Sacha Bali, fala com exclusividade &agrave; L&rsquo;Officiel Hommes Brasil, revela os bastidores de "Vit&oacute;ria" e a experi&ecirc;ncia &uacute;nica de contracenar com Fernanda Montenegro

Com exclusividade &agrave; L&rsquo;Officiel Hommes Brasil, Sacha Bali revela um novo momento da sua <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/luiz-de-freitas-conta-sua-trajetoria-na-moda-e-cultura-em-biografia">trajet&oacute;ria</a>, consolidando-se como um dos atores mais vers&aacute;teis do cinema nacional. Conhecido por seu carisma e intensidade em cena, o ator encara um dos maiores desafios de sua carreira ao contracenar com a lend&aacute;ria Fernanda Montenegro no filme Vit&oacute;ria que estreia no dia 13 de mar&ccedil;o, longa que carrega uma carga emocional &uacute;nica e promete marcar o p&uacute;blico.
Al&eacute;m da atua&ccedil;&atilde;o, Bali tamb&eacute;m se destaca pelo olhar apurado para a est&eacute;tica e bem-estar, refletindo um cuidado que vai al&eacute;m das c&acirc;meras. Sempre em busca de evolu&ccedil;&atilde;o, ele compartilha suas experi&ecirc;ncias dentro e fora dos sets, mostrando que talento e dedica&ccedil;&atilde;o caminham lado a lado na constru&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/fernanda-montenegro-faz-95-relembre-suas-personagens-marcantes">personagens</a> inesquec&iacute;veis.

L&rsquo;Officiel Hommes- Do teatro ao cinema e &agrave; TV, sua trajet&oacute;ria &eacute; marcada por versatilidade. Como cada um desses formatos impactou sua forma&ccedil;&atilde;o como ator? H&aacute; um meio em que voc&ecirc; se sente mais desafiado?
Sacha Bali- Eu comecei no teatro. Ele me ensinou a ess&ecirc;ncia da atua&ccedil;&atilde;o: a constru&ccedil;&atilde;o dos personagens, o jogo c&ecirc;nico, a for&ccedil;a do coletivo... E foi tamb&eacute;m no teatro que eu consegui realizar meus maiores projetos, adaptando escritores que eu amo para os palcos e produzindo tudo do meu jeito. Mas foi na TV que eu consegui o meu sustento e a minha proje&ccedil;&atilde;o para o grande p&uacute;blico. E no cinema pude experimentar o audiovisual de uma forma mais profunda, com mais tempo na execu&ccedil;&atilde;o das cenas.
Sinceramente, n&atilde;o tenho uma prefer&ecirc;ncia por formato, e sim por projetos e personagens. Tem uns que me instigam mais, outros menos. Mas acho que o cinema &eacute; eterno, sempre quando vou fazer um filme tenho a sensa&ccedil;&atilde;o de que aquilo ficar&aacute; para a eternidade e isso me d&aacute; um frio na barriga, me desafia muito.
L&rsquo;Officiel Hommes- No filme Vit&oacute;ria, voc&ecirc; interpreta um personagem que n&atilde;o ajuda a documentar todo o processo com a protagonista. Como foi o processo de constru&ccedil;&atilde;o desse papel? O que mais te impactou ao contar essa hist&oacute;ria real?
Sacha Bali- O processo de constru&ccedil;&atilde;o deste personagem se deu nas leituras do filme. Eu quis fazer um personagem mais sarc&aacute;stico, que n&atilde;o levava a personagem da Fernanda Montenegro a s&eacute;rio. Mas quando fizemos a primeira leitura, ela me pediu para ser mais duro com ela, confront&aacute;-la. E quando Fernanda Montenegro fala, a gente obedece (risos). Da&iacute; passei a atuar de forma mais agressiva e isso me fez encontrar o tom do personagem. Ele &eacute; impaciente e tem pouca empatia por pessoas mais velhas. Lembro que depois deste ensaio, fui encontrar minha m&atilde;e e fiz quest&atilde;o de ser mais delicado e amoroso com ela. Sempre acho que os personagens v&ecirc;m pra nos ensinar algo, e neste caso serviu pra me trazer mais afeto e empatia.

L&rsquo;Officiel Hommes- Voc&ecirc; j&aacute; trabalhou ao lado de grandes nomes, mas contracenar com Fernanda Montenegro tem um peso especial. O que essa experi&ecirc;ncia trouxe de novo para voc&ecirc; como artista?
Sacha Bali- Eu fiquei muito impressionado com a vontade e a disposi&ccedil;&atilde;o dela para trabalhar. Ela gosta de aproveitar todo o tempo que se tem antes de gravar para ensaiar, discutir e afinar o tom das cenas, algo raro entre a maioria dos atores com quem trabalhei. Foi muito inspirador. Quero chegar na idade dela com toda essa energia, lucidez e entrega para o trabalho.

L&rsquo;Officiel Hommes- Seu curr&iacute;culo inclui personagens intensos como Greg&oacute;rio, de Bom Dia, Ver&ocirc;nica, e Metamorfo, de Caminhos do Cora&ccedil;&atilde;o. Existe um tipo de papel que voc&ecirc; ainda sonha interpretar?
Sacha Bali- V&aacute;rios. Quero muito interpretar um lutador, uma pessoa em situa&ccedil;&atilde;o de rua, um assaltante de banco... S&atilde;o personagens e hist&oacute;rias que me interessam muito, e que adoraria pesquisar para entrar na pele deles por um tempo. Atuar &eacute; uma forma de experimentarmos vidas que n&atilde;o s&atilde;o as nossas, ent&atilde;o que sejam vidas que nos instiguem.&nbsp;
L&rsquo;Officiel Hommes- Al&eacute;m de atuar, voc&ecirc; escreve, dirige e produz. Como essas diferentes fun&ccedil;&otilde;es conversam na sua carreira? Voc&ecirc; tem planos de dirigir um novo projeto em breve?
Sacha Bali- Elas se complementam. Durante toda a minha vida profissional, usei o tempo em que n&atilde;o estava atuando para trabalhar em projetos autorais, seja escrevendo, dirigindo e/ou produzindo. E esses projetos me ensinaram muito sobre atua&ccedil;&atilde;o e me mostraram qual era a minha assinatura como ator. Tamb&eacute;m abriram muitas portas para convites de outros trabalhos no audiovisual.
Hoje tenho dois roteiros de longa escritos que n&atilde;o vejo a hora de dirigir, e estou trabalhando pra isso! Mas financiar o primeiro longa n&atilde;o &eacute; algo f&aacute;cil e r&aacute;pido. Estou h&aacute; 6 anos nesse processo, mas tenho f&eacute; que vou conseguir produzi-los em breve!

L&rsquo;Officiel Hommes- A prepara&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica e mental &eacute; essencial para encarar personagens desafiadores. Como &eacute; sua rotina de cuidados com a sa&uacute;de? Voc&ecirc; segue alguma pr&aacute;tica espec&iacute;fica para manter o equil&iacute;brio?
Sacha Bali- Acho que a terapia &eacute; essencial para nos mantermos alinhados com a nossa ess&ecirc;ncia, a nossa miss&atilde;o. O processo de autoconhecimento &eacute; infinito e fundamental para que a gente encontre a dire&ccedil;&atilde;o que devemos seguir. Al&eacute;m disso, costumo correr e fazer academia para me manter em forma e com preparo f&iacute;sico. Mas gostaria de me dedicar mais a outros esportes que adoro, como artes marciais, surfe e futev&ocirc;lei.&nbsp;
L&rsquo;Officiel Hommes- Recentemente, voc&ecirc; compartilhou que passou por procedimentos est&eacute;ticos para olheiras, bigode chin&ecirc;s e rejuvenescimento da pele. O que te motivou a investir nesses cuidados? Como foi a experi&ecirc;ncia e quais mudan&ccedil;as voc&ecirc; percebeu no seu visual e autoestima?
Sacha Bali- Estou 43 anos, e hoje tenho cuidados com a minha est&eacute;tica que antes n&atilde;o tinha. Acho muito importante nos cuidarmos, mas sem passar dos limites. Todos os procedimentos que fiz foram sutis, sem mudar a estrutura do meu rosto e nem perder minhas express&otilde;es. Gostei muito do resultado, acho que tirou o ar de cansado que eu estava... At&eacute; porque eu tinha acabado de sair de um reality show de 95 dias que foi exaustivo (risos). 
L&rsquo;Officiel Hommes- Estilo tamb&eacute;m &eacute; uma forma de express&atilde;o. Voc&ecirc; se identifica com alguma est&eacute;tica espec&iacute;fica no dia a dia? Alguma pe&ccedil;a ou acess&oacute;rio &eacute; indispens&aacute;vel no seu guarda-roupa?
 Sacha Bali- Pra ser sincero, nunca me preocupei muito com o que eu visto (risos). De um tempo pra c&aacute; tenho me ligado mais em moda, vendo refer&ecirc;ncias, montando looks com a ajuda de profissionais... Acho que meu estilo &eacute; bem casual, podendo tender pro casual chique ou pro despojado dependendo da situa&ccedil;&atilde;o. Estou gostando muito de usar roupas mais largas, como camisas oversized e cal&ccedil;as bags. E uso poucos acess&oacute;rios, geralmente um colar de prata com pedras, uma pulseira e um anel. N&atilde;o mais do que isso, n&atilde;o gosto de me sentir muito montado.

L&rsquo;Officiel Hommes- O cinema nacional est&aacute; passando por um momento de transforma&ccedil;&atilde;o, principalmente com a chegada do Oscar de Melhor Filme Internacional para &lsquo;Ainda Estou Aqui&rsquo;. Como voc&ecirc; enxerga o cen&aacute;rio atual e quais hist&oacute;rias acredita que ainda precisam ser mais exploradas para chegar a esse momento grandioso do cinema?
 Sacha Bali- Acho que o cinema nacional vive hoje um dos seus melhores momentos, especialmente com a recep&ccedil;&atilde;o calorosa que &lsquo;Ainda Estou Aqui&rsquo; tem conquistado tanto em premia&ccedil;&otilde;es internacionais quanto nas salas de cinema do Brasil. Espero que &ldquo;Vit&oacute;ria&rdquo; e os outros filmes que sejam lan&ccedil;ados esse ano surfem essa onda e que o nosso cinema continue a crescer cada vez mais.
O Brasil tem um hist&oacute;rico de sucesso com filmes tipo &ldquo;favela movie&rdquo;, como Cidade de Deus e Tropa de Elite. E acho que temos que continuar produzindo filmes desse g&ecirc;nero, pois tanto o p&uacute;blico nacional quanto internacional ama. Mas somos um pa&iacute;s muito grande e diverso, com todos os tipos de hist&oacute;rias para serem contadas. Ent&atilde;o eu tor&ccedil;o para que o nosso cinema seja cada vez mais diverso, para que os brasileiros possam se enxergar nas telas e se orgulhar da sua cultura.
L&rsquo;Officiel Hommes- Depois de mais de 20 anos de carreira, o que ainda te motiva a continuar buscando novos desafios? Existe algum projeto que esteja ansioso para revelar a sua chegada?&nbsp;
 Sacha Bali- Eu acredito que nasci pra me comunicar de diversas formas, tanto atuando, como escrevendo, dirigindo ou falando diretamente aquilo que penso. Hoje eu vejo as redes sociais como uma plataforma incr&iacute;vel para isso, todos t&ecirc;m acesso e podem se tornar criadores de conte&uacute;do autorais. Minha busca atual &eacute; por encontrar a minha voz nas redes, estou vivendo este processo e ele est&aacute; sendo muito desafiador.
Mas tem sim um projeto que estou ansioso pela chegada, al&eacute;m de &ldquo;Vit&oacute;ria&rdquo; que est&aacute; prestes a estrear. &Eacute; uma com&eacute;dia chamada &ldquo;Mato ou Morro&rdquo;, que sou protagonista junto do meu irm&atilde;o de alma Raphael Logam. Improvisamos grande parte do filme nos divertimos muito durante as grava&ccedil;&otilde;es, logo n&atilde;o vejo a hora de assisti-lo na telona. Acredito que seja lan&ccedil;ado ainda esse ano, se Deus quiser!

Bate-bola
L&rsquo;Officiel Hommes- Um personagem que te desafiou?
Sacha Bali- Playboy, da s&eacute;rie &ldquo;Um contra todos&rdquo;.
L&rsquo;Officiel Hommes- Uma cena que nunca vai esquecer?
Sacha Bali- A cena de rebeli&atilde;o no pres&iacute;dio em &ldquo;Um Contra Todos&rdquo;, em que enfrento um por um dos personagens da s&eacute;rie. Acho que foi a sequ&ecirc;ncia mais intensa que j&aacute; fiz.
L&rsquo;Officiel Hommes- Um ator ou atriz que te inspira?
Sacha Bali- Selton Mello.
L&rsquo;Officiel Hommes-Uma curiosidade dos bastidores de Vit&oacute;ria?
Sacha Bali- A Fernanda Montenegro adorava ensaiar as cenas, passamos o texto v&aacute;rias vezes antes de gravar. &Eacute; raro os atores ensaiarem tanto, para mim foi um privil&eacute;gio ter essa troca com ela.
L&rsquo;Officiel Hommes- O que n&atilde;o pode faltar no seu dia a dia?
Sacha Bali- Trabalho. Preciso estar trabalhando em algum projeto todos os dias para me sentir ativo. Caso contr&aacute;rio, me sinto um in&uacute;til (risos).
L&rsquo;Officiel Hommes- Um cuidado essencial com a pele?
Sacha Bali- Filtro solar.
L&rsquo;Officiel Hommes- Se n&atilde;o fosse ator, seria...?
Sacha Bali- Escritor. Amo escrever e criar hist&oacute;rias.
L&rsquo;Officiel Hommes- Um filme que voc&ecirc; gostaria de ter feito parte?
Sacha Bali- Cidade de Deus, meu filme nacional favorito.
L&rsquo;Officiel Hommes- Qual foi o melhor conselho que j&aacute; recebeu?
Sacha Bali- Produza seus pr&oacute;prios projetos em vez de esperar que os personagens cheguem at&eacute; voc&ecirc;.
L&rsquo;Officiel Hommes- Uma palavra que define sua fase atual?
Sacha Bali- Transforma&ccedil;&atilde;o.

Sacha Bali abre o jogo sobre carreira e os bastidores de "Vitória"

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