: o jeito deu passar por fases dif&iacute;ceis &eacute; tirando o sarro delas. Ent&atilde;o, o livro <em>Adulto assim, madura Nem Sempre</em>, que falava de maternidade, era muito uma maneira c&iacute;nica e mais engra&ccedil;ada de enfrentar um momento que era desafiador e estranho para mim. Fora isso, eu, geralmente, fa&ccedil;o piada com as coisas, sabe? Acho que me ajuda a levar a vida com mais leveza.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Nos cinco anos de exist&ecirc;ncia do <em>Noia</em>, voc&ecirc; j&aacute; entrevistou centenas de artistas, influenciadores e personalidades. Existe alguma hist&oacute;ria curiosa de bastidores que te impressiona at&eacute; hoje?</h3>

<p style="text-align: justify;">Nenhuma espec&iacute;fica porque a grava&ccedil;&atilde;o tem uma hora de dura&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, &eacute; um per&iacute;odo meio curto para que coisas muito surreais aconte&ccedil;am, mas eu acho que o que &eacute; legal, e acontece, &eacute; que, v&aacute;rias vezes, eu tenho essa mania de ficar sempre chamando dois convidados que eu acho que podem ser amigos. A gente at&eacute; acabou criando esse quadro no <em>Noia</em>, que &eacute; o match da amizade. Isso rola muito, e v&aacute;rias pessoas que eu juntei no programa viraram amigas de verdade, de se encontrar e de sair para almo&ccedil;ar. Um exemplo &eacute; a [apresentadora e comunicadora digital] Dandara Pagu com a [chefe de cozinha e empres&aacute;ria] Renata Vanzetto. Eu tinha certeza que elas iam se amar, e eu as juntei em um epis&oacute;dio com esse tema. Funcionou e isso aconteceu in&uacute;meras vezes, dentro desse quadro ou n&atilde;o. Eu adoro fazer isso, ent&atilde;o acho que, de <em>backstage</em>, &eacute; isso porque me encanta. Sobre barraco, gra&ccedil;as a Deus, nunca aconteceu, pois &eacute; um per&iacute;odo de uma hora. Ent&atilde;o, se a pessoa conseguir, nessa brecha de tempo, ela &eacute; muito boa de barraco.</p>

Camila Fremder | Divulgação

<h3 style="text-align: justify;">Com mais de 300 epis&oacute;dios, milh&otilde;es de <em>plays</em> e cerca de 1 milh&atilde;o de ouvintes mensais, o <em>&Eacute; Noia Minha</em> s&oacute; cresce em n&uacute;meros e conte&uacute;do. Qual &eacute; o lado bom e o lado ruim de falar para um p&uacute;blico t&atilde;o extenso?</h3>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o sei se vejo o lado ruim porque estou acompanhando esse crescimento do <em>Noia</em> e eu percebi que &eacute; um p&uacute;blico jovem que migrou dos v&iacute;deos que viralizei no <em>TikTok</em>. Estou adorando essa audi&ecirc;ncia. Eles s&atilde;o bem mais novos que eu. No <em>TikTok</em>, mais de 50% da minha audi&ecirc;ncia tem de 18 a 24 anos. E poder trazer temas, &agrave;s vezes s&eacute;rios e importantes, como a gente tem o quadro N&atilde;o Desconversa, que j&aacute; falamos de racismo, capacitismo, relacionamento abusivo e outros, para uma galera mais jovem &eacute; muito legal. Eu fico super feliz. &Agrave;s vezes, sentimos medo de furar a bolha, e chegar em uma audi&ecirc;ncia que n&atilde;o tem nada a ver com a gente, ou que n&atilde;o entende o nosso humor e o tipo de comunica&ccedil;&atilde;o que fazemos, mas eu acho que ainda n&atilde;o aconteceu isso comigo. Acredito que ainda estou protegida dentro de uma audi&ecirc;ncia que me entende muito e que tem uma cabe&ccedil;a muito parecida com a minha.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Paralelamente, voc&ecirc; tamb&eacute;m esteve &agrave; frente de outros podcasts, como <em>Calcinha Larga</em>, com Tati Bernardi e Helen Ramos, no qual discutiam quest&otilde;es femininas, al&eacute;m de <em>E os Namoradinhos?</em> com o influenciador Pedro Pac&iacute;fico com foco no humor e literatura. &Eacute; dif&iacute;cil falar para p&uacute;blicos diferentes?</h3>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o senti dificuldade. Eu n&atilde;o acho que seja um p&uacute;blico t&atilde;o diferente, para falar a verdade. Acredito que o p&uacute;blico do <em>Calcinha Larga</em> era mais velho, mas era muito parecido com o do <em>Noia</em> daquela &eacute;poca. Ent&atilde;o, n&atilde;o sentia que estava falando para outro p&uacute;blico. E eu sempre falei de literatura porque lan&ccedil;o livro. Desde 2011, eu fa&ccedil;o livro, participo de Bienal, ent&atilde;o tamb&eacute;m n&atilde;o achei que era um p&uacute;blico t&atilde;o diferente, sabe? Acredito que s&atilde;o bolhas que conversam. A gente tem v&aacute;rias por a&iacute;, mas elas est&atilde;o interligadas de alguma maneira.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Voc&ecirc; acredita que o podcast &eacute; a cr&ocirc;nica contempor&acirc;nea?</h3>

<p style="text-align: justify;">Eu acho que sim, e alguns podcasts servem como essa esp&eacute;cie de cr&ocirc;nica contempor&acirc;nea, assim como algumas s&eacute;ries de TV, alguns perfis de humor do <em>TikTok</em>. Acredito que existem v&aacute;rias formas de a gente comunicar nesse formato de cr&ocirc;nica cotidiana, sabe? Podemos fazer isso de v&aacute;rias formas e acredito que o <em>Noia</em> faz isso e n&atilde;o necessariamente todos os podcasts porque, como falei, depende muito da tem&aacute;tica que aborda, como o <em>Noia</em> e alguns outros que escuto e gosto muito que fazem isso de alguma maneira.</p>

<h3 style="text-align: justify;">H&aacute; algum tempo, internautas compararam voc&ecirc; com sua ex-sogra, Rita Lee, depois de um v&iacute;deo postado nas redes sociais. O que a cantora representa na sua vida? Qual momento voc&ecirc; destacaria das suas lembran&ccedil;as com ela?</h3>

<p style="text-align: justify;">Eu achei muito engra&ccedil;ado quando come&ccedil;aram a me comparar com a Rita, at&eacute; porque eu tive que fazer um v&iacute;deo. O que aconteceu &eacute; que as pessoas falavam: &ldquo;ah, parece a Rita Lee. Nossa, parece a filha da Rita Lee&rdquo; no <em>TikTok</em>. E os seguidores mais antigos come&ccedil;aram a falar: &ldquo;mas ela foi sogra dela&rdquo;, &ldquo;ela foi nora da Rita Lee&rdquo;. E as pessoas: &ldquo;ah, mentira!&rdquo; Da&iacute;, eu fiz um v&iacute;deo no <em>TikTok</em> falando: &ldquo;gente, isso &eacute; verdade. Ela foi minha sogra. Meu filho &eacute; neto dela&rdquo;. E as pessoas surtaram. Mas, ao mesmo tempo, eu pare&ccedil;o v&aacute;rias pessoas s&oacute; porque elas t&ecirc;m franja e &oacute;culos.</p>
<p style="text-align: justify;">Foram muitos anos de conviv&ecirc;ncia, ent&atilde;o, talvez, eu tenha pego, sim, algum jeito ou compartilhado muitos pensamentos e ideias e absorvido de alguma maneira. Pedacinho de uma personalidade t&atilde;o incr&iacute;vel e complexa, mas acho legal e tenho muitas mem&oacute;rias. Foram muitos anos. Eu fiquei casada dez anos, e a gente continuou tendo contato mesmo depois que eu me separei e quase quinze anos de conviv&ecirc;ncia.</p>
<p style="text-align: justify;">Eu tenho muitas hist&oacute;rias, mas falei esses dias num podcast que eu sempre escolho contar. Eu separei umas tr&ecirc;s ou quatro hist&oacute;rias dela e conto repetidas vezes porque gosto de guardar assim, para mim, as coisas que eu vivi com ela, sabe? Era uma coisa muito fora, era a Rita Lee v&oacute;, a Rita Lee sogra, n&atilde;o era a Rita Lee pessoa p&uacute;blica. Ent&atilde;o, &agrave;s vezes, eu n&atilde;o vejo muito porque eu ficar entrando em intimidade que ela n&atilde;o tinha escolhido que fossem expostas, sabe? Ent&atilde;o, a maioria dos momentos eu guardo para mim e conto para o Arthur e fica entre a gente, entre a fam&iacute;lia. Mas ela tem uma import&acirc;ncia na minha vida muito grande; ela &eacute; av&oacute; do meu filho.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Recentemente, foi anunciado que o <em>&Eacute; N&oacute;ia Minha?</em> vai ganhar os palcos do teatro com epis&oacute;dios ao vivo. O que podemos esperar desse novo projeto?</h3>

<p style="text-align: justify;">Estou muito feliz que o <em>Noia</em> vai para o teatro. Estamos seguindo o formato do podcast, ent&atilde;o sempre levarei dois convidados, ao mesmo tempo eu vou fazer um abre mais espont&acirc;neo e vai ter algum tipo de intera&ccedil;&atilde;o da plateia com o epis&oacute;dio. Ent&atilde;o, ao mesmo tempo que ele tem o mesmo formato, tem umas inova&ccedil;&otilde;es devido a essa oportunidade de estar ali de frente com os nossos ouvintes. Isso era uma coisa que eles pediam muito, como &ldquo;a&iacute;, tenta gravar um dia com plateia&rdquo;, ou &ldquo;chama as x pessoas no est&uacute;dio&rdquo;. Enfim, foi muito legal a gente conseguir fazer isso e estamos negociando com outras cidades. Vamos fazer Porto Alegre, Curitiba e estamos negociando com Rio de Janeiro, ent&atilde;o acho que vem. Tem um <em>tour</em> a&iacute; do <em>Noia</em> que vai ser muito gostoso.</p>

<h3 style="text-align: justify;">Quais s&atilde;o seus planos para o futuro? Existe um livro novo a caminho?</h3>

<p style="text-align: justify;">Estou morrendo de vontade de fazer um livro adulto tamb&eacute;m. Est&aacute; dif&iacute;cil parar, sabe? Porque tem muita coisa j&aacute; com os podcasts e agora entra o lan&ccedil;amento do segundo livro infantil, e o <em>&Eacute; Noia Minha?</em> no teatro que tamb&eacute;m vou ter que viajar. Mas estou come&ccedil;ando a desenhar para tentar lan&ccedil;ar no ano que vem ou tentar terminar no ano que vem para, de repente, lan&ccedil;ar no final do ano que vem ou algo assim. Um livro para p&uacute;blico adulto mesmo, e eu tamb&eacute;m adoro escrever para o infantil. N&atilde;o quero parar de fazer para crian&ccedil;as, mas acho que est&aacute; na hora de escrever para os adultos.</p>

Camila Fremder fala sobre podcasts, livros e inspirações

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