Confira alguns poss&iacute;veis finais para o terr&iacute;vel conflito.&nbsp;

Durante uma <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/guerra-como-andam-as-negociacoes-para-o-cessar-fogo">guerra,</a> &eacute; dif&iacute;cil prever resultados, mas ainda &eacute; poss&iacute;vel tra&ccedil;ar hip&oacute;teses sobre os cen&aacute;rios mais prov&aacute;veis. Nesse sentido, h&aacute; cinco possibilidades: guerra curta, guerra longa, guerra que se espalha pela Europa, solu&ccedil;&atilde;o diplom&aacute;tica e deposi&ccedil;&atilde;o do presidente russo <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/onde-esta-escondida-a-familia-do-presidente-putin">Vladimir Putin</a>. Dessa forma, falamos sobre cada uma das possibilidades. Confira!

<h2 style="text-align: justify;">1.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Uma guerra curta</h2>
 Nesse cen&aacute;rio, a R&uacute;ssia intensificaria os ataques &agrave; <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/presidente-da-ucrania-e-um-ex-comediante-saiba-tudo-sobre-sua-historia">Ucr&acirc;nia</a>, por meio de sua For&ccedil;a A&eacute;rea e de ataques cibern&eacute;ticos que atinjam a infraestrutura nacional. O resultado seria a morte de milhares de civis e a queda da capital Kiev em pouco tempo, havendo a substitui&ccedil;&atilde;o do governo por um regime pr&oacute;-Moscou. Se n&atilde;o assassinado, ao presidente ucraniano restaria fugir para o Oeste da Ucr&acirc;nia ou mesmo para o exterior, a fim de estabelecer um governo no ex&iacute;lio. Vladimir Putin, presidente russo, declararia vit&oacute;ria e deixaria na Ucr&acirc;nia apenas o contingente militar necess&aacute;rio para sufocar resist&ecirc;ncias e manter o controle sobre a regi&atilde;o. Refugiados continuariam migrando para o Oeste, enquanto a Ucr&acirc;nia se somaria &agrave; Belarus como Estado cliente de Moscou. 
Para que isso aconte&ccedil;a, as for&ccedil;as russas precisam de melhor desempenho, maior mobiliza&ccedil;&atilde;o e uma diminui&ccedil;&atilde;o da resist&ecirc;ncia da Ucr&acirc;nia. Como consequ&ecirc;ncias, Putin possivelmente conseguiria uma mudan&ccedil;a de regime em Kiev e o encerramento da integra&ccedil;&atilde;o ocidental da Ucr&acirc;nia com a Uni&atilde;o Europeia e a Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte (Otan). A instabilidade faria parte deste cen&aacute;rio, com uma alta probabilidade de um novo conflito. 
<h2 style="text-align: justify;">2.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Uma guerra longa</h2>
Este talvez seja o cen&aacute;rio mais prov&aacute;vel, lembrando a luta da R&uacute;ssia na d&eacute;cada de 1990 pela tomada de Grosny, a capital da Chech&ecirc;nia. Ainda que a R&uacute;ssia tenha demarcado presen&ccedil;a em cidades da Ucr&acirc;nia, a manuten&ccedil;&atilde;o do controle sobre elas talvez ainda dependa de mais batalhas.
Caso a R&uacute;ssia n&atilde;o tenha recursos para cobrir um pa&iacute;s t&atilde;o vasto, as for&ccedil;as defensivas da Ucr&acirc;nia poder&atilde;o representar uma insurg&ecirc;ncia eficaz, com o apoio da popula&ccedil;&atilde;o local. N&atilde;o se descarta tamb&eacute;m a possibilidade de que EUA e pa&iacute;ses europeus contribuam com armas e muni&ccedil;&otilde;es. Ap&oacute;s anos de luta, uma nova lideran&ccedil;a em Moscou poderia propor a retirada de for&ccedil;as russas da Ucr&acirc;nia.

<h2 style="text-align: justify;">3.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Uma guerra europeia</h2>
Neste cen&aacute;rio, Putin buscaria recuperar mais territ&oacute;rios do antigo imp&eacute;rio da R&uacute;ssia, por meio do&nbsp;&nbsp;envio de tropas para ex-rep&uacute;blicas sovi&eacute;ticas, por exemplo, Mold&aacute;via e Ge&oacute;rgia, que n&atilde;o integram a Otan.
Outra possibilidade seria uma crescente dos conflitos em territ&oacute;rio europeu, se Putin considerar o envio armas pelos EUA e por pa&iacute;ses europeus como um ato pass&iacute;vel de retalia&ccedil;&atilde;o, enviando tropas para os Estados b&aacute;lticos, por exemplo. Consequentemente, haveria o risco de uma guerra com a Otan, uma vez que, conforme o Artigo 5&ordm; da carta da alian&ccedil;a militar, um ataque a um membro &eacute; um ataque a todos. Essa seria uma op&ccedil;&atilde;o para Putin, caso a entenda como sua &uacute;nica alternativa para manter a lideran&ccedil;a e, como j&aacute; se pode notar, o presidente russo est&aacute; disposto a quebrar normas internacionais.
<h2 style="text-align: justify;">4.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Uma solu&ccedil;&atilde;o diplom&aacute;tica</h2>
Diplomatas afirmam que canais est&atilde;o sendo estabelecidos com Moscou. Al&eacute;m disso, autoridades russas e ucranianas j&aacute; participaram de reuni&atilde;o na fronteira com a Belarus. Embora n&atilde;o se tenha constatado consider&aacute;vel progresso, a concord&acirc;ncia com as negocia&ccedil;&otilde;es serve de ind&iacute;cio de que Putin possa aceitar um cessar-fogo acordado. Para isso, a defini&ccedil;&atilde;o dos termos do acordo para a suspens&atilde;o das san&ccedil;&otilde;es contra a R&uacute;ssia &eacute; necess&aacute;ria.
O acordo depende tamb&eacute;m de um cen&aacute;rio em que a humilha&ccedil;&atilde;o de encerrar a guerra seja mais vantajosa a Putin que prolong&aacute;-la, fazendo-o procurar uma sa&iacute;da. &Agrave;s autoridades ucranianas caberia ceder politicamente, at&eacute; mesmo com parte de seu territ&oacute;rio.&nbsp;&nbsp;Putin, por sua vez, poderia acatar a independ&ecirc;ncia ucraniana e seu direito de estreitar la&ccedil;os com a Uni&atilde;o Europeia e a Otan. Embora pouco prov&aacute;vel , o cen&aacute;rio pode surgir a partir de um conflito sangrento pregresso.

<h2> &nbsp;5. A deposi&ccedil;&atilde;o de Putin </h2>
Com a morte de soldados russos e as consequ&ecirc;ncias desastrosas das san&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas, Putin perderia apoio popular e seu governo estaria amea&ccedil;ado por uma revolu&ccedil;&atilde;o popular. Suprimir a oposi&ccedil;&atilde;o exigiria o uso de for&ccedil;as de seguran&ccedil;a interna russas, o que poderia desagradar membros da elite militar, pol&iacute;tica e econ&ocirc;mica do pa&iacute;s. Neste contexto, se os EUA e a Europa negociarem a substitui&ccedil;&atilde;o de Putin por um presidente moderado, em troca do levantamento de algumas san&ccedil;&otilde;es e da restaura&ccedil;&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es diplom&aacute;ticas, Putin seria deposto. Tal hip&oacute;tese tamb&eacute;m &eacute; pouco prov&aacute;vel no momento, mas pode ocorrer caso as pessoas que apoiam&nbsp;Putin deixem de se beneficiar com a alian&ccedil;a. 
Tais cen&aacute;rios n&atilde;o s&atilde;o excludentes e as combina&ccedil;&otilde;es de alguns deles ainda traria outros resultados. Independentemente de qual seja o desfecho, a rela&ccedil;&atilde;o da R&uacute;ssia com o mundo ser&aacute; outra, assim como as a&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a europeia passar&atilde;o por uma metamorfose.

Guerra na Ucrânia: como o conflito pode acabar?

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