Entenda a teoria pol&iacute;tica de poderes do s&eacute;culo XVIII que foi adotada no Brasil.&nbsp;&nbsp;

A<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/eleicoes-2022-conheca-todos-os-candidatos-a-presidencia"> triparti&ccedil;&atilde;o do poder em Poder Executivo, Legislativo e Judici&aacute;rio</a> foi estabelecida no Brasil pela Constitui&ccedil;&atilde;o Federal de 1988. A origem da teoria dos Tr&ecirc;s Poderes, entretanto, &eacute; bem anterior: Arist&oacute;teles a sugeriu na <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/egiptomania-moda-ou-estilo-de-vida">Antiguidade</a>, mas sua consolida&ccedil;&atilde;o ocorreu no Iluminismo, quando foi retomada por John Locke e Montesquieu.
A <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/eleicoes-2022-a-historia-do-voto-no-brasil-e-sua-importancia">divis&atilde;o de poderes</a> tem como pretens&atilde;o impedir a concentra&ccedil;&atilde;o de poder nas m&atilde;os de uma s&oacute; pessoa, para assim&nbsp;&nbsp;evitar uma tirania, motivo pelo qual esse modelo tamb&eacute;m foi adotado no Brasil. Para isso, &eacute; preciso que os poderes atuem de maneira independente e fiscalizem uns aos outros, assegurando que nenhum deles abuse do pr&oacute;prio poder.
Embora Montesquieu costumeiramente seja colocado como o respons&aacute;vel por essa proposta de divis&atilde;o dos poderes, a ideia j&aacute; havia aparecido no livro&nbsp;A Pol&iacute;tica, em que Arist&oacute;teles prop&ocirc;s um governo tripartido em: Poder Deliberativo, Poder Executivo e Poder Judici&aacute;rio. Na obra, o fil&oacute;sofo partia do pressuposto de que a tend&ecirc;ncia ao desenvolvimento de uma tirania seria provocada pela centraliza&ccedil;&atilde;o do poder.&nbsp;&nbsp;

Essa ideia foi retomada no s&eacute;culo XVIII por iluministas que questionavam o Absolutismo. Nesse contexto pol&iacute;tico, John Locke sugeriu ado&ccedil;&atilde;o da teoria dos Tr&ecirc;s Poderes (Executivo, Legislativo e Federativo). Montesquieu, por sua vez, defendeu que o poder fosse dividido em Legislativo, Executivo e Judici&aacute;rio. Tal proposta de descentraliza&ccedil;&atilde;o ganhou for&ccedil;a com as revolu&ccedil;&otilde;es burguesas do s&eacute;culo XVIII e tornou-se popular no Ocidente. No Brasil, essa organiza&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e administrativa foi estabelecida como uma cl&aacute;usula p&eacute;trea, isto &eacute;, que n&atilde;o pode ser abolida, pela Constitui&ccedil;&atilde;o Federal de 1988.
O Poder Executivo, cujo dever &eacute; administrar o Estado sob os limites da legisla&ccedil;&atilde;o brasileira, tem como chefe o presidente da Rep&uacute;blica. Os representantes desse poder s&atilde;o o presidente, auxiliado por ministros (a n&iacute;vel federal); os governadores, apoiados pelos secret&aacute;rios estaduais (a n&iacute;vel estadual); e os prefeitos, amparados pelos secret&aacute;rios municipais (a n&iacute;vel municipal). A dura&ccedil;&atilde;o dos cargos &eacute; de quatro anos, havendo a possibilidade de uma reelei&ccedil;&atilde;o igualmente de quatro anos.
Ocupam os cargos do Poder Legislativo os senadores, deputados federais, deputados estaduais, deputados distritais e vereadores. Como o nome indica, a fun&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica desse poder &eacute; a de sugerir leis para o Estado e de fiscalizar o Executivo, exigindo que este preste esclarecimentos sempre que necess&aacute;rio.

Ao Poder Judici&aacute;rio cabe a interpreta&ccedil;&atilde;o e a execu&ccedil;&atilde;o das leis, prezando pelos limites da legisla&ccedil;&atilde;o brasileira e obedecendo o que &eacute; determinado pela Constitui&ccedil;&atilde;o. O Judici&aacute;rio tamb&eacute;m &eacute; mediador dos conflitos entre cidad&atilde;os e entre os cidad&atilde;os e o Estado, e protetor dos direitos da popula&ccedil;&atilde;o brasileira. O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justi&ccedil;a (STJ) chefiam esse poder, que ainda conta com tribunais regionais espalhados pelo pa&iacute;s. Conforme a Constitui&ccedil;&atilde;o brasileira,&nbsp;&nbsp;o STF tem a prerrogativa de julgar os membros da C&acirc;mara dos Deputados e do Senado.

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