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<p><em>C<span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">olaborativas, fraternas e inspiradoras! </span>Irmãs que trabalharam juntas na moda servindo de inspiração e antecipando as collabs contemporâneas.</em></p>
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<p style="text-align: justify;"><span>Os dicionários nos dizem que &ldquo;<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/egon-schiele-e-inspiracao-no-novo-editorial-de-moda-da-l-officiel">inspiração</a>&rdquo; é o ato ou efeito de inspirar; entrada do ar nos pulmões; entusiasmo criador; lampejo etc., ganhando o caráter de furor poético e riqueza de criação. Já o &ldquo;inspirador&rdquo; é aquele que serve para inspirar; que traz novas ideias capazes de mudar até mesmo a direção de uma época trazendo à tona um novo </span><span>Zeitgeist</span><span>, sendo um influenciador, um direcionador. Exercendo ou recebendo influências, é algo que nos serve de encanto, de estímulo, de ânimo para trabalhar, criar, vivificar uma ideia e arrebatar-se em novas possibilidades.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span>Direcionando ao universo da moda e especialmente ao universo feminino, trago uma breve reflexão de mulheres que, então, se inspiraram e que a partir daí servem de inspiração e até hoje podemos entender como foram verdadeiros arautos à atual voga dos trabalhos em parceria, ou seja, colaborativos, mais conhecidos como </span><span>collabs fashion</span><span>. Eis alguns exemplos de mulheres e irmãs que deixaram marcas indeléveis no processo historiográfico da moda.</span></p>
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<p style="text-align: justify;"><span>Começo com as Irmãs Callot (Callot Soeurs), que foi uma casa de costura francesa fundada em 1895 e encerrada em 1954. Quatro irmãs nascidas Callot, que foram Marthe Bertrand, Marie Gerber, Regina Tennyson-Chantrell e Joséphine Crimont, deram origem a uma das primeiras casas representativas da moda francesa. Marie Callot Gerber já tinha experiência de moda, sendo </span><span>la première </span><span>(a primeira depois do costureiro) do ateliê de costura Rudnitz &amp; Cie. Em 1895, Marie e as outras três irmãs, que tinham experiência no comércio de rendas e ornamentos, abriram sua casa de costura na capital francesa e, posteriormente, sucursais em diversas outras cidades, tendo como identidade criativa o uso de rendas e passamanarias em seus vestidos, além do uso de peles, sendo um excelente retrato da Belle Époque parisiense.</span></p>
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Sílvia Venturini Fendi (Foto: Getty Images)

<p style="text-align: justify;"><span>Singrando os mares e aportando em território nacional, temos o exemplo do trabalho colaborativo das irmãs Mena Fiala e Cândida Gluzmann. Petropolitanas descendentes de italianos, Philomena Pagan Selleni Fiala é considerada uma das primeiras expressões da moda no Brasil. A cidade de Petrópolis era frequentada pela elite carioca, sendo, então, uma estação de veraneio. As irmãs aprenderam a confeccionar chapéus femininos na Cidade Imperial e sempre trabalharam juntas. Mena, como era conhecida, casou-se em 1928 (daí o sobrenome Fiala) e foi morar no Rio de Janeiro, onde passou a ser funcionária de Jacob Peliks na Pelleteria Canadá (imaginem uma casa especializada em peles em pleno calor carioca). Começou dirigindo o atacado do estabelecimento; em 1931, abriu o próprio ateliê de chapéus e logo sua irmã Cândida mudou-se também para o Rio e montou seu ateliê de costura. Em 1934, quando da implantação de uma câmara frigorífica para a manutenção das peles e importação da moda francesa, Peliks convidou Mena Fiala para dirigir a criação e seção de roupas importadas da já Casa Canadá e Cândida Gluzman para gerir a parte administrativa e compras de roupas importadas do estabelecimento de moda. Em 1944, foi aberta a Canadá de Luxe, sendo o alto padrão da moda carioca e, por extensão, da moda nacional. Em 1966, a Casa Canadá fechou as portas, e as irmãs Mena e Cândida abriram um ateliê próprio para atender as já clientes da Canadá.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span>Voltando à Europa, agora escrevo sobre as irmãs Fontana: Zoe, Micol e Giovanna, que já tinham aprendido técnicas de costura com sua mãe e que logo após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) fundaram, em Roma, a casa de costura Sorelle Fontana (Irmãs Fontana). Ganharam fama e tornaram-se referência de sofisticação da moda italiana. Em 1960 lançaram a linha de prêt-à-porter e também criaram muitos figurinos para o </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">cinema. Em 1972 as irmãs se retiraram da moda, mas ao ateliê foi dada continuidade com novos nomes no processo criativo. Em 1992 a casa foi adquirida por um grupo italiano.</span></p>
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<p style="text-align: justify;"><span>Ainda na Itália, trago agora a casa <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/fendi-traz-a-bolsa-peekaboo-soft-para-celebrar-a-milano-design-week">Fendi</a>, fundada em 1925, em Roma, por Adele e Edoardo Fendi. Tradicional casa de roupas de couro e peles, atualizou-se aos tempos em 1946 com a entrada das cinco filhas do casal nos negócios da família. Paola (negócios em pele), Anna (setor do couro), Franca (relacionamento com clientes), Carla (coordenação dos negócios) e Alda (departamento de vendas), que trabalharam juntas para a empresa familiar, reposicionaram a Fendi ao </span><span>Zeitgeist </span><span>dos novos </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">tempos. Em 1994, Sílvia Venturini Fendi, filha de Anna, foi introduzida nas empresas, tendo, então, criado a famosa bolsa Baguette Fendi. É incontestável o trabalho colaborativo das cinco filhas e uma neta na empresa, colocando-o como uma das mais tradicionais do made in Italy.</span></p>
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<p style="text-align: justify;"><span>São mulheres inspiradoras lembrando-nos que se &ldquo;inspiração&rdquo; é o ato da entrada de ar nos pulmões simbolizando o início e o seu oposto é &ldquo;expiração&rdquo;, sendo a expulsão do ar pelas vias respiratórias, simbolizando o fim com o último suspiro, entendemos que esse intervalo de tempo que classificamos como &ldquo;vida&rdquo; é uma verdadeira &ldquo;piração&rdquo;.</span></p>
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Moda: Irmãs que marcaram o tempo e anteciparam as collabs de hoje

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