Avesso &agrave; monotonia e disposto a driblar os contratempos, Nicolas Prattes mergulha no personagem urbano despojado, mas sem deixar de lado o t&iacute;pico charme do &ldquo;menino do Rio&rdquo; &nbsp;&nbsp;

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/l-officiel-hommes-brasil-30-preludio-a-primavera">Um dos talentos mais disputados da nova gera&ccedil;&atilde;o de atores, Nicolas Prattes est&aacute; em fase onipresente na tev&ecirc; &ndash; em duas novelas diferentes </a>&ndash;, no streaming e no cinema, tudo ao mesmo tempo agora. Aos 26 anos, ele &eacute; o gal&atilde; do momento: bom mo&ccedil;o, ligado &agrave; fam&iacute;lia, abd&ocirc;men definido, sorriso f&aacute;cil, enfim, do tipo que, de acordo com o dito popular, qualquer m&atilde;e gostaria de ter como genro. E os f&atilde;s concordam, claro.&nbsp;
<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/l-officiel-hommes-brasil-celebra-nova-edicao">Vers&aacute;til e talentoso</a>, Prattes tem arrasado nos dois folhetins exibidos na Rede Globo com dois personagens absolutamente opostos &ndash; o atormentado Diego, de &ldquo;Todas as Flores&rdquo;, obra de Jo&atilde;o Emanuel Carneiro, que j&aacute; foi apresentada para os assinantes do Globoplay, e Miguel, o sujeito certinho, meio sem gra&ccedil;a e atrapalhado de &ldquo;Fuzu&ecirc;&rdquo;, trama que ocupa a grade das 19h. &ldquo;Depois de &lsquo;Todas as Flores&rsquo; os convites come&ccedil;aram a aparecer, mas saindo de um personagem t&atilde;o intenso como o Diego, eu queria leveza, dar risada. Essa foi a maior motiva&ccedil;&atilde;o para escolher fazer &lsquo;Fuzu&ecirc;&rsquo;. Nunca tinha feito uma novela que fosse com&eacute;dia e aproveitei a oportunidade&rdquo;, conta Nicolas, n&atilde;o escondendo a surpresa de estar em tanta evid&ecirc;ncia.
Al&eacute;m de j&aacute; ter provado a habilidade na arte da interpreta&ccedil;&atilde;o, o ator &eacute; do tipo completo &ndash; tamb&eacute;m dan&ccedil;a e canta. E lan&ccedil;a m&atilde;o de todos esses atributos na s&eacute;rie musical &ldquo;Vicky e a Musa&rdquo;, que estreou recentemente na Netflix &ndash; com segunda temporada anunciada ainda para este ano. A plataforma tamb&eacute;m exibe o longa &ldquo;O Segredo de Davi&rdquo;, que faturou alguns pr&ecirc;mios, inclusive o de melhor ator para Nicolas, no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles (EUA).&nbsp;

E tem mais. &ldquo;No ano que vem estarei em &lsquo;Rio Connection&rsquo;, s&eacute;rie toda falada em ingl&ecirc;s, com atores de diversas partes do mundo. J&aacute; passou na Austr&aacute;lia, na Su&iacute;&ccedil;a, na Alemanha, na Holanda e na &Iacute;ndia. Inclusive, na &Iacute;ndia, j&aacute; est&atilde;o pedindo a segunda temporada. J&aacute; &eacute; uma audi&ecirc;ncia bem grande, n&eacute;? Estou ansioso. Tive a oportunidade de me dublar, para passar no Brasil. Foi uma situa&ccedil;&atilde;o in&eacute;dita&rdquo;, comemora ele, que &eacute; fluente em ingl&ecirc;s &ndash; chegou a fazer cursos de atua&ccedil;&atilde;o nos Estados Unidos &ndash;, tornando a possibilidade de uma carreira internacional mais real. A coprodu&ccedil;&atilde;o internacional da Globoplay com a Sony, &eacute; ambientada no Rio de Janeiro dos anos 1970, com foco na hist&oacute;ria de criminosos europeus que estabeleceram no Brasil um ponto crucial da rota do tr&aacute;fico de hero&iacute;na para o exterior.
Nascido e criado em Niter&oacute;i, Nicolas &eacute; filho da atriz Giselle Prattes, ainda na ativa. &ldquo;Como &eacute; que se diz? &lsquo;A fruta nunca cai longe do p&eacute;&rsquo;. &Eacute; meio que isso. Convivi com a profiss&atilde;o desde sempre, ia aos ensaios das pe&ccedil;as da minha m&atilde;e. Cheguei a cursar administra&ccedil;&atilde;o na faculdade, mas tranquei e foquei no que realmente gostava. J&aacute; fazia cursos de atua&ccedil;&atilde;o desde a adolesc&ecirc;ncia, fiz Tablado e minha estreia como ator profissional foi no teatro, com o musical &lsquo;O Rei Le&atilde;o 2&rsquo;&rdquo;, lembra ele, que, aos 17 anos, finalmente passou em um teste para &ldquo;Malha&ccedil;&atilde;o&rdquo;, porta de entrada de novos talentos emissora fluminense. &ldquo;Ia a testes o tempo todo e perdi as contas de quantos &lsquo;n&atilde;os&rsquo; recebi antes de ser chamado. E o &lsquo;sim&rsquo; veio exatamente no dia do meu anivers&aacute;rio de 18 anos.&rdquo;&nbsp;
De l&aacute; para c&aacute;, uma curva ascendente trouxe o ator at&eacute; onde est&aacute; agora. Ele mora no Rio, na companhia de dois vira-latas adotados durante a pandemia. Mas n&atilde;o est&aacute; solteiro, n&atilde;o. Namora h&aacute; um ano e meio a dentista mineira Luiza Caldi. &ldquo;Quando a gente come&ccedil;ou a se relacionar, ela morava em S&atilde;o Paulo. Minhas milhas foram todas embora nessa &eacute;poca (risos!). Agora ela veio para o Rio&rdquo;, diz Nicolas, que se considera um cara superdisciplinado em tudo o que faz. A sua rotina di&aacute;ria come&ccedil;a cedo, antes mesmo de o sol nascer: &ldquo;Nem d&aacute; 6 horas da manh&atilde; e eu j&aacute; estou de p&eacute;. Gosto de tomar o meu caf&eacute; com calma, ler o texto que vou gravar no dia, saio para passear com os meus cachorros, dou uma corridinha e depois vou para o trabalho. L&aacute; eu fico at&eacute; tarde da noite.&rdquo;&nbsp;

Correr est&aacute; entre as atividades de que o gal&atilde; n&atilde;o abre m&atilde;o. Ligado no 220V, ele encara a pr&aacute;tica como uma medita&ccedil;&atilde;o. &ldquo;&Eacute; o meu esporte preferido atualmente, at&eacute; porque, com a agenda complicada de grava&ccedil;&otilde;es da novela, posso fazer a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. Quando corro, acalmo a mente, clareio as ideias. Faz bem para a cabe&ccedil;a. &Eacute; importante, inclusive, para a minha concentra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica Prattes que, este ano, conquistou um feito e tanto no esporte: Foi o brasileiro mais r&aacute;pido na maratona de Los Angeles, concluindo o percurso de 42 quil&ocirc;metros em 2h48 minutos, tempo considerado bem acima da m&eacute;dia para os corredores de rua n&atilde;o profissionais. &ldquo;Gosto de testar os meus limites&rdquo;, diz o &ldquo;atleta&rdquo;, tamb&eacute;m adepto das provas de tri&aacute;tlon. Ali&aacute;s, essa paix&atilde;o por atividade f&iacute;sica quase impediu que Nicolas se tornasse ator: &ldquo;Tenho um certo talento com a bola, sabia? Quase fui jogador de futebol. Cheguei a integrar a equipe do Botafogo, que tem o n&uacute;cleo de esporte em Niter&oacute;i. Fui federado, joguei campeonato carioca&rdquo;.
Com bola nos p&eacute;s ou n&atilde;o &ndash; equilibrado sobre uma prancha de surfe no mar ou fazendo gra&ccedil;a num degrau de concreto &ndash;, o fato &eacute; que Nicolas Prattes tem ginga. Taurino alto astral e, acima de tudo, talentoso, o rapaz exala a tal da &ldquo;vibe easy going&rdquo; de levar a vida, e credita o jeito de ser &agrave; base familiar. &ldquo;Somos muito unidos e pr&oacute;ximos, e &eacute; o que me faz sempre manter os p&eacute;s no ch&atilde;o. Ainda mais em um momento como este que estou vivendo. A fam&iacute;lia realmente faz toda a diferen&ccedil;a&rdquo;, pontua. @nicolasprattes

Fotografia: Fred Othero
Edi&ccedil;&atilde;o de moda: Ana Parisi
Beleza: Raul Melo

Nicolas Prattes em entrevista para L'Officiel Hommes Brasil

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