Com figurino em homenagem ao Brasil, piano &agrave; beira-mar e carta emocionante, Lady Gaga fez hist&oacute;ria em Copacabana diante de 2,1 milh&otilde;es de f&atilde;s

2,1 milh&otilde;es de pessoas e j&aacute; se fala em muito mais. Esse foi o n&uacute;mero que parou <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/lady-gaga-em-copacabana-onde-assistir-horario-setlist-e-mais">Copacabana</a> na noite de s&aacute;bado (3) para ver Lady Gaga fazer o maior show pop da hist&oacute;ria do Brasil. Superando at&eacute; mesmo Madonna, que no ano passado reuniu 1,6 milh&atilde;o de f&atilde;s no mesmo palco &agrave; beira-mar, Gaga fez mais do que um <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/lady-gaga-em-copacabana-os-10-looks-que-queremos-ver-no-show">show</a>: ela entregou um acontecimento.

Depois de um ensaio surpresa na sexta e um figurino feito especialmente com as cores do Brasil, a Mother Monster come&ccedil;ou o espet&aacute;culo com o hino sombrio &ldquo;Bloody Mary&rdquo; e a in&eacute;dita &ldquo;Abracadabra&rdquo; &mdash; e dali em diante, n&atilde;o teve respiro. O p&uacute;blico vibrou em &ldquo;Judas&rdquo;, explodiu em &ldquo;Poker Face&rdquo;, e enlouqueceu quando ela apareceu com uma guitarra nas m&atilde;os em &ldquo;Garden of Eden&rdquo;.

Mas a noite ganhou outro n&iacute;vel quando Gaga chamou um f&atilde; ao palco para hastear a bandeira do Brasil e ler uma carta que ela escreveu especialmente para o pa&iacute;s. A praia silenciou. As palavras ecoaram em ondas:

<blockquote>
&Eacute; uma honra imensa estar aqui com voc&ecirc;s esta noite. Meu cora&ccedil;&atilde;o est&aacute; transbordando. Me sinto sortuda, orgulhosa e profundamente grata. Esta noite estamos fazendo hist&oacute;ria, mas ningu&eacute;m faz hist&oacute;ria sozinha. Sem todos voc&ecirc;s. O povo incr&iacute;vel do Brasil, eu n&atilde;o teria este momento. Obrigada por fazerem a hist&oacute;ria comigo. O povo do Brasil &eacute; a raz&atilde;o pela qual eu posso brilhar. Hoje voc&ecirc;s est&atilde;o vibrantes e lindos quanto o Sol e a Lua surgindo sobre os oceanos, bem aqui na Praia de Copacabana. Mas de todas as coisas pelas quais eu poderia agradecer, a que mais me toca &eacute; esta, voc&ecirc;s esperaram por mim, voc&ecirc;s esperaram por mais de 10 anos. Talvez voc&ecirc;s estejam se perguntando porque demorei tanto para voltar. A verdade &eacute; que eu estava me curando, estava me fortalecendo. Mas enquanto eu me curava, algo poderoso acontecia. Voc&ecirc;s continuavam l&aacute;, continuavam torcendo por mim, continuavam pedindo para eu voltar quando eu estivesse pronta. Brasil, eu estou pronta. Eu amo voc&ecirc;s. Obrigada por esperarem. Obrigado por me receberem de volta com tanta gentileza e de bra&ccedil;os abertos esta noite. Eu quero ajudar voc&ecirc;s a brilharem junto comigo. Quero que o mundo veja o tamanho do cora&ccedil;&atilde;o de voc&ecirc;s e se inspire com o seu esp&iacute;rito. Hoje eu vou dar tudo de mim. Vamos fazer deste o maior show que j&aacute; vivemos juntos. Vamos fazer com que cada segundo de espera tenha valido a pena. Eu amei voc&ecirc;s h&aacute; 10 anos e eu amo voc&ecirc;s esta noite. Obrigada Brasil, eu amo voc&ecirc;s para sempre.
</blockquote>

O show seguiu como um filme dirigido por ela mesma &mdash; g&oacute;tico, teatral, rom&acirc;ntico, sexy, pol&iacute;tico, pop. &ldquo;Perfect Celebrity&rdquo; trouxe esqueletos e drama, &ldquo;Disease&rdquo; foi toda performada numa caixa de areia, e &ldquo;Paparazzi&rdquo; virou uma &oacute;pera distorcida sobre fama e solid&atilde;o. Em &ldquo;Alejandro&rdquo;, Gaga chorou. A multid&atilde;o chorou junto. Mas bastou &ldquo;The Beast&rdquo; come&ccedil;ar que todo mundo voltou a dan&ccedil;ar.

No ato seguinte, ela apareceu ao lado de Gesaffelstein em &ldquo;Killah&rdquo; e depois comandou uma sequ&ecirc;ncia de faixas pesadas e emocionais: &ldquo;Zombieboy&rdquo;, &ldquo;Die With a Smile&rdquo;, &ldquo;How Bad Do U Want Me&rdquo; e &ldquo;Shadow of a Man&rdquo;, essa &uacute;ltima numa refer&ecirc;ncia expl&iacute;cita a Michael Jackson. Mas foi em &ldquo;Born This Way&rdquo; que o ch&atilde;o tremeu. Literalmente.

&ldquo;Blade of Grass&rdquo; veio como um respiro de amor &mdash; dedicada ao namorado, Michael Polansky &mdash; e abriu espa&ccedil;o para o momento mais simb&oacute;lico da noite: &ldquo;Shallow&rdquo;, com a praia inteira iluminada por celulares. Gaga ajoelhou. A multid&atilde;o gritou. E &ldquo;Vanish Into You&rdquo; selou o fim da era Mayhem com emo&ccedil;&atilde;o crua.

No gran finale, &ldquo;Bad Romance&rdquo; chegou como um cometa. Fogos, gritos, l&aacute;grimas, aplausos. E um coro que n&atilde;o parava: &ldquo;Gaga, eu te amo&rdquo;.

O show acabou. Mas a sensa&ccedil;&atilde;o de que a gente viveu um marco cultural do nosso tempo ainda vai demorar pra sair do corpo. Foi hist&oacute;rico. Foi cat&aacute;rtico. Foi Brasil com Gaga. E foi pra sempre.

Lady Gaga leva 2,1 mi e transforma Copacabana em Gagacabana

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