A atriz Julia Konrad fala com exclusividade para a L'Officiel Brasil

Natural de Recife no Pernambuco, a atriz <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/moda-pra-mim-e-expressao-diz-julia-konrad-em-entrevista-exclusiva-para-a-l-officiel">Julia Konrad</a> mudou-se com a fam&iacute;lia ainda pequena para Buenos Aires, Argentina, e l&aacute; viveram por dez anos. Depois, j&aacute; um pouco mais velha, resolveu se mudar para Nova York e estudar teatro na The American Musical and Dramatic Academy (AMDA). Pronto, isso foi o suficiente para gerar um interesse no meio art&iacute;stico.&nbsp;
No final de 2013, Julia faz sua estreia na televis&atilde;o brasileira como a cantora Jana&iacute;na, de Gera&ccedil;&atilde;o Brasil, da Globo. De l&aacute; pra c&aacute;, participou de novelas, filmes e n&atilde;o parou mais. Julia tem uma grande ambi&ccedil;&atilde;o em decolar agora na carreira internacional, e pelo o que j&aacute; vimos por a&iacute;, o sucesso &eacute; garantido.
Conversamos com exclusividade com a Julia, que conta um pouquinho da carreira, do futuro e do momento d&iacute;ficil que passou na vida, quando&nbsp;sofreu um <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/xuxa-relembra-abuso-na-infancia-e-desabafa-em-documentario">abuso</a> sexual em um antigo relacionamento.

1-) Voc&ecirc; morou e estudou muitos anos fora do Brasil. Como foi sua experi&ecirc;ncia l&aacute; fora e quais foram suas expectativas na volta de fincar os p&eacute;s por aqui?
&nbsp;Me mudei com a minha fam&iacute;lia para Buenos Aires, na Argentina quando tinha 10 anos. Eu realmente acredito que foi uma das melhores escolhas dos meus pais na &eacute;poca, sempre tive uma veia art&iacute;stica muito forte, mas foi l&aacute; na Argentina que eu realmente comecei a explorar isso. Arte, cultura, teatro, tudo isso &eacute; muito valorizado l&aacute;. Tinha programas de teatro e m&uacute;sica no col&eacute;gio, depois iniciei cursos por fora, e aos 20 anos ganhei uma bolsa para estudar teatro em Nova Iorque. Rodei meu primeiro longa l&aacute;, Allure, do diretor s&eacute;rvio Vladan Nikolic, e quando meu visto terminou, voltei para o Brasil, aos 23 anos. Tamb&eacute;m acho que o timing dessa volta foi realmente divino, porque voltei para Recife, onde nasci, e bem nessa &eacute;poca a Globo estava fazendo pesquisa de elenco para a novela Gera&ccedil;&atilde;o Brasil, que foi meu primeiro trabalho aqui. Depois disso, engatei v&aacute;rios projetos e fui ficando, mas o sonho e a ambi&ccedil;&atilde;o de ter uma carreira internacional, transitando entre pa&iacute;ses, ele sempre existiu.
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2-) Voc&ecirc; retomou ao streaming na segunda temporada de Cidade Invis&iacute;vel, da Netflix, interpretando Gabriela, uma ativista ambiental. Como &eacute; a sua conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre o meio ambiente para o dia a dia? Quais pr&aacute;ticas voc&ecirc; costuma fazer?
Em casa, al&eacute;m de separar lixo, reciclar, presto muita aten&ccedil;&atilde;o no que consumo, para gerar a menor quantidade de lixo poss&iacute;vel, e sempre tento dar prefer&ecirc;ncia a marcas e empresas que gerem menos impacto, principalmente na pegada de carbono.

3-) Voc&ecirc; est&aacute; em 3 projetos e com idiomas diferentes (portugu&ecirc;s, ingl&ecirc;s e o espanhol). Consegue conciliar tudo ou j&aacute; trocou sem querer em alguma cena?
Como essas 3 l&iacute;nguas foram aprendidas na inf&acirc;ncia (fui alfabetizada simultaneamente em ingl&ecirc;s e portugu&ecirc;s, e o espanhol veio logo depois), elas s&atilde;o nativas mesmo. &Eacute; virar uma chavinha. Nunca troquei em cena, porque o texto sempre &eacute; bem preparado, estudado. Mas na vida, por exemplo, sempre que passo um tempinho em Buenos Aires, na volta acaba escapando uma que outra palavra em espanhol. Meus amigos brincam que eu tenho um idioma pr&oacute;prio &agrave;s vezes, nem l&aacute; nem c&aacute;, risos.
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4-)&nbsp; Voc&ecirc; est&aacute; com planos de carreira internacional. Pode dar uns spoilers?
Esse plano sempre existiu, sempre foi um objetivo muito claro na carreira. Passei os &uacute;ltimos 10 anos construindo daqui do Brasil, e planejando. Agora me vejo num momento um pouco mais ativo nesse sentido, com o streaming potencializando esse alcance, e me vendo mais livre para estar transitando mais entre pa&iacute;ses. J&aacute; moro numa esp&eacute;cie de ponte a&eacute;rea SP x BsAs, e tenho ido &agrave; Espanha tamb&eacute;m. Estou muito animada com os pr&oacute;ximos cap&iacute;tulos.&nbsp;

5-)&nbsp; Qual &eacute; a primeira palavra que vem &agrave; sua mente quando dizemos &ldquo;amor"?
Pr&oacute;prio.
6-) Voc&ecirc; j&aacute; contou que sofreu um abuso sexual em um antigo relacionamento. Como buscou ajuda para superar o trauma? Ainda hoje isso te afeta de alguma forma?
Todo trauma precisa de tempo para ser elaborado. Comigo n&atilde;o foi diferente, e ainda se tratando de um tipo de viol&ecirc;ncia que acho que ainda n&atilde;o &eacute; muito bem entendida nem falada, como a viola&ccedil;&atilde;o conjugal, ou estupro marital. O processo de realizar as viol&ecirc;ncias sofridas, e elabor&aacute;-las, foi e tem sido acompanhado com terapia e uma rede de apoio de mulheres incr&iacute;veis. Foi importante ter abordado o tema, ter dividido o que me aconteceu, e ter aberto esse di&aacute;logo. Recebi muitas mensagens de mulheres que se identificaram no meu relato e atrav&eacute;s disso conseguiram procurar ajuda e conten&ccedil;&atilde;o. Isso, pra mim, &eacute; o mais importante. Hoje, eu direciono toda essa experi&ecirc;ncia a parcerias com projetos sociais focados em mulheres, como algumas a&ccedil;&otilde;es que busco participar na Associa&ccedil;&atilde;o Mulheres de Parais&oacute;polis.&nbsp;

7-) Como gosta de passar seu tempo livre?
Tempo livre pra mim &eacute; sobre &oacute;cio criativo, acho t&atilde;o importante como artista ter esse tempo para criar. Toco algum instrumento, cozinho, desenho, fotografo&hellip; ou simplesmente escuto m&uacute;sica, de prefer&ecirc;ncia deitada no ch&atilde;o. Risos. N&atilde;o fazer absolutamente nada &eacute; libertador.
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8-) Faz alguma atividade f&iacute;sica quando pode? Qual?
Sou muito ansiosa e inquieta, e confesso que perco interesse r&aacute;pido em uma mesma atividade, mas se mexer &eacute; muito importante pra sa&uacute;de. Dou uma burlada no corpo mudando sempre o est&iacute;mulo. Hoje em dia, fa&ccedil;o funcional em casa 2x na semana, e agora descobri o hot yoga. &Eacute; viciante!
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9-)&nbsp; Qual o seu look b&aacute;sico para o dia e para a noite?
Cal&ccedil;a de alfaiataria e uma regata branca b&aacute;sica. T&ecirc;nis pro dia, uma botinha com salto pra noite. E v&aacute;rios acess&oacute;rios. Gosto de looks mais descomplicados

10-)&nbsp; Como &eacute; a sua rotina de skincare e o que faz para cuidar das madeixas?
Tenho uma rotina de skin cycling receitada pelo meu dermatologista, o Dr. Thiago Cunha. Basicamente, fazemos uma rota&ccedil;&atilde;o de ativos durante a semana: um dia &aacute;cido, outro retinol, outro hidrata&ccedil;&atilde;o e por a&iacute; vai. Pro cabelo, corto de 3 em 3 meses com o Daniel Lacerda, do sal&atilde;o CAB aqui em S&atilde;o Paulo, e passo um shampoo antirres&iacute;duos, seguido de m&aacute;scara de hidrata&ccedil;&atilde;o em casa uma vez a cada 10 dias.
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11-) Onde voc&ecirc; se v&ecirc; nos pr&oacute;ximos 20 anos?
N&atilde;o sei dizer, e acho isso maravilhoso.
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12-) Tem alguma mania que ningu&eacute;m saiba?
Sou meio M&ocirc;nica, do seriado FRIENDS, sabe? Amo uma faxina, risos. Adoro uma pia cheia de lou&ccedil;a, um aspirador de p&oacute;, uma roupa pra passar. Acho &oacute;timo pra acalmar e colocar as ideias no lugar, nossa, d&aacute; uma paz!
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13-) E para finalizar, uma qualidade e um defeito seu?
Sou muito exigente comigo mesma. Acho que acaba valendo pelos dois, risos.

Cr&eacute;ditos:&nbsp;
Foto: Tauana Sofia
Styling: Kaka&nbsp;Lobo
Make: Betinho Rodrigues

Julia Konrad fala do sucesso no streaming e carreira internacional

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