Mawada al-Adham tinha mais de 3 milh&otilde;es de seguidores no TikTok

A estrela de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/famosa-no-tiktok-essa-brasileira-choca-a-internet-como-nova-sosia-da-rihanna">TikTok</a>, Mawada al-Adham (que conquistou mais de 3 milh&otilde;es de seguidores no aplicativo, com mais 1,6 milh&atilde;o de f&atilde;s no Instagram) foi condenada a dois anos de pris&atilde;o por violar os "valores familiares" eg&iacute;pcios.
Seu conte&uacute;do, em compara&ccedil;&atilde;o com milh&otilde;es de outras nas redes sociais, n&atilde;o pareceria especialmente chocante para um espectador do Brasil - tudo o que ela fez foi&nbsp; dublar enquanto usa jeans skinny rasgados - mas no Egito, um promotor considerou isso "indecente". Ela tamb&eacute;m recebeu uma multa de quase R$ 100 mil.&nbsp;
De acordo com uma reportagem da BBC, a irm&atilde; de Mawada, Rahma, disse que ficaram em choque total, e que ela n&atilde;o fez nada de errado - sua irm&atilde; n&atilde;o &eacute; uma criminosa, ela s&oacute; queria ser famosa e popular. Mawada, como muitos influenciadores com um grande n&uacute;mero de seguidores, tamb&eacute;m estava trabalhando com marcas de moda conhecidas.

Segundo sua irm&atilde;, ela tinha ambi&ccedil;&otilde;es de um dia se tornar atriz. "Mawada era muito ambiciosa. Ela sonhava em ser atriz. Por que ela? Algumas atrizes se vestem de maneira muito expl&iacute;cita. Ningu&eacute;m toca nelas" diz ela.
&Eacute; relatado que as imagens usadas contra Mawada no tribunal surgiram depois que seu telefone foi roubado. A BBC relatou que ela desmaiou depois que o veredicto foi dado. "Ela est&aacute; totalmente arrasada, as acusa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o formuladas de maneira muito vaga", disse seu advogado, Ahmed Bahkiry. "A pris&atilde;o n&atilde;o pode ser uma solu&ccedil;&atilde;o, mesmo que alguns de seus v&iacute;deos v&atilde;o contra nossas normas e tradi&ccedil;&otilde;es sociais. As pris&otilde;es criam criminosos. As autoridades poderiam ter recorrido &agrave; reabilita&ccedil;&atilde;o em vez disso."&nbsp;
Outro elemento chocante neste caso &eacute; que Mawada n&atilde;o est&aacute; sozinao: outras quatro tamb&eacute;m foram condenadas &agrave; pris&atilde;o e multadas por demonstra&ccedil;&otilde;es semelhantes de "indec&ecirc;ncia".&nbsp; Agora, as organiza&ccedil;&otilde;es de direitos humanos est&atilde;o lutando para que todas as cinco mulheres sejam libertadas, junto &agrave; Comiss&atilde;o Eg&iacute;pcia de Direitos e Liberdades, dizendo que todos esses casos apresentam sinais flagrantes de discrimina&ccedil;&atilde;o de g&ecirc;nero.
"As mulheres s&oacute; podem se expressar nas redes sociais de acordo com os ditames do estado", disse o diretor executivo, Mohamed Lotfy. &ldquo;As meninas s&atilde;o acusadas de violar os valores da fam&iacute;lia eg&iacute;pcia, mas ningu&eacute;m jamais definiu esses valores. As autoridades deixaram claro: voc&ecirc; n&atilde;o &eacute; livre para dizer ou fazer o que quiser, mesmo que n&atilde;o esteja falando de pol&iacute;tica. Existem linhas que n&atilde;o devem ser cruzadas." O Egito tem uma lei em vigor que permite &agrave;s autoridades monitorar contas pessoais de m&iacute;dia social com mais de 5.000 seguidores.

Conheça a influencer que foi sentenciada a 2 anos de prisão por conta de seus vídeos

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