Varejo 5.0! Em 2022, o mercado de moda brasileiro movimentou 265,8 bilhões de reais, em um setor que emprega mais de 9 milhões de pessoas.

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O setor de varejo de moda no <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/setor-nautico-veja-as-novidades-2025-para-o-brasil">Brasil</a> é dinâmico e cresce continuamente sob a influência de vários fatores: <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/tendencias-de-moda-no-que-apostar-nas-proximas-temporadas">tendências</a> globais, comportamento do consumidor, aspectos econômicos e expansão em plataformas digitais. Ele detém um dos maiores mercados da América Latina, e o Brasil é o quinto país com maiores níveis de consumo em relação a roupas e calçados. Em 2022, o varejo brasileiro movimentou 265,8 bilhões de reais, com um volume de produção têxtil de 2,1 milhões de toneladas e 8,07 bilhões de peças produzidas, segundo pesquisas mais recentes da Consultoria Iemi (Inteligência de Mercado) e da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção).
Por empregar milhões de pessoas direta ou indiretamente, a indústria têxtil e de vestuário é de considerável importância &ndash; são 1,33 milhão de empregados diretos (Iemi/Abit 2023) e 8 milhões de indiretos, dos quais 60% são de mão de obra feminina. Além disso, o mercado brasileiro de varejo tende a ser altamente segmentado, com uma base de consumidores multigeracional, de renda variada e estilo de vida diversificado. Portanto, nesse segmento, há a existência de um amplo espectro de marcas, desde varejistas de fast fashion como Lojas Renner e C&amp;A até marcas de moda premium e de luxo.
De acordo com Renata Altenfelder, diretora de marketing do ecossistema das Lojas Renner &ndash; maior rede varejista do Brasil, com presença on-line e off-line bastante fortes &ndash;, o grande desafio é como transformar uma marca que já é líder. &ldquo;Como fazer esse acompanhamento. Como crescer ainda mais. O mundo vem mudando muito quando você fala de marketing. As coisas acontecem em uma velocidade... E quando você acha que vai para um lado, vai para outro. São novos entrantes no mercado. É um desafio para o setor e muito para a indústria brasileira.&rdquo;
O campo de confecção brasileiro é o segundo maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos. O Brasil também está entre os cinco maiores produtores e consumidores de denim do mundo e entre os quatro maiores produtores mundiais de malhas, segundo levantamento da Iemi/Abit.
Na Lojas Renner, primeiro cargo de varejo de sua carreira, Renata, que passou por Motorola e Unilever, diz que é uma dinâmica diferente da existente na indústria. &ldquo;Acho que esse é o teste, encontrar dentro do que eu tenho para entregar o que faz sentido para a empresa. E do que a Renner tem para me dar o que faz sentido para mim. Como posso entregar mais, como tiro o melhor das pessoas, no sentido de talento, mas também de realização pessoal&rdquo;, explica.
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À pergunta se as collabs são como um impulso para a moda varejista atualmente, Renata diz que sim. &ldquo;Eu acho que collab, seja com pessoas, seja com marcas, seja com outras categorias, é uma forma de você experimentar, porque uma marca tem uma personalidade. E você não vai querer, de maneira nenhuma, corromper essa personalidade da sua marca. Mas, em um mundo que hoje em dia é tão fluido, você, às vezes, quer experimentar ou o seu público quer dar uma provadinha em alguma outra coisa, e acho que a collab ajuda nesse caminho.&rdquo;
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Apesar de ser favorável às parcerias, ela não as classifica como o grande negócio da moda atual. &ldquo;Acho que sempre foi uma boa ferramenta. Mas falar que é o grande negócio da moda, não, a moda é um negócio em si. Tem algumas marcas nas quais talvez sim, tem outras marcas que, por diferentes razões, tenham outros impulsionadores. Eu não acho que é one size fits all (tamanho único). Acho que esse é o grande risco que a gente corre. Porque, quando você começa a falar, fazer qualquer coisa pelo fazer, pelo hype, aquilo ali de novo esvazia&rdquo;, ref lete.
Os consumidores brasileiros de moda apreciam muito a relação preço versus benefício. Isso invariavelmente influencia seu comportamento de compra, pois a maioria das pessoas busca descontos, promoções e valores competitivos. Players de fast fashion como Renner, C&amp;A e Riachuelo dominam esse cenário, mas há uma mudança evidente em direção ao desejo de produtos &ldquo;rápidos&rdquo;, que sejam mais duradouros e de melhor qualidade, mesmo com preços mais altos.
&ldquo;Eu vejo um movimento muito sério do setor em se modernizar, em olhar para a sustentabilidade. Quando você fala nas associações, no IDV [Instituto para Desenvolvimento do Varejo], na Abvtex [Associação Brasileira do Varejo Têxtil], vê o cuidado que as pessoas e as empresas produtoras têm. E as empresas varejistas estão colocando temas importantes na mesa para serem discutidos. Então, na minha opinião, a sustentabilidade na moda é um futuro bem promissor&rdquo;, diz.
Algumas das práticas éticas anunciadas por marcas são impacto mínimo no meio ambiente, uso de matérias-primas orgânicas, reciclagem e transparência em suas cadeias de produção. Os consumidores se tornaram mais conscientes das questões relativas ao meio ambiente e à sociedade; portanto, eles exigem transparência sobre as origens dos produtos, condições de trabalho e impacto ambiental. &ldquo;Para mim, sustentabilidade não é tendência. Eu acho que ela já vai virar, não mainstream, mas ela é algo que não vai passar. Ela é perene&rdquo;, finaliza.

Para renata altenfelder, diretora de marketing da renner, há um movimento importante do setor no caminho da modernização e sustentabilidade (Foto: Divulgação)

Varejo de moda no Brasil: Crescimento, desafios e sustentabilidade

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