Chay Suede, estrela da nossa nova edi&ccedil;&atilde;o da L&rsquo;Officiel Hommes Digital, fala sobre seu trabalho, paternidade e casamento com Laura Neiva, confira!

Com um sorriso cativante e um talento ineg&aacute;vel, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/chay-suede-working-title-collab">Chay Suede</a> trilhou uma carreira de sucesso se tornando um dos <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/caua-reymond">atores</a> mais queridos de sua gera&ccedil;&atilde;o. Considerado um gal&atilde;, digno dos pap&eacute;is mais desejados do cinema e da televis&atilde;o, h&aacute; um outro lado do t&atilde;o querido ator e musicista que talvez nem todos tenham a oportunidade de conhecer: a simplicidade, simpatia, o carinho e dedica&ccedil;&atilde;o para com a sua fam&iacute;lia. Se tornou f&aacute;cil entender o porqu&ecirc;, aos 29 anos, Chay possui uma legi&atilde;o de f&atilde;s apaixonados pela sua ess&ecirc;ncia.
Depois do nascimento do seu segundo filho, Chay embarcou em um novo desafio de sua carreira: fazer um filme no qual ele atuava grande parte do tempo sozinho, no pequeno espa&ccedil;o do interior de um carro. Foi logo ap&oacute;s o lan&ccedil;amento dessa sua aclamada produ&ccedil;&atilde;o, Jaula, que conversamos com o ator, que estampou a capa digital da <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/gabriel-gontijo-entrevista-lofficiel-hommes-brasil">L&rsquo;Officiel Hommes Brasil</a>.
Durante a conversa, um turbilh&atilde;o de assuntos. Seu amor pelos filhos, sua conex&atilde;o com seu pai, o casamento com Laura Neiva, sua paix&atilde;o pela moda e, claro, sua carreira brilhante. Confira com exclusividade as respostas do ator.

Como funciona o seu processo de prepara&ccedil;&atilde;o para um novo personagem?

Chay Suede: Eu sou uma pessoa extremamente curiosa. Ent&atilde;o, quando eu tenho um personagem na m&atilde;o, ou at&eacute; mesmo com a ideia de que eu terei um personagem de um jeito espec&iacute;fico, eu come&ccedil;o loucamente a buscar tudo que pode ilustr&aacute;-lo. Os ambientes onde ele vive, onde ele frequenta, os amigos dele, os tipos de rela&ccedil;&otilde;es que ele tem. Ent&atilde;o eu vou na miudeza, que &eacute; o que mais me interessa: descobrir coisinhas sobre o universo do personagem.
E &eacute; um trabalho infinito, porque a gente nunca descobre tudo, sempre tem mais uma coisa pra descobrir. S&oacute; que em algum momento a gente precisa interromper e viver, n&eacute;? Durante uma novela isso &eacute; ainda mais legal, porque voc&ecirc; tem um ano para continuar investigando, aprendendo e absorvendo sobre aquele universo. Acho que eu me aprofundo em todos os n&iacute;veis do que &eacute; sua vida, de como s&atilde;o suas grava&ccedil;&otilde;es e as din&acirc;micas dele.

Qual foi o papel mais desafiador em todos esses anos e o porqu&ecirc;?

Chay: O papel mais desafiador foi o que eu fiz no filme &ldquo;A Jaula&rdquo;, por conta da din&acirc;mica do filme, de ser filmado em um carro, de meus di&aacute;logos serem poucos, e eu passar a maior parte do filme em sil&ecirc;ncio, solit&aacute;rio. Como eu busco tudo na contracena, eles me fizeram muita falta. Eu nunca tinha feito um filme assim, em que eu interpretava sozinho, eu e meu corpo, ent&atilde;o isso foi muito desafiador.

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&nbsp;Como voc&ecirc; descreve a jornada emocional desse filme?

Chay: Tem uma grada&ccedil;&atilde;o de decad&ecirc;ncia f&iacute;sica e psicol&oacute;gica, a gente precisou se preocupar com isso. Por sorte a gente conseguiu filmar cronologicamente, o que facilitou as coisas, porque eu n&atilde;o precisava ficar revisitando certas emo&ccedil;&otilde;es, certos graus de decad&ecirc;ncia. Mas foi uma progress&atilde;o mesmo, em que quanto mais desesperado, menos for&ccedil;a ele tinha para se desesperar. Era conflituoso, eram duas energias completamente conflituosas, a da fraqueza e a do desespero.

Como voc&ecirc; enxerga a pol&iacute;tica cultural do nosso pa&iacute;s?

Chay: Eu acho que o nosso pa&iacute;s &eacute; um dos pa&iacute;ses mais ricos em cultura, diversidade, em coisas interessantes e brilhantes do mundo. Infelizmente a gente vive um momento em que a cultura est&aacute; sucateada, est&aacute; sendo mal explorada, banalizada. Eu acho que um grande pa&iacute;s, um povo grandioso, d&aacute; muito valor &agrave; sua cultura e isso precisa ser retomado urgentemente.

Voc&ecirc; tem algum plano para a carreira musical?

Chay: Eu n&atilde;o deixo de ter, mas tamb&eacute;m n&atilde;o tenho nada de imediato. Eu realmente gosto de fazer m&uacute;sica quando eu estou inspirado a compor, ent&atilde;o normalmente eu componho disco, como foi com &ldquo;Aymor&eacute;co&rdquo; e &ldquo;O Sal&rdquo;. Em O Sal eu acabei lan&ccedil;ado uma m&uacute;sica s&oacute;, mas tem mais umas cinco guardadas, eu n&atilde;o sei se vou lan&ccedil;ar um dia, mas eu n&atilde;o tenho planos imediatos para minha carreira musical.

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Sabemos que voc&ecirc; &eacute; um grande f&atilde; do Caetano Veloso, o que mais te inspira no artista?

Chay: Ele em si. Eu acho que as composi&ccedil;&otilde;es do Caetano t&ecirc;m uma coisa sobre intimidade e grandeza ao mesmo tempo, que &eacute; dif&iacute;cil de explicar. As can&ccedil;&otilde;es dele, desde crian&ccedil;a, me trazem ao mesmo tempo uma nostalgia, como se fosse algo que eu conhecesse profundamente de dentro, mas tamb&eacute;m me assombram de como pode ser grandiosa a mente do artista e de onde ele pode chegar. Ent&atilde;o essa dualidade entre o que &eacute; &iacute;ntimo, o que &eacute; profundo, o que &eacute; simples, o que &eacute; grandioso, o que &eacute; complicado, o que &eacute; po&eacute;tico, &eacute; o que mais me encanta no trabalho dele.

Como &eacute; ser pai nesse momento delicado em que nosso pa&iacute;s enfrenta?

Chay: Eu dou o meu melhor todos os dias, e o que eu tenho para oferecer, o que eu tenho dispon&iacute;vel, e tento tamb&eacute;m me alongar para as coisas que eu n&atilde;o tenho, buscar e passar a ter no futuro pr&oacute;ximo. Eu sempre quis ser pai, com certeza a maior realiza&ccedil;&atilde;o da minha vida foi o nascimento dos meus filhos. Ent&atilde;o eu acho que o mundo precisa de gente boa, tem muita gente falando &ldquo;nossa, mas voc&ecirc; n&atilde;o tem medo? &ldquo;Acho que a perversidade do mundo &eacute; c&iacute;clica tamb&eacute;m, a gente teve momentos perversos durante a hist&oacute;ria, e pessoas nasceram, foram criadas, melhoraram ou pioraram o mundo. E o meu trabalho &eacute; que meus filhos melhorem o mundo, ao inv&eacute;s de piorar.&nbsp;

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Que mensagens e conhecimentos voc&ecirc; gostaria de passar para os seus filhos?

Chay: O que eu der conta de fazer, as coisas que s&atilde;o essenciais mesmo, nada fora da caixinha assim, no sentido de nada mirabolante. Eu n&atilde;o pretendo de maneira nenhuma dar uma cria&ccedil;&atilde;o fora da curva para os meus filhos, em que eles sejam poupados de certas coisas. Eles precisam ter as experi&ecirc;ncias, as dificuldades e as coisas que formam um grande ser humano. O meu papel &eacute; tentar fazer isso acontecer, tentar proporcionar essas coisas, proteg&ecirc;-los em alguns momentos em que eles precisam ser protegidos e n&atilde;o os proteger tamb&eacute;m em alguns momentos que eles precisam lidar com a vida real, e com as consequ&ecirc;ncias dos pr&oacute;prios atos e tudo isso. Eu acho que essa consci&ecirc;ncia de indiv&iacute;duo, &eacute; algo que eu pretendo passar pra eles, com certeza.

Qual foi o maior aprendizado que voc&ecirc; teve com a paternidade?

Chay: Eu acho que uma revisita o amor do seus pais, com certeza, e esse amor ganha uma nova magnitude tamb&eacute;m, as atitudes deles, certas e erradas, em rela&ccedil;&atilde;o a sua pr&oacute;pria cria&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m s&atilde;o ressignificadas. Acho que voc&ecirc; se refaz na base do amor, voc&ecirc; passa a ter uma lente mais amorosa com o mundo. Todo mundo &eacute; filho de algu&eacute;m, e eu acho que essa sensa&ccedil;&atilde;o me fez ver que eu quero tratar as pessoas que eu conhe&ccedil;o como eu gostaria que tratassem meus filhos. E isso muda toda a din&acirc;mica das rela&ccedil;&otilde;es.&nbsp;

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Sabemos que seu pai sempre foi um grande incentivador da sua carreira, como a rela&ccedil;&atilde;o de voc&ecirc;s se transformou ap&oacute;s a chegada dos seus filhos?&nbsp;&nbsp;

Chay: A nossa rela&ccedil;&atilde;o sempre foi muito &iacute;ntima, profunda, de muito respeito, muita admira&ccedil;&atilde;o m&uacute;tua e muita torcida um pelo outro&hellip; Eu acho que, na verdade, depois que meus filhos nasceram, eu fiquei ainda mais grato por ter o pai e m&atilde;e que eu tive. Isso ficou mais evidente, o qu&atilde;o sortudo eu fui.

Como tem sido para voc&ecirc; conciliar sua carreira e a paternidade?

Chay: A gente viveu um momento totalmente at&iacute;pico, que coincidiu com o nascimento de meus filhos, que foi a pandemia global. Ent&atilde;o o ritmo que eu tive durante esse tempo, nessa primeira inf&acirc;ncia deles, foi diferente do que eu costumava a ter de trabalho. Ent&atilde;o eu acho que agora que eu vou come&ccedil;ar a realmente entender como vai ser essa concilia&ccedil;&atilde;o. O fato &eacute; que eles sempre ser&atilde;o minha prioridade, ent&atilde;o tudo precisa se organizar em torno dessa rela&ccedil;&atilde;o de pai e filho, de marido, e de fam&iacute;lia.&nbsp;

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Como voc&ecirc; poderia descrever o seu relacionamento com Laura?

Chay: &Eacute; maravilhoso, &eacute; muito melhor do que eu poderia sonhar de uma rela&ccedil;&atilde;o, com uma mulher. A gente se impulsiona de um jeito que eu posso dizer que a minha vida s&oacute; melhorou depois dela, desde que a gente se conheceu minha vida, a cada dia, melhora um pouquinho. Ela melhorou v&aacute;rios aspectos em minha vida, e acredito que eu melhorei alguns aspectos na vida dela tamb&eacute;m. E a gente tem essa humildade de deixar um ou o outro tomar a frente em certos momentos, de acordo com o que a gente faz melhor. Ela faz coisas que eu n&atilde;o fa&ccedil;o bem, eu fa&ccedil;o coisas que ela n&atilde;o faz bem, eu aprendo com as coisas que ela faz melhor que eu e vice versa. Ent&atilde;o essa torcida, essa aus&ecirc;ncia completa de competitividade&hellip; a gente realmente trabalha em unidade, como se a gente fosse um. Apesar de todas as individualidades, as coisas que precisam ser mantidas, com sa&uacute;de, com alegria, a gente trabalha em unidade, a gente &eacute; uma fam&iacute;lia s&oacute;. Ent&atilde;o nossos interesses s&atilde;o em comum, nossas vit&oacute;rias s&atilde;o tamb&eacute;m em comum, para serem compartilhadas. E a gente vive cada dia realmente com muito amor, a gente comemora nossas conquistas, nossos pequenos avan&ccedil;os. E ela &eacute; a melhor parceira do mundo, a melhor m&atilde;e e a melhor esposa. &Eacute; tudo superlativo em rela&ccedil;&atilde;o a Laura.&nbsp;

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Como voc&ecirc; se imagina daqui a 29 anos?

Chay: Eu falo para Laura, a gente brinca, e eu digo para ela que eu vou viver 100 anos. E ela diz &ldquo;n&atilde;o conte comigo, n&atilde;o sei se eu quero viver isso tudo n&atilde;o&rdquo;. Mas eu falo que eu quero, eu gosto demais de viver, gosto da vida, gosto das rela&ccedil;&otilde;es, amo meu trabalho, e eu pretendo trabalhar realmente at&eacute; n&atilde;o poder mais. Mas eu acho que sim, esse ritmo tende a diminuir por quest&atilde;o de idade mesmo, o g&aacute;s que eu tenho hoje com certeza n&atilde;o vai ser o mesmo que eu terei daqui h&aacute; 30 anos, mas eu espero que ainda seja o bastante para que eu trabalhe muito, para fazer coisas que eu sonho e que eu ainda vou sonhar com 60 anos de idade. Porque voc&ecirc; pode ter certeza, os sonhos n&atilde;o acabam, eles s&oacute; v&atilde;o mudando de lugar.

Qual a sua rela&ccedil;&atilde;o com a moda? E como voc&ecirc; define seu estilo?

Chay: Olha, eu realmente adoro moda, adoro mesmo. Tenho uma rela&ccedil;&atilde;o estreita, n&atilde;o tenho como negar. Mas &eacute; dif&iacute;cil eu me definir, porque realmente&hellip; eu n&atilde;o tenho algo objetificado, n&atilde;o tenho uma mira, a qual eu quero atingir. Na verdade, eu vou gostando de certas cores, certas coisas, certos cortes, vou vendo o que funciona em mim, eu erro &agrave;s vezes pensando que uma coisa vai funcionar e n&atilde;o funciona. Mas eu vou experimentando, e o que me faz sentir melhor e mais bonito &eacute; o que eu vou mantendo, e isso vai se tornando meu estilo pr&oacute;prio, como de qualquer pessoa que se respeita neste sentido&hellip;&nbsp;

Voc&ecirc; v&ecirc; a moda como movimento art&iacute;stico e transformador?

Chay: Sim e n&atilde;o. Eu acho que a moda, assim como as artes c&ecirc;nicas, podem ser art&iacute;sticas e transformadoras e podem n&atilde;o ser. Eu acho que depende muito de quem est&aacute; por tr&aacute;s daquilo ali, daquela marca, pe&ccedil;a ou desfile. A moda traz possibilidades profundamente art&iacute;sticas, que podem ser exploradas ou n&atilde;o artisticamente, mas podem trazer tamb&eacute;m possibilidades n&atilde;o art&iacute;sticas tamb&eacute;m, como uma reprodu&ccedil;&atilde;o &oacute;bvia e sistem&aacute;tica que &eacute; o que vai vender. Ent&atilde;o ela pode ser art&iacute;stica e pode n&atilde;o ser, como tudo na vida.&nbsp;

Chay Suede fala sobre carreira e família em entrevista exclusiva

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