Inteira de Fendi, a cantora Iza aproveitou sua viagem para Mil&atilde;o e &eacute; a estrela do ensaio exclusivo da L&rsquo;Officiel Brasil

A <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/ludmilla-combina-musica-moda-e-maternidade-em-show-surpreendente">m&uacute;sica</a> sempre foi a paix&atilde;o de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/iza-mostra-o-rosto-da-filha-pela-primeira-vez">Iza</a>. &ldquo;Minha fam&iacute;lia &eacute; muito musical, sempre quis muito me divertir com m&uacute;sica. Isso &eacute; uma coisa que faz parte da minha vida h&aacute; muito tempo, por que sim, a m&uacute;sica estava dentro da minha casa. Mas eu sempre fui muito t&iacute;mida e nunca imaginei que pudesse viver dela. Posterguei esse sonho, mas n&atilde;o consegui fugir dele&rdquo;, conta ela, que aprendeu a cantar sozinha. &ldquo;Acho que, na verdade, eu n&atilde;o aprendi. Eu s&oacute; abri a boca e comecei a cantar. E entendi que gostava disso. Ent&atilde;o, ficava cantando, imitando comerciais, cenas de filme e trilha sonora de desenho animado.&rdquo; Iza ficava cantando para a m&atilde;e, para os tios, fazia show em casa. Mas esse n&atilde;o foi o primeiro sonho profissional, porque Iza achava que seria imposs&iacute;vel para ela, que come&ccedil;ou a trabalhar com publicidade. &ldquo;Sou publicit&aacute;ria. Comecei a fazer faculdade na PUC, com 100% de bolsa. E trabalhei na &aacute;rea com edi&ccedil;&atilde;o de v&iacute;deo, em produtoras e ag&ecirc;ncias de publicidade.&rdquo; No entanto, logo entendeu que queria trabalhar com outra coisa. E foi quando se apaixonou pelo audiovisual. &ldquo;Aprendi a editar no Final Cut, Premiere, no Avid. Mandei curr&iacute;culo para muito lugar. Mas acabou que o v&iacute;deo come&ccedil;ou a realmente mudar a minha vida quando eu comecei a cantar nele.&rdquo;

Vestido, body, colar, brincos e anéis FENDI - Foto: Tom Barreto

E foi ent&atilde;o que a m&uacute;sica tomou conta de tudo, e Iza cumpriu seu destino principal. &ldquo;A m&uacute;sica vivia por perto: com 14 anos, comecei a cantar na igreja, porque eu queria, sim, ter contato com o microfone. Mas ainda n&atilde;o me imaginava trabalhando com m&uacute;sica. Por&eacute;m, foi um caminho inevit&aacute;vel.&rdquo;
A experi&ecirc;ncia com edi&ccedil;&atilde;o de v&iacute;deos e marketing com certeza ajudou muito. &ldquo;Uso esse conhecimento at&eacute; hoje. Acho que a edi&ccedil;&atilde;o me deu um senso de narrativa muito importante para que eu pudesse tamb&eacute;m criar minhas hist&oacute;rias. E acho tamb&eacute;m que ter feito essa faculdade, entender cinema, jornalismo e publicidade, ou seja, comunica&ccedil;&atilde;o no geral me ajuda a me posicionar e a entender melhor o que eu fa&ccedil;o.&rdquo;
Iza come&ccedil;ou a fazer cover no YouTube porque queria muito que as pessoas conhecessem o seu trabalho e que ela pudesse ter um cat&aacute;logo de m&uacute;sicas para quando fosse vender seus shows. &ldquo;Eu ia de bar em bar mostrando meus v&iacute;deos para que as pessoas conseguissem entender que tipo de m&uacute;sica eu cantava. E tentava ser o mais ecl&eacute;tica poss&iacute;vel para ser o mais contratada poss&iacute;vel.&rdquo; Iza sempre gostou de c&acirc;mera, mas preferia ficar por tr&aacute;s dela, e por isso come&ccedil;ou a trabalhar com audiovisual. Mas, durante muito tempo, n&atilde;o se sentia confort&aacute;vel na frente das c&acirc;meras. Bem, d&aacute; para ter certeza que esse tempo passou, n&atilde;o &eacute;?

Capa Iza

L&rsquo;OFFICIEL Como definiria seu estilo de cantar? Um misto de pop, balan&ccedil;o, empoderamento com um cuidado muito acurado com a est&eacute;tica e toques de interpreta&ccedil;&atilde;o?&nbsp;
IZA Eu acho que eu canto R&amp;B com reggae e dancehall. Acho que &eacute; por a&iacute;. &Eacute; uma m&uacute;sica urbana. E acho que minha forma de me apresentar e de contar hist&oacute;rias &eacute; pop tamb&eacute;m, ent&atilde;o eu n&atilde;o sei muito bem dizer. Acho que eu sou s&oacute; artista. Ah, n&atilde;o sei. Eu acho que, ao mesmo tempo que eu gosto muito de cl&aacute;ssicos e respeito muito de onde as minhas inspira&ccedil;&otilde;es vieram, como o R&amp;B, o soul, o jazz, Ella Fitzgerald, Zeta Jones, Diana Ross, Donna Summer, Nina Simone, poderia ficar falando muito aqui. Acho que eu tamb&eacute;m respeito muito o novo. E aquilo que &eacute; de moderno, inventivo, como os artistas atuais. Talvez essa seja uma das intersec&ccedil;&otilde;es. Admirar o cl&aacute;ssico e o novo, n&atilde;o sei, da mesma forma. Eu acho que meu estilo &eacute;... Eu n&atilde;o sei definir meu estilo.
L&rsquo;O Voc&ecirc; disse que &ldquo;quando voc&ecirc; &eacute; uma cantora pop, &eacute; muito mais do que a sua m&uacute;sica. &Eacute; preciso se comunicar como um todo: vai do discurso at&eacute; como voc&ecirc; se veste&rdquo;. Como &eacute; a sua rela&ccedil;&atilde;o com a moda, nos palcos e fora deles?&nbsp;
IZA Eu amo moda, eu amo me vestir, montar look, amo ficar confort&aacute;vel. &Agrave;s vezes, tamb&eacute;m fico desconfort&aacute;vel porque sei que a roupa est&aacute; linda, n&atilde;o vou mentir. Eu gosto muito de me comunicar por meio da roupa. Acho que ela nunca pode me impedir de ser quem eu sou, ou seja, eu n&atilde;o quero nada que me aprisione. Mas eu acho que sim, moda &eacute; uma arte tamb&eacute;m, muito incr&iacute;vel. E eu me considero artista nesse sentido tamb&eacute;m, por admirar v&aacute;rias outras frentes art&iacute;sticas.
L&rsquo;O Voc&ecirc; &eacute; embaixadora da Fendi no Brasil. Quais considera suas intersec&ccedil;&otilde;es com a casa italiana?
IZA Eu gosto muito de alfaiataria, gosto de roupas oversized, eu gosto de roupas que mostram muito a minha silhueta. Eu gosto de usar roupas monocrom&aacute;ticas, adoro conjuntos. Usar a mesma estampa da cabe&ccedil;a aos p&eacute;s. N&atilde;o sei como definir meu estilo, mas a Fendi consegue entender meus desejos e vontades.

Vestido e botas FENDI - Foto: Tom Barreto

L&rsquo;O Qual foi sua estrat&eacute;gia para comunicar ao mercado que &eacute; Iza? O vestir fez parte dela? A maquiagem? Os cabelos?&nbsp;
IZA &Eacute;, como eu disse, eu acho que a forma como me apresento para o meu p&uacute;blico &eacute; intencional. Eu acho que existem coisas que s&atilde;o comunicadas e n&atilde;o s&atilde;o ditas. E acho que meu figurino, meu cabelo, minha maquiagem, acho que essas coisas acabam me ajudando a comunicar a mensagem que eu quero passar de uma forma mais efetiva.
L&rsquo;O J&aacute; h&aacute; algum tempo, o cantar se mistura com a internet, e ter visualiza&ccedil;&otilde;es no YouTube e viralizar no Tik Tok &eacute; quase uma condi&ccedil;&atilde;o &ndash; algumas m&uacute;sicas e alguns int&eacute;rpretes inclusive ficaram conhecidos das gera&ccedil;&atilde;o Z e alpha por meio dessas redes sociais. O sucesso se mede por meio de views?&nbsp;
IZA Eu acho que depende muito daquilo que voc&ecirc; enxerga como sucesso. Se voc&ecirc; quiser realmente ser a pessoa com mais n&uacute;meros de views, mais likes e mais seguidores, sim, com certeza, o seu sucesso &eacute; baseado nisso. Mas a&iacute;, se o seu sucesso, para voc&ecirc;, &eacute; o impacto que sua m&uacute;sica tem na vida das pessoas, ou se o seu sucesso &eacute; simplesmente se sentir livre pra fazer aquilo que voc&ecirc; quiser sem esperar tanto um feedback alheio... Se o sucesso para voc&ecirc; &eacute; ter tempo. Se o sucesso... O sucesso, ele &eacute; muito relativo.&nbsp; E... na minha opini&atilde;o, acho que o sucesso n&atilde;o est&aacute; relacionado a isso. Acho que n&uacute;mero de views &eacute; algo muito cultural. Relacionado &agrave; forma como cada pa&iacute;s, como cada comunidade consome internet, sabe? E acho que s&atilde;o coisas que n&atilde;o est&atilde;o no meu controle, ent&atilde;o seria muito frustrante colocar o meu medidor de sucesso nisso.
L&rsquo;O Qual diria que foi o momento mais importante da sua carreira, at&eacute; agora?&nbsp;
IZA Acho que o momento mais importante da minha carreira foi ter minha filha, porque acho que minha carreira e minha vida s&atilde;o a mesma coisa. A minha empresa sou eu, n&eacute;? Ent&atilde;o, com certeza, o fato mais importante foi me tornar quem eu sou hoje. E acho que a Nala me tornou mais livre, mais segura, mais independente, mais despreocupada com aquilo que n&atilde;o merece a minha preocupa&ccedil;&atilde;o. E acho que isso, criativamente, foi muito impactante, sabe? Ent&atilde;o, com certeza, eu me sinto no melhor momento da minha carreira por conta do que minha filha fez por mim, por ela ter me tornado m&atilde;e.

Vestido, colar, brincos e bolsa FENDI - Foto: Tom Barreto

L&rsquo;O Voc&ecirc; foi eleita pela revista Time como uma das personalidades l&iacute;deres da pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o. Como utiliza a sua voz?&nbsp;
IZA Ah, eu sempre repito a mesma frase: sempre falo que meu microfone &eacute; uma arma. Acho que eu preciso celebrar essa presen&ccedil;a que eu consegui ter na vida de algumas pessoas e valorizar isso. N&atilde;o acho que isso &eacute; um fardo, eu acho s&oacute; que ser consciente n&atilde;o custa e acho que isso consegue andar de m&atilde;os dadas com a minha arte. Porque, como eu disse, a minha arte sou eu. A forma como eu enxergo o mundo, a forma como eu quero me comunicar com as pessoas.&nbsp;
L&rsquo;O Como foi a escolha do nome de Nala? O Rei Le&atilde;o tem a ver com isso?&nbsp;
IZA Rei Le&atilde;o tem total a ver com o nome da Nala: foi o primeiro filme que eu vi no cinema. E a Nala &eacute; uma personagem muito importante no filme. Eu enxergo ela muito como um guia espiritual do Simba durante o filme. Sempre achei o nome muito charmoso, pequeno, diferente, forte. E o significado tamb&eacute;m &eacute; muito bonito. Tinha certeza de que se um dia eu tivesse uma menina, esse seria o nome dela. E foi muito importante ter dublado a voz da personagem, porque acabou criando uma conex&atilde;o ainda mais profunda. Acho que eu j&aacute; falei um pouco sobre como a m&atilde;e me mudou, mas uma coisa que eu n&atilde;o falei... Quer dizer, uma coisa que eu posso me aprofundar dizendo &eacute; que &eacute; muito importante ser m&atilde;e para mim neste momento, porque eu enxergo o que realmente &eacute; prioridade na minha filha, na minha vida. A m&uacute;sica era meu &uacute;nico filho e o mais amado. E agora n&atilde;o &eacute; mais. E, ao mesmo tempo, ainda &eacute; um filho que me traz muita felicidade. Ent&atilde;o, acho que as coisas ficaram mais leves depois que a Nala veio, por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a.
L&rsquo;O Como era a Iza de 2016 e como &eacute; a Iza de 2025?&nbsp;
IZA Ser artista para mim &eacute; cantar o que eu estou sentindo, o que eu estou com vontade naquele momento. Eu queria muito agradecer pela oportunidade de ser m&atilde;e da Nala. Eu acredito muito que as almas, quando v&ecirc;m para este mundo, escolhem a fam&iacute;lia que elas querem, e s&oacute; me sinto grata. Eu acho que faz parte do meu processo art&iacute;stico falar sobre aquilo que eu sinto. A Iza de 2016 n&atilde;o fazia ideia de quem era a Iza de verdade. E a Iza de 2025 n&atilde;o faz ideia de quem &eacute; a Iza de verdade.

Vestido, jaqueta, brincos, colar e botas FENDI - Foto: Tom Barreto

@iza veste @fendi
Filme: @samuelmrcnds
Trilha sonora: @myung__
Dire&ccedil;&atilde;o e edi&ccedil;&atilde;o de moda: @ludafonseca
Maquiagem: @mary_saavedra
Cabelo: @maiaboitrago
Retouch: @atilabrittoo

Iza é a estrela de editorial e entrevista exclusiva da L’Officiel

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