D&eacute;bora Falabella revelou que, antes de brilhar nos palcos, era extremamente t&iacute;mida e quase n&atilde;o falava. No teatro, encontrou sua voz e um ref&uacute;gio para se expressar

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/debora-falabella-perde-o-caso-contra-stalker-que-a-perseguia">D&eacute;bora Falabella</a> pode at&eacute; brilhar nos palcos e nas <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/giovanna-lancellotti-volta-as-telas-com-papel-intenso-apos-7-anos">telas</a>, mas, fora deles, a hist&oacute;ria &eacute; bem diferente. A atriz, conhecida por sua intensidade em cena, revelou que sua jornada art&iacute;stica come&ccedil;ou como um verdadeiro exerc&iacute;cio de supera&ccedil;&atilde;o. Antes de dar vida a personagens marcantes, D&eacute;bora enfrentava um obst&aacute;culo invis&iacute;vel: a timidez. E foi justamente no teatro que encontrou um ref&uacute;gio para transformar sil&ecirc;ncio em express&atilde;o.

Quando crian&ccedil;a, D&eacute;bora era quase uma sombra discreta, calada, distante das intera&ccedil;&otilde;es sociais. &ldquo;Eu era muda&rdquo;, relembra, sem exageros. Enquanto muitos artistas descobrem cedo o desejo de estar sob os holofotes, ela se refugiava no oposto: o anonimato. Mas a arte, como tantas vezes acontece, ofereceu um caminho inesperado. No teatro, ela encontrou n&atilde;o apenas um espa&ccedil;o para se esconder, mas, paradoxalmente, um meio para se revelar.

Vestindo diferentes personagens, a atriz percebeu que conseguia dizer o que, sendo apenas D&eacute;bora, parecia imposs&iacute;vel. &ldquo;Comecei a descobrir atrav&eacute;s da arte uma maneira de falar, de conseguir ser ouvida&rdquo;, contou. Cada papel se tornou uma esp&eacute;cie de tradu&ccedil;&atilde;o para o que sentia, um canal que a conectava ao mundo sem que precisasse se expor diretamente. A ironia? No palco, ela se sentia livre. Fora dele, ser ela mesma continuava um desafio.

E esse dilema n&atilde;o ficou no passado. Mesmo hoje, com uma carreira consolidada, D&eacute;bora admite que se posicionar publicamente n&atilde;o &eacute; algo natural para ela. &ldquo;A gente tem que dar nossas opini&otilde;es&hellip; Para mim &eacute; muito dif&iacute;cil&rdquo;, confessou. Mas, em vez de evitar o embate, ela encontrou uma solu&ccedil;&atilde;o engenhosa: usa seus personagens para dizer o que, talvez, D&eacute;bora jamais diria em seu pr&oacute;prio nome.

O mais recente desses personagens foi Irene, na s&eacute;rie Fim, do Globoplay, inspirada no livro de Fernanda Torres. Um papel que a levou a explorar os temas do tempo e da finitude &ndash; assuntos profundos, intensos, perfeitos para quem aprendeu a se comunicar atrav&eacute;s da fic&ccedil;&atilde;o. Afinal, para D&eacute;bora Falabella, a arte sempre foi mais do que um of&iacute;cio: foi a voz que ela mesma demorou a encontrar.

Débora Falabella revela como o teatro a libertou da timidez

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