Riviera Francesa traz dois hot&eacute;is da Oetker Collection, entre as montanhas de Saint-Martin e as &aacute;guas de Antibes, com o conceito de turismo de luxo a n&iacute;veis fascinantes

La joie de vivre! Descrita por poetas e romancistas, eternizada nas telas de pintores extraordin&aacute;rios e figuras recorrentes no cinema, a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/croisettecore-a-nova-tendncia-da-moda-que-nos-inspira">Riviera Francesa</a> traz dois <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/viagem/san-regis-um-hotel-que-mistura-referencias-classicas-e-modernas">hot&eacute;is</a> da Oetker Collection, entre as montanhas de Saint-Martin e as &aacute;guas de Antibes &ndash; al&ccedil;ando o conceito de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/viagem/viagens-de-fim-de-ano-confira-3-experiencias-luxuosas-para-celebrar">turismo de luxo</a> a n&iacute;veis fascinantes. Confira!

O ator Richard E. Grant, de Assassinato em Gosford Park (2001), A Dama de Ferro (2011), The Lesson e Saltburn (ambos de 2023), escreveu em seu pref&aacute;cio para o livro Living the Dream, sobre a Oetker Collection, que estar em um &oacute;timo hotel &eacute; um prazer &uacute;nico, pois sem as obriga&ccedil;&otilde;es cotidianas as pessoas podem se sentir livres e glamourosas. E ent&atilde;o ele pondera: &ldquo;Voc&ecirc; &eacute; cuidado com considera&ccedil;&atilde;o, gentileza e charme, tendo ao redor lugares genuinamente belos e distantes da ostenta&ccedil;&atilde;o exagerada. &Eacute; como estar com amigos que n&atilde;o se v&ecirc; h&aacute; tempos e poder desfrutar o conforto da casa deles ao visit&aacute;-los&rdquo;. A cole&ccedil;&atilde;o &agrave; qual o brit&acirc;nico se refere inclui constru&ccedil;&otilde;es centen&aacute;rias, regi&otilde;es hist&oacute;ricas e natureza preservada e foi sendo desenhada desde 1964, quando o casal Rudolf August Oetker e Maja navegava por Cap d&rsquo;Antibes, uma pen&iacute;nsula localizada na cidade de Antibes, entre Nice, capital da C&ocirc;te d&rsquo;Azur, e Cannes, cuja paisagem para as Ilhas L&eacute;rins &eacute; cativante. Conta-se que, ao avistarem de longe o suntuoso maci&ccedil;o arquitet&ocirc;nico do H&ocirc;tel du Cap-Eden-Roc, eles se renderam ao que os franceses definem como coup de foudre, ou amor &agrave; primeira vista.

Quase um s&eacute;culo antes, em 1860, a colina estendida sobre as rochas banhadas pelo Mar Mediterr&acirc;neo, chamada de Le Cap, despertou a aten&ccedil;&atilde;o de nobres russos que visitavam as imedia&ccedil;&otilde;es. Entre eles estava o conde Paul de Fersen, que comprou uma propriedade no local e criou as bases para constru&ccedil;&otilde;es futuras, incluindo estradas e ruas de acesso. Quando Auguste de Villemessant, fundador do jornal Le Figaro, teve a ideia de criar ali a Villa Soleil, um retiro onde escritores e artistas pudessem trabalhar com privacidade, Paul e seu cunhado resolveram investir no projeto, rebatizado de Grand H&ocirc;tel du Cap &ndash; conclu&iacute;do em 1870 e inaugurado em uma festa para 100 pessoas. Com a morte de Villemessant, nove anos depois, o espa&ccedil;o foi deixado de lado at&eacute; a passagem do hoteleiro italiano Antoine Sella, cuja obstina&ccedil;&atilde;o em recuper&aacute;-lo p&ocirc;de ser vista pelos clientes que estiveram por l&aacute; em 1889, per&iacute;odo de sua reabertura.&nbsp;
Na virada da d&eacute;cada seguinte, um dos h&oacute;spedes mais ilustres foi o escritor George Bernard Shaw, imediatamente escolhido como assunto das conversas que aconteciam em toda a Riviera. Ao lado dele marcaram presen&ccedil;a no Grand H&ocirc;tel du Cap os autores Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald &eacute; parte da nobreza brit&acirc;nica. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) subverteu novamente a realidade para algo sombrio, e o lugar voltou a ser um ref&uacute;gio e um hospital militar por tr&ecirc;s anos, chegando a ter o seu Eden-Roc bombardeado por engano pela marinha americana e sendo reconstru&iacute;do por ela.

Mesmo com a economia em ru&iacute;nas, em 1946 o Festival de Cinema de Cannes teve a primeira edi&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a guerra, com direito a festa oferecida no hotel pelo conde e pela condessa d&rsquo;Herbemont. Vida adiante, e Andr&eacute;, filho de Antoine Sella, assumiu a dire&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o at&eacute; 1969, ano em que decidiu vend&ecirc;-lo. Ao serem informados da not&iacute;cia por um amigo em comum, os Oetker reservaram uma su&iacute;te e partiram para l&aacute;. Contato iniciado, a parceria entre eles foi natural, pois havia o entendimento comum de que o esp&iacute;rito familiar e as melhores qualidades do complexo, da excel&ecirc;ncia do servi&ccedil;o ao conforto das acomoda&ccedil;&otilde;es, seriam preservados.

Uma verdadeira lenda da Riviera Francesa
Sofisticado, excepcional, onde a ess&ecirc;ncia da vida &eacute; aprimorada com perfei&ccedil;&atilde;o, o H&ocirc;tel du Cap-Eden-Roc (chamado dessa maneira desde 1987) manteve-se como palco escolhido por eventos importantes da pol&iacute;tica, a exemplo da c&uacute;pula franco-africana, ciceroneada pelo presidente franc&ecirc;s Fran&ccedil;ois Mitterrand no fim da d&eacute;cada de 1980, e da moda, considerando os bailes organizados pela Amfar (The Foundation for Aids Research), em que pr&iacute;ncipes e atrizes se cruzam, e aconteceram desfiles de alta-costura e at&eacute; uma grava&ccedil;&atilde;o de campanhas para a Dior. Durante minha estada naquele hotel de mais de 150 anos, constru&iacute;do em um dos pontos mais sedutores da Riviera, ep&iacute;tome de eleg&acirc;ncia atemporal, pude entender a prefer&ecirc;ncia dessas marcas pelo palacete repleto de hist&oacute;rias e de belezas escondidas aqui e estampadas ali, em cada um dos 111 quartos e su&iacute;tes, nas cinco villas, distribu&iacute;dos em tr&ecirc;s edif&iacute;cios, nos restaurantes Eden-Roc e Louroc e nos bares Juice &amp; Ice Cream, The Grill, Bellini (para mim um dos espa&ccedil;os mais elegantes, decorado no estilo dos anos 1920), Pool e La Rotonde. Importante mencionar que em 2020 o escrit&oacute;rio da arquiteta brasileira Patr&iacute;cia Anastassiadis foi respons&aacute;vel pelo projeto de interiores de tr&ecirc;s desses ambientes. No avan&ccedil;ar dos dias, entre refei&ccedil;&otilde;es regadas &agrave; pasta com lagostim, costeletas de cordeiro, atum vermelho grelhado, bacalhau com a&iuml;oli e risoto de ervilhas, cogumelos chanterelles e parmes&atilde;o, ao lado de in&uacute;meras receitas criadas pelos chefs Arnaud P&ouml;ette e S&eacute;bastien Broda, de linhas mediterr&acirc;neas e proven&ccedil;ais, foi uma del&iacute;cia experimentar bolos, chocolates artesanais, sorvetes, frutas regionais e doces cl&aacute;ssicos franceses.

SOFISTICADO, excepcional, ONDE A ess&ecirc;ncia DA VIDA &Eacute; APRIMORADA COM PERFEI&Ccedil;&Atilde;O, O H&ocirc;tel du Cap-Eden-Roc (CHAMADO DESSA MANEIRA DESDE 1987) MANTEVE-SE COMO palco ESCOLHIDO POR eventos importantes DA POL&Iacute;TICA (...) E DA moda.

Com o Mediterr&acirc;neo como vizinho, em um para&iacute;so em que o tempo se movimenta de formas distintas, o passo seguinte estava nas terapias do Dior SPA Eden-Roc, cujas su&iacute;tes de tratamento e o espa&ccedil;o de terapias hol&iacute;sticas tiveram a decora&ccedil;&atilde;o inspirada na natureza do entorno. Por meio dos quatro elementos vistos ali em exuber&acirc;ncia &ndash; os jardins, o mar, as rochas e o sol &ndash;, os ambientes foram idealizados para realinhar a energia e as linhas sensoriais em experi&ecirc;ncias personalizadas. O h&oacute;spede pode acomodar-se, por exemplo, em uma das camas aquecidas do Gazebo e descansar o corpo nos len&ccedil;&oacute;is macios, tendo a sensa&ccedil;&atilde;o de estar deitado em uma nuvem. J&aacute; para quem precisa cuidar do corpo e do rosto, sugerem-se os m&eacute;todos de relaxamento da Cabana, aninhada entre pinheiros-mansos e jardins de rosas, onde as pessoas literalmente se desligam da rotina. O centro de bem-estar tamb&eacute;m conta com um hammam, sauna e uma superequipada sala de fitness. Para os mais animados, cinco quadras de t&ecirc;nis e jogo de bocha est&atilde;o &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o, assim como diversos esportes aqu&aacute;ticos, como caiaque ou windsurfe. Como n&atilde;o h&aacute; acesso &agrave; praia, um trap&eacute;zio sobre as &aacute;guas e alguns trampolins est&atilde;o dispostos em posi&ccedil;&otilde;es privilegiadas.

O que o torna t&atilde;o especial
O edif&iacute;cio principal, uma constru&ccedil;&atilde;o deslumbrante do s&eacute;culo 19, encontra-se abra&ccedil;ado por um parque de pinheiros gigantes e um jardim de rosas em frente ao Mediterr&acirc;neo. A glamourosa La Grande All&eacute;, a bel&iacute;ssima avenida de 179 metros que une o sagu&atilde;o do edif&iacute;cio principal at&eacute; o mar, &eacute; uma grande vedete, em que atores e atrizes famosos como Brad Pitt e Angelina Jolie, Alain Delon, Catherine Deneuve, Nicole Kidman j&aacute; desfilaram. Sua lend&aacute;ria e ic&ocirc;nica piscina de &aacute;gua salgada e borda infinita, incrustada entre maci&ccedil;os de basalto e de pinheiros de Aleppoe, eternizada pelo fot&oacute;grafo Slim Aarons, que na d&eacute;cada de 1970 encontrou e capturou com suas lentes todos os elementos necess&aacute;rios para suas ic&ocirc;nicas fotos: h&oacute;spedes com seus corpos esculturais descansando ao sol ou mergulhando no Mediterr&acirc;neo, sofistica&ccedil;&atilde;o e muito champanhe, uma verdadeira obra-prima. Suas 33 cabanas brancas aninhadas nos penhascos, para momentos de absoluta paz de esp&iacute;rito, garantem total privacidade &agrave; beira-mar.

Pelo entorno
Feito dos elementos que as pessoas amam, o H&ocirc;tel du CapEden-Roc recebeu em dias ensolarados e noites badaladas in&uacute;meros visitantes que ajudaram a escrever essa hist&oacute;ria, caso dos pintores Marc Chagall e Pablo Picasso. O espanhol, por sinal, passava tanto tempo em Cap d&rsquo;Antibes que, em 1946, Romuald Dor de la Souch&egrave;re, curador do Castelo Grimaldi, o convidou para utilizar parte da mans&atilde;o como est&uacute;dio. Abrigo de bispos durante a Idade M&eacute;dia e, mais tarde, de uma fam&iacute;lia de M&ocirc;naco que deu nome ao castelo, a resid&ecirc;ncia foi comprada pela cidade de Antibes duas d&eacute;cadas antes de Picasso levar suas telas e seus pinc&eacute;is para l&aacute;. Por dois meses, ele trabalhou de forma incans&aacute;vel e, quando partiu, deixou para o munic&iacute;pio 23 pinturas e 44 desenhos, entre os quais La Joie de Vivre, Satyre, Le Gobeur d&rsquo;Oursins e La Femme aux Oursins. Dois anos mais tarde, o artista doou 78 cer&acirc;micas produzidas por ele na oficina de Madoura, na comuna francesa de Vallauris. Atualmente, o acervo do Museu Picasso (constru&iacute;do sobre as funda&ccedil;&otilde;es da antiga cidade grega Ant&iacute;polis) &ndash; rebatizado assim para homenagear seu visitante ilustre &ndash; re&uacute;ne ainda pe&ccedil;as de Nicolas de Sta&euml;l, Hans Hartung, Anna-Eva Bergman, Amedeo Modigliani, Balthus e Joan Mir&oacute;, entre outros. Aberto de ter&ccedil;a a domingo, o ponto &eacute; um dos retratos mais intrigantes de uma regi&atilde;o acostumada a viver a criatividade na pot&ecirc;ncia m&aacute;xima, um programa imperd&iacute;vel.

Naturalmente pulsante, onde o mar encontra as montanhas
A aquisi&ccedil;&atilde;o do conjunto em Cap d&rsquo;Antibes fez surgir em Rudolf e na esposa, Maja, a vontade de ampliar o portf&oacute;lio. Nos anos 1990, o casal voltou para a Riviera, dessa vez para comprar o Ch&acirc;teau Saint-Martin &amp; SPA, constru&iacute;do ao lado das ru&iacute;nas de uma fortaleza com vista para a comuna de Vence, que fica entre Nice e Antibes, a 7 quil&ocirc;metros do Mar Mediterr&acirc;neo e apenas 15 minutos do aeroporto de Nice. Em minha estada nesse ref&uacute;gio buc&oacute;lico de beleza selvagem, de onde se pode ir com tranquilidade para as praias &ndash; e aos restaurantes e &agrave;s butiques &ndash; de Cannes e de Cap Ferrat ou de onde a vista elevada para C&ocirc;te d&rsquo;Azur &eacute; puro romance, me deixei levar pelos aromas das lavandas, das rosas e das mimosas que contornam as &aacute;reas comuns, combinando divinamente a alma da Provence com o badalado esp&iacute;rito da Riviera.

A AQUISI&Ccedil;&Atilde;O DO CONJUNTO EM Cap d&rsquo;Antibes FEZ SURGIR EM RUDOLF E NA ESPOSA, MAJA, A VONTADE DE AMPLIAR O portf&oacute;lio. NOS ANOS 1990, O CASAL VOLTOU PARA A Riviera, DESSA VEZ PARA COMPRAR O Ch&acirc;teau Saint-Martin &amp; SPA, CONSTRU&Iacute;DO AO LADO DAS ru&iacute;nas de uma fortaleza COM VISTA PARA A COMUNA DE Vence.

Em suas origens, o castelo foi uma fortaleza romana e ent&atilde;o, nos idos de 350, serviu de lar para Saint Martin, bispo de Tours. Cerca de oito s&eacute;culos adiante, os cavaleiros da Ordem Templ&aacute;ria ocuparam o edif&iacute;cio. Em 1900, em ru&iacute;nas, o im&oacute;vel foi comprado e reconstru&iacute;do por um conde polon&ecirc;s, na mesma &eacute;poca em que a lenda envolvendo um suposto tesouro deixado pelos militares come&ccedil;ou a ganhar corpo. Dizia-se que havia um ba&uacute; enterrado sob as funda&ccedil;&otilde;es contendo ouro, diamantes e pedras preciosas, mas ningu&eacute;m nunca o encontrou. Os escombros do espa&ccedil;o que puderam ser preservados e identificados transformaram-se em s&iacute;tio arqueol&oacute;gico, com seus fragmentos de portas e de paredes sempre fotografados pelos turistas. No alvorecer de 1954, o industrial parisiense Fernand Genev&egrave; abriu as portas do local para o turismo de alto luxo, com 40 su&iacute;tes espa&ccedil;osas e quartos iluminados onde das janelas ou varandas vistas espetaculares das montanhas e do mar e seis vilas no topo de uma colina envolvem voc&ecirc; completamente. Quando a fam&iacute;lia Oetker trouxe o ch&acirc;teau para a sua prestigiada rede, em 1994, as expectativas do que viria animaram a vizinhan&ccedil;a.

A partir de 2008, o portf&oacute;lio dos Oetker ganhou o nome de Oetker Collection, criado para operar os hot&eacute;is e para codificar a abordagem lend&aacute;ria da marca ligada &agrave; hospitalidade. Em se tratando de Saint-Martin, deve-se levar em conta a renova&ccedil;&atilde;o feita em larga escala que transformou o layout, as acomoda&ccedil;&otilde;es decoradas com tecidos sofisticados, o piso de madeira natural, as cores contempor&acirc;neas e as bel&iacute;ssimas tape&ccedil;arias de mais de 200 anos. Excel&ecirc;ncia &eacute; a palavra-chave para os dois restaurantes, com o menu criativo e fino desenvolvido pelo renomado chef Jean Luc Lefran&ccedil;ois. Destaca-se o restaurante gourmet estrelado Le Saint-Martin. J&aacute; no L&rsquo;Oliveraie s&atilde;o apresentados os sabores ensolarados do Mediterr&acirc;neo sob oliveiras.
Em seu exterior, jardins pontilhados de oliveiras centen&aacute;rias, em um parque de 14 hectares, abra&ccedil;am uma piscina de borda infinita, perfeita para tomar um drinque em seu bar no fim da tarde, se jogar depois de uma sess&atilde;o no SPA Saint-Martin ou ap&oacute;s uma partida de t&ecirc;nis em uma de suas quadras. E para arrematar o cen&aacute;rio, no jardim, lind&iacute;ssimas rosas de Vence colorem e perfumam o ambiente, simplesmente de tirar o f&ocirc;lego, um verdadeiro ref&uacute;gio rom&acirc;ntico, charmoso e discreto.

Os pintores Pablo Picasso, Henri Matisse e Marc Chagall, o romancista James Baldwin e o fil&oacute;sofo Jean-Paul Sartre engrossam a lista de visitantes que sempre se emocionaram com as paisagens locais. Assim como o H&ocirc;tel du Cap-EdenRoc, o Ch&acirc;teau Saint-Martin &amp; SPA tamb&eacute;m &eacute; reconhecido pela conex&atilde;o com a cultura produzida nos arredores. Da sede e dos hortos se v&ecirc; a cidade de Vence, onde h&aacute; a Chapelle du Rosaire ou Capela Matisse, com suas telhas brancas e azuis, projetada e decorada pelo artista para as irm&atilde;s dominicanas em 1951. Entre as ruas estreitas que cortam a arquitetura medieval do centro desse distrito franc&ecirc;s &eacute; divertido empunhar a m&aacute;quina fotogr&aacute;fica e registrar o circuito das galerias, de olho nas pe&ccedil;as de ceramistas e de escultores, ou a trilha dos pintores, em um tour que convida o pedestre a perceber a comuna pela perspectiva daqueles que a eternizaram.

Pensada para ser um endere&ccedil;o em que as pinturas e as esculturas teriam o espa&ccedil;o, a ilumina&ccedil;&atilde;o e a curadoria com as melhores condi&ccedil;&otilde;es poss&iacute;veis, que valorizassem a forma, a textura, a cor e as sombras, a Fondation Marguerite et Aim&eacute; Maeght, primeira funda&ccedil;&atilde;o de arte independente na Fran&ccedil;a, se mostrou o destino ideal para fechar essa trip. Somando os esfor&ccedil;os do cubista Georges Braque, do surrealista Joan Mir&oacute;, do m&uacute;ltiplo Alberto Giacometti e de in&uacute;meros representantes da escultura europeia do s&eacute;culo 20, o casal de marchands que d&aacute; nome &agrave; entidade, aberta em julho de 1964, desenvolveu um dos espa&ccedil;os expositivos mais relevantes do pa&iacute;s. Um edif&iacute;cio moderno entre a paisagem arborizada da regi&atilde;o onde as obras se equilibram delicadamente com a serenidade do entorno entre telhados brancos de curvas ascendentes. Nessa terra de luz e cor, marcada pela beleza das florestas, do mar, mercados e villas medievais repletas de hist&oacute;ria e muita arte, me joguei por v&aacute;rios dias, um convite &agrave; calma e &agrave; serenidade que se fundiam com as caracter&iacute;sticas das propriedades em que fiquei hospedada, onde cada um desses complexos mant&eacute;m as qualidades que s&atilde;o comuns &agrave;s unidades da grife &ndash; o luxo de hoje &eacute;, al&eacute;m da eleg&acirc;ncia, hospitalidade da boa gastronomia, sobre experi&ecirc;ncias, viv&ecirc;ncias e emo&ccedil;&otilde;es. Quem resiste?

Riviera Francesa: 2 hotéis da Oetker Collection com conceito de luxo

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