Ricardo Medina vem de uma fam&iacute;lia de empres&aacute;rios e agora vive nova fase profissional como empreendedor com a Ib&aacute; Brasil.

Ricardo Medina, publicit&aacute;rio e empres&aacute;rio, cresceu em uma fam&iacute;lia de grandes empres&aacute;rios de sucesso. Iniciou sua carreira na Artplan e, ao perceber a import&acirc;ncia em crescer sem v&iacute;nculos familiares, construiu sua trajet&oacute;ria na &aacute;rea de marketing em empresas do setor de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/cannabis-medicinal-e-seus-tratamentos-terapeuticos">medicina</a> e <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/alimentacao-pre-treino-o-que-comer-antes-de-treinar">alimenta&ccedil;&atilde;o</a>.

Nos &uacute;ltimos quatro anos, Medina viu sua vida se transformar completamente. Desde o nascimento dos seus filhos, at&eacute; a descoberta de um tumor em meio &agrave; pandemia do COVID-19.&nbsp; A partir desses dois marcos, Ricardo decidiu empreender e lan&ccedil;ar a marca Ib&aacute; Brasil, pioneira no segmento de geleias em bisnaga do Brasil. Hoje, a Ib&aacute; est&aacute; em processo de expans&atilde;o, com o lan&ccedil;amento de mel e caf&eacute;.&nbsp;

A L&rsquo;Officiel Hommes bateu um papo com o empres&aacute;rio sobre a transi&ccedil;&atilde;o de carreira, inspira&ccedil;&atilde;o na fam&iacute;lia e o dia a dia como empres&aacute;rio. Confira:

Foto: Arquivo Pessoal

L: Como foi a transi&ccedil;&atilde;o da carreira executiva para o empreendedorismo? R: Tudo come&ccedil;ou em 2020, meus filhos g&ecirc;meos haviam acabado de nascer e, poucos meses depois, fui diagnosticado com um tumor cerebral. Enquanto avaliava em qual hospital e com qual m&eacute;dico faria a cirurgia, a pandemia come&ccedil;ou, tornando tudo ainda mais complexo.&nbsp;
Foi um per&iacute;odo dif&iacute;cil, pois precisei adiar a cirurgia por meses, com receio de contrair COVID-19 no hospital. Essa experi&ecirc;ncia me fez refletir profundamente sobre a fragilidade da vida. Decidi que, dali em diante, faria algo que realmente me trouxesse felicidade e realiza&ccedil;&atilde;o.

L: Sua fam&iacute;lia influenciou sua decis&atilde;o de empreender? Alguma mem&oacute;ria espec&iacute;fica marcou voc&ecirc;? R: Cresci ouvindo hist&oacute;rias incr&iacute;veis do meu av&ocirc;, Abraham, que tinha uma loja de eletrodom&eacute;sticos no Rio. Uma lembran&ccedil;a em particular me marcou muito: quando a TV estava come&ccedil;ando no Brasil, ele comprou um carregamento de televisores para vender. No entanto, a grade de programa&ccedil;&atilde;o era t&atilde;o fraca que ningu&eacute;m se interessava pelos aparelhos, e eles ficaram encalhados. Meu av&ocirc;, sempre &agrave; frente do seu tempo, teve uma ideia ousada: criar um programa de domingo t&atilde;o atrativo que aumentasse a demanda pelas TVs. O programa foi um sucesso de audi&ecirc;ncia e, gra&ccedil;as a isso, ele vendeu todos os televisores e precisou comprar mais para revender. Ele era um vision&aacute;rio.

L: Qual &eacute; o prop&oacute;sito por tr&aacute;s da Ib&aacute;? R: A ideia da Ib&aacute; surgiu em uma viagem &agrave; Europa, onde conheci a proposta de alimentos em bisnagas. Fiquei com esse insight e, durante este per&iacute;odo em que estava refletindo sobre a minha vida, decidi criar a Ib&aacute;. As pessoas est&atilde;o cansadas de "mais do mesmo" e buscam algo que v&aacute; al&eacute;m &ndash; algo que agregue valor real ao seu dia a dia. N&oacute;s n&atilde;o vendemos apenas geleias ou produtos aliment&iacute;cios; oferecemos uma nova experi&ecirc;ncia gastron&ocirc;mica. N&oacute;s entregamos essa experi&ecirc;ncia que oferece sabores exclusivos em um formato pr&aacute;tico e in&eacute;dito no Brasil.

L: Como era sua rela&ccedil;&atilde;o com a gastronomia antes e depois da Ib&aacute;? R: Eu n&atilde;o era muito conectado com o universo da gastronomia. Essa conex&atilde;o s&oacute; come&ccedil;ou durante meu per&iacute;odo numa das tr&ecirc;s maiores empresas de alimenta&ccedil;&atilde;o corporativa do Brasil. L&aacute;, percebi quantas oportunidades o mercado brasileiro ainda oferece possibilidades para o desenvolvimento de novos produtos. Desde ent&atilde;o, a minha rela&ccedil;&atilde;o se transformou, tornando-se uma forma de pesquisa, estudo e an&aacute;lise de sabores para a Ib&aacute; tamb&eacute;m.&nbsp;

L: Quais s&atilde;o os pr&oacute;ximos passos para a marca? R: J&aacute; confirmamos que existe mercado para produtos aliment&iacute;cios em bisnaga. Nosso objetivo agora &eacute; expandir o portf&oacute;lio com novas linhas e produtos. No entanto, ainda enfrentamos o desafio cultural, pois esse formato de produto &eacute; uma novidade para muitos consumidores no Brasil.

L: Como voc&ecirc; equilibra vida pessoal e trabalho hoje? R: Por muitos anos, fui workaholic, trabalhava mais do que o necess&aacute;rio e dormia muito pouco. No passado, n&atilde;o se falava sobre equil&iacute;brio entre vida pessoal e profissional. Burnout, ass&eacute;dio moral no trabalho e outros conceitos atuais simplesmente n&atilde;o existiam. As empresas e a sociedade t&ecirc;m evolu&iacute;do nesse sentido, e ainda bem que hoje entendemos a import&acirc;ncia desse equil&iacute;brio para evitar o adoecimento f&iacute;sico e mental. Eu mesmo passei por isso durante meus 30 e 40 anos.

L: Qual conselho voc&ecirc; gostaria de ter recebido ao come&ccedil;ar como empres&aacute;rio? R: Minha fam&iacute;lia sempre foi um exemplo de perseveran&ccedil;a e trabalho duro, e isso me ajudou muito a entender o que &eacute; necess&aacute;rio para ter sucesso na vida. Empreender do zero &eacute; desafiador, especialmente quando n&atilde;o h&aacute; um benchmark no mercado. &Eacute; preciso ter resili&ecirc;ncia, n&atilde;o desistir, acreditar no que se faz e agir com bom senso. O caminho &eacute; feito de tentativas, erros e acertos. A perseveran&ccedil;a ser&aacute; determinante.&nbsp;

Ricardo Medina fala sobre vida profissional e mudança de carreira

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