As Olimp&iacute;adas de Paris 2024 consagraram grandes atletas por todo o mundo em um show de supera&ccedil;&atilde;o e representatividade

Foram 19 dias de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/olimpiadas-como-os-jogos-comecaram-veja-a-historia">Jogos Ol&iacute;mpicos em Paris</a>, com 329 eventos realizados e 32 modalidades apresentadas. Ao todo, 5.084 <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/olimpiadas-2024-o-que-ha-dentro-da-caixa-dada-aos-medalhistas">medalhas</a> foram distribu&iacute;das para os melhores atletas entre os 10.714 representantes de 206 pa&iacute;ses. O Brasil terminou na vig&eacute;sima posi&ccedil;&atilde;o, com a soma de 20 medalhas - tr&ecirc;s de ouro (jud&ocirc; acima de 78kg feminino, gin&aacute;stica art&iacute;stica/solo e v&ocirc;lei de praia feminino), sete de prata (gin&aacute;stica art&iacute;stica por equipes, futebol feminino, canoagem, surfe feminino, gin&aacute;stica art&iacute;stica/ salto, marcha atl&eacute;tica masculina, jud&ocirc; at&eacute; 66kg masculino, e dez de bronze (v&ocirc;lei feminino, surfe masculino, skate park masculino, skate street feminino, atletismo 400m com barreiras, jud&ocirc; por equipes, jud&ocirc; at&eacute; 52kg feminino, boxe feminino, taekwondo masculino e gin&aacute;stica art&iacute;stica por equipes). A t&iacute;tulo de compara&ccedil;&atilde;o, os Estados Unidos, que fecharam em primeiro lugar geral, levaram pra casa 126 medalhas&hellip;

Mas o Brasil est&aacute; longe de ser um estreante. A sua avant-premi&egrave;re rolou em 1920, na Antu&eacute;rpia, com a conquista do ouro no tiro de pistola r&aacute;pida e do bronze na pistola livre, ambos feitos de Guilherme Paraense. Nesta edi&ccedil;&atilde;o, quem subiu no p&oacute;dio pela primeira vez foram Santa L&uacute;cia, que ficou com a cobi&ccedil;ada medalha nos 100m rasos feminino (e com a prata nos 200m), Dominica, que abocanhou o ouro no salto triplo feminino, Cabo Verde, que ganhou no boxe (peso-mosca), a equipe dos refugiados, que celebrou a medalha de bronze da boxeadora Cindy Ngamba e a Alb&acirc;nia, com dois bronzes no wrestiling.

Tamb&eacute;m tiveram momentos hist&oacute;ricos, caso da aposentadoria do lutador cubano Mija&iacute;n L&oacute;pez, cinco vezes campe&atilde;o na greco-romana, em cinco edi&ccedil;&otilde;es diferentes - feito in&eacute;dito -, do ouro de Letsile Tebogo para Botswana, nos 200m rasos, da quebra de recorde do nadador chin&ecirc;s Pan Zhanle nos 100m livres, da nota 9,90 de Gabriel Medina no mar do Taiti, com direito a foto s&iacute;mbolo dos Jogos, do selfie entre os esportistas das Coreias durante a premia&ccedil;&atilde;o do t&ecirc;nis de mesa, da atua&ccedil;&atilde;o surpreendente do time de basquete do Sud&atilde;o do Sul diante dos norte-americanos, da argelina Imane Khelif, que experimentou o preconceito e as fake news sem desmoronar - e ainda arrebentou com o ouro ol&iacute;mpico e de Kaylia Nemour, franco-argelina que foi vetada de concorrer pela Fran&ccedil;a e resolveu defender a na&ccedil;&atilde;o do pai, a Arg&eacute;lia. Por fim, Kaylia conquistou a primeira medalha de um pa&iacute;s africano na gin&aacute;stica art&iacute;stica (barras assim&eacute;tricas).

A despedida de Paris condecorou as tr&ecirc;s &uacute;ltimas medalhistas ol&iacute;mpicas - mulheres pretas e africanas (Sifan Hassan &eacute; et&iacute;ope naturalizada holandesa - e isl&acirc;mica, o que contrap&otilde;e um dos preconceitos atuais na Europa, &agrave; islamofobia). O p&oacute;dio n&atilde;o poderia ser mais significativo.
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Agora &eacute; esperar pelo reencontro em Los Angeles, em 2028 - e que seja num cen&aacute;rio mais harm&ocirc;nico, mais tolerante e mais igualit&aacute;rio.

Olimpíadas: vitórias além das medalhas

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