Com brilhos aqui e ali e poucos dias para o Carnaval, Lore Improta leva o clima da folia para looks do seu dia a dia em editorial exclusivo

Apesar de nunca ter feito aula profissional de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/dancar-esta-em-alta-e-faz-bem-para-corpo-e-mente">dan&ccedil;a</a>, ainda na escola, quando morou no <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/meghan-markle-e-principe-harry-no-canada-melhores-momentos">Canad&aacute;</a>, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/lore-improta-compartilha-look-exclusivo-para-a-milao-fashion-week">Lore Improta</a> fez alguns meses de jazz e hip hop &ndash; porque contavam pontos no high school. &ldquo;N&atilde;o tenho a dan&ccedil;a como forma&ccedil;&atilde;o, mas acho que ela &eacute; meu maior talento. Dan&ccedil;ando, me sinto eu mesma, me sinto livre, sem julgamento. Sempre vi a dan&ccedil;a como uma forma de express&atilde;o, e hoje isso &eacute; parte da minha profiss&atilde;o e da minha carreira, que me trouxe muitas conquistas&rdquo;, conta ela. &ldquo;Acredito que tenho descoberto muitas outras aptid&otilde;es em mim, como empreender em diversos segmentos, como apresentar tamb&eacute;m. Eu quero usar os meus talentos para transitar na comunica&ccedil;&atilde;o, na moda e nas artes.&rdquo; Lore &eacute; formada em publicidade. Ainda estagi&aacute;ria, em uma ag&ecirc;ncia, descobriram que ela gostava de dan&ccedil;ar e a convidaram para fazer parte do grupo que estava iniciando o projeto Fit Dance. &ldquo;Fazia aquilo muito por hobby, decorava a coreografia e gravava. Esses v&iacute;deos come&ccedil;aram a viralizar de maneira absurda. Em seguida, minha m&atilde;e e um f&atilde; me inscreveram no concurso de bal&eacute; do Faust&atilde;o. Ganhei e passei a fazer parte do elenco.&rdquo; Foi o come&ccedil;o de uma longa carreira &ndash; hoje, Lore tamb&eacute;m &eacute; influenciadora e empres&aacute;ria.

L&rsquo;OFFICEL O Carnaval sempre fez parte dessa equa&ccedil;&atilde;o?&nbsp;
LORE IMPROTA Por viver em Salvador, sempre tive muita proximidade com o Carnaval de l&aacute;. Em 2018, fui convidada a desfilar na escola de samba Viradouro, no Rio de Janeiro, que &eacute; um Carnaval bem diferente. Mas foi amor &agrave; primeira vista. O Carnaval faz parte da cultura do nosso pa&iacute;s, &eacute; uma festa muito popular e diversa. Come&ccedil;o a minha prepara&ccedil;&atilde;o para o desfile da Sapuca&iacute; tr&ecirc;s meses antes. Mais em cima, intensifico meu ritmo de treinos e de ensaios, visito com mais frequ&ecirc;ncia o barrac&atilde;o para entender o enredo e a hist&oacute;ria que vai ser contada.&nbsp;
L&rsquo;O E o que conta mais no Carnaval carioca: samba no p&eacute;, estilo ou presen&ccedil;a de palco?&nbsp;
LI &Eacute; essencial equilibrar os tr&ecirc;s aspectos. O samba no p&eacute; &eacute; a base, pois &eacute; o que conecta a gente &agrave; tradi&ccedil;&atilde;o e &agrave; energia do desfile, sabe? Ele traz a t&eacute;cnica e a fluidez e faz com que a dan&ccedil;a seja vista com outro olhar. O estilo, por sua vez, reflete a minha personalidade traduzida no visual, nas roupas e na postura, trazendo originalidade e glamour ao desfile. J&aacute; a presen&ccedil;a de palco &eacute; essencial para envolver o p&uacute;blico, transmitindo emo&ccedil;&atilde;o e confian&ccedil;a e criando uma conex&atilde;o que vai al&eacute;m da dan&ccedil;a.

L&rsquo;O Como voc&ecirc; se consolidou uma refer&ecirc;ncia do mundo carnavalesco?&nbsp;
LI O Carnaval &eacute; uma paix&atilde;o que envolve emo&ccedil;&otilde;es, cultura, hist&oacute;ria &ndash; e muito trabalho. Al&eacute;m de dan&ccedil;ar, eu me dedico a entender a fundo as tradi&ccedil;&otilde;es, o enredo da minha escola de samba, a hist&oacute;ria e a import&acirc;ncia de representar a agremia&ccedil;&atilde;o com muito respeito e dedica&ccedil;&atilde;o. Tento tamb&eacute;m trazer visibilidade ao Carnaval de uma forma mais ampla, usando as redes sociais para mostrar a beleza, a energia e a magia desse universo. Acho que minha consolida&ccedil;&atilde;o como refer&ecirc;ncia acontece com muita entrega, consist&ecirc;ncia e aut&ecirc;ntica paix&atilde;o pelo que fa&ccedil;o, o que gera uma conex&atilde;o verdadeira com o p&uacute;blico.&nbsp;
L&rsquo;O Voc&ecirc; fez, neste ano, a segunda edi&ccedil;&atilde;o do evento beneficente Noite da Aclama&ccedil;&atilde;o, em Salvador. O valor arrecadado vai todo para as obras sociais irm&atilde; Dulce. O evento homenageia Gilberto Gil. De onde surgiu essa ideia?&nbsp;
LI A ideia surgiu da vontade de querer falar sobre a cultura de Salvador. A arte, a moda, a m&uacute;sica &ndash; e de ajudar ao pr&oacute;ximo. Salvador tem uma energia &uacute;nica, e eu sempre senti que poderia fazer algo grandioso para contribuir com a cidade e com as pessoas que tanto me acolheram. Quando tivemos a ideia de realizar um evento beneficente, minha primeira preocupa&ccedil;&atilde;o foi garantir que todo o valor arrecadado fosse para uma causa nobre. Foi ent&atilde;o que escolhemos as obras sociais Irm&atilde; Dulce, que fazem um trabalho t&atilde;o lindo e essencial. Neste ano, decidimos homenagear Gilberto Gil, um &iacute;cone da m&uacute;sica e da cultura brasileira, que tem uma rela&ccedil;&atilde;o muito forte com Salvador, com a nossa hist&oacute;ria, e se despede dos palcos agora em 2025. A ideia de homenage&aacute;-lo foi uma forma de celebrar sua trajet&oacute;ria e o legado que ele deixou, n&atilde;o s&oacute; para a m&uacute;sica, como tamb&eacute;m para a cultura baiana, e principalmente, para o ax&eacute; music, que est&aacute; completando 40 anos de exist&ecirc;ncia. Ele representa muito do que &eacute; a nossa identidade, e &eacute; uma honra poder celebrar sua obra, ao mesmo tempo que ajudamos a quem precisa. O evento &eacute;, sem d&uacute;vida, uma forma de espalhar amor, cultura e solidariedade.

L&rsquo;O Independente e vision&aacute;ria, voc&ecirc; resolveu ir al&eacute;m do entretenimento. Foi o lado influenciadora que fez nascer a empreendedora?&nbsp;
LI Acredito que sim. Quando comecei a ganhar destaque na internet com os v&iacute;deos de dan&ccedil;a que viralizavam e, com o reconhecimento como bailarina do Faust&atilde;o, eu precisava me manter em S&atilde;o Paulo para conseguir orquestrar tudo. Isso aconteceu bem no auge da era dos influenciadores digitais, e eu acabei surfando nessa onda. Passei a entender de que maneira poderia ganhar dinheiro com a visibilidade que estava conquistando e comecei a cobrar por algumas postagens. Na &eacute;poca, eu n&atilde;o estava em uma condi&ccedil;&atilde;o financeira muito boa e precisava encontrar formas de me manter para trabalhar. &Eacute; engra&ccedil;ado fazer uma retrospectiva disso e lembrar a forma como negociava e os valores que cobrava. &Agrave;s vezes, algumas publicidades eram at&eacute; em troca de roupas. Tenho essas tabelas at&eacute; hoje (rs). Al&eacute;m disso, sempre fiz quest&atilde;o de administrar boa parte da minha carreira com pessoas em quem confio. Fui crescendo ao mesmo tempo que a internet e entendendo cada processo. Isso me deu um olhar muito agu&ccedil;ado e uma vontade de empreender para expandir as possibilidades de neg&oacute;cios na minha jornada.

L&rsquo;O Como voc&ecirc;, L&eacute;o e Liz surfam nas redes sociais? Voc&ecirc; abre inclusive detalhes mais reservados, como o que tem passado com o neuroma de Morton (doen&ccedil;a que afeta os p&eacute;s) e o impacto na sua autoestima?&nbsp;
LI Durante todos esses anos eu aprendi a lidar muito bem com essa situa&ccedil;&atilde;o. A gente procura entender o que d&aacute; para aproveitar e n&atilde;o tem como fazer tudo o que est&aacute; bombando, sen&atilde;o voc&ecirc; se perde. Tem que ter muita autenticidade, verdade e fazer com amor. O que eu apresento hoje nas minhas redes sociais s&atilde;o coisas em que acredito e fa&ccedil;o de cora&ccedil;&atilde;o. Assim a gente aprende o equil&iacute;brio sobre o que pode, ou n&atilde;o, ser mostrado, bem como o que queremos e achamos relevante. Eu e L&eacute;o buscamos sempre entender o que vale ou n&atilde;o a exposi&ccedil;&atilde;o. Isso tem dado muito certo!
L&rsquo;O Qual sua rela&ccedil;&atilde;o com a moda?&nbsp;
LI Eu sou muito m&uacute;ltipla e consigo me encaixar em v&aacute;rios estilos. Tem dias que estou mais b&aacute;sica; tem momentos como o Carnaval, por exemplo, que gosto de ousar mais, e isso me coloca em um lugar mais criativo e diferente da moda, algo que ajuda muito na minha autoestima. Outros dias estou mais cool. Ent&atilde;o, vai muito do meu dia a dia e das emo&ccedil;&otilde;es que tamb&eacute;m quero expressar por meio de looks. Eu enxergo a moda como algo que precisa ser confort&aacute;vel, mas tamb&eacute;m expressivo e um lugar onde podemos contar hist&oacute;rias.

L&rsquo;O Como voc&ecirc; vem se posicionando e ganhando espa&ccedil;o como empres&aacute;ria? Em que &aacute;reas atua?&nbsp;
LI Eu sempre tive o empreendedorismo como algo enraizado. Eu sempre me senti bem em fazer e comecei a empreender muito cedo, quando eu estava entrando na faculdade e criei minha pr&oacute;pria marca de roupas fitness. Desde l&aacute; eu sempre entendi que pertencia a esse lugar. Desde l&aacute; eu dirijo minha pr&oacute;pria carreira e tomo a r&eacute;dea de muitos projetos, como a Noite da Aclama&ccedil;&atilde;o, e v&aacute;rias outras frentes. Eu acho que venho me destacando porque me posiciono, falo sobre o assunto, sobre independ&ecirc;ncia financeira, empreendedorismo feminino, e acho que as pessoas me d&atilde;o credibilidade porque, al&eacute;m de fazer, as coisas t&ecirc;m dado certo no ramo a que estou me dedicando.
L&rsquo;O Quais suas principais resolu&ccedil;&otilde;es para 2025?&nbsp;
LI Eu pretendo lan&ccedil;ar projetos que j&aacute; v&ecirc;m sendo desenvolvidos. Projetos nos quais eu acredito muito e tamb&eacute;m s&atilde;o ligados ao empreendedorismo. Sigo me colocando cada vez mais nesse mercado, com o intuito de estimular mulheres a irem atr&aacute;s dos seus sonhos. Quero continuar, tamb&eacute;m, cuidando da sa&uacute;de mental e ficar mais tempo com minha fam&iacute;lia e amigos. No ano passado deu certo, e quero que continue assim.

FOTOS: Hugo Toni. 
DIRE&Ccedil;&Atilde;O DE MODA: Marcio Banfi.&nbsp;&nbsp;
GUEST: Lore Improta.
BELEZA: Angel Moraes.
PRODU&Ccedil;&Atilde;O DE MODA: Samara Baccar e Tainara Wollmer.
ASSISTENTE DE MODA: Dora Saturno.
ASSISTENTES DE FOTO: Everton S&aacute; e Rafael Monteiro.
ASSISTENTE DE BELEZA: Raynara Marques.
RETOUCH: Romulo Koerich.
FILME: Raphael Pacheco.
CAMAREIRA: Daniela Gomes.
NAIL ARTIST: Soninha Lima.
AGRADECIMENTO: Tino Est&uacute;dios.

Lore Improta estrela editorial e entrevista para a L’Officiel Brasil

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