O Dr. Rodrigo da Rosa Filho explica tudo que você precisa saber sobre reprodução humana


Desde sua nomea&ccedil;&atilde;o, o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/diretor-de-dois-papas-apresenta-video-de-como-enganou-os-expectadores-do-longa">Papa Francisco</a> sempre se mostrou aberto a dialogar sobre uma s&eacute;rie de pautas consideradas como tabus pela igreja, como a quest&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/madonna-revela-que-foi-ameacada-de-ir-a-cadeia-por-defender-direitos-lgbt-entenda">LGBTI+</a>. E no &uacute;ltimo m&ecirc;s o Santo Padre, reafirmando esse seu posicionamento, declarou que pessoas homossexuais &ldquo;s&atilde;o filhas de Deus e t&ecirc;m direito a uma fam&iacute;lia&rdquo;. A afirma&ccedil;&atilde;o do Papa Francisco &eacute; um grande passo para o mundo e pode at&eacute; mesmo favorecer a conquista de futuros direitos para a comunidade LGBTI+

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<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/emocionadissimo-justin-bieber-canta-pela-primeira-vez-em-sua-igreja">A declara&ccedil;&atilde;o do l&iacute;der mundial da igreja cat&oacute;lica </a>pode inclusive ser o est&iacute;mulo que faltava para que casais homoafetivos decidam iniciar suas fam&iacute;lias atrav&eacute;s de m&eacute;todos de reprodu&ccedil;&atilde;o assistida, que, segundo o Dr. Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista obstetra especialista em reprodu&ccedil;&atilde;o humana e membro da Sociedade Brasileira de Reprodu&ccedil;&atilde;o Humana (SBRH), j&aacute; &eacute; legal no Brasil desde 2015 gra&ccedil;as a uma resolu&ccedil;&atilde;o do Conselho Federal de Medicina. Mas, mesmo ap&oacute;s cinco anos, muitos tabus e d&uacute;vidas ainda cercam o assunto, afinal, existem diversos procedimentos de reprodu&ccedil;&atilde;o assistida para casais homoafetivos que devem ser escolhidos de acordo com o g&ecirc;nero e as caracter&iacute;sticas individuais de cada pessoa.

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Por exemplo, para <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/uniao-gay-familia-real">casais homoafetivos</a> masculinos, a reprodu&ccedil;&atilde;o assistida, que s&oacute; pode ser feita por meio da fertiliza&ccedil;&atilde;o in vitro (FIV), tende a ser mais complicada. Isso porque, al&eacute;m da doa&ccedil;&atilde;o do &oacute;vulo que &eacute; intermediada por bancos do material que garantem o anonimato da doadora e dos receptores, &eacute; necess&aacute;rio buscar por uma barriga solid&aacute;ria, ou seja, uma mulher que esteja disposta a gestar o beb&ecirc;. &#39;&#39;Por&eacute;m, existem regras r&iacute;gidas no que diz respeito &agrave; barriga solid&aacute;ria, sendo que a mulher disposta a ceder o &uacute;tero para o procedimento deve ter mais de 18 anos e ser parente sangu&iacute;nea de at&eacute; quarto grau de um dos parceiros.&nbsp;Outros casos precisam receber autoriza&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/voce-sabia-que-a-cada-2-minutos-um-homem-brasileiro-se-submete-a-uma-intervencao-estetica">Conselho Federal de Medicina</a> e, caso n&atilde;o haja candidatas para ceder o &uacute;tero, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel realizar o procedimento&rdquo;, afirma o m&eacute;dico. Ap&oacute;s encontrarem uma barriga solid&aacute;ria e uma doadora de &oacute;vulos, cabe ao casal decidir qual dos dois ser&aacute; o doador do esperma. &ldquo;Em seguida, o &oacute;vulo &eacute; fecundado em laborat&oacute;rio e inserido no interior do &uacute;tero da mulher disposta a gestar a crian&ccedil;a. Ap&oacute;s cerca de 15 dias j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel verificar o sucesso do procedimento&rdquo;, diz o especialista.

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J&aacute; no caso de casais homoafetivos do sexo feminino, o processo de reprodu&ccedil;&atilde;o assistida &eacute; mais simples, visto que, al&eacute;m de poderem optar entre a fertiliza&ccedil;&atilde;o in vitro e a insemina&ccedil;&atilde;o intrauterina, necessitam apenas da doa&ccedil;&atilde;o do s&ecirc;men, que, assim como com o &oacute;vulo, &eacute; feita de forma an&ocirc;nima por meio de bancos do material. &ldquo;Caso a escolha seja pela fertiliza&ccedil;&atilde;o in vitro, o processo &eacute; o mesmo que com os casais homoafetivos masculinos, mas, nesse caso, o embri&atilde;o &eacute; inserido em uma das integrantes do casal. Al&eacute;m disso, o casal homoafetivo feminino que optar pela fertiliza&ccedil;&atilde;o in vitro ainda pode realizar uma gesta&ccedil;&atilde;o compartilhada, processo no qual uma das mulheres cede o &oacute;vulo enquanto a outra &eacute; a respons&aacute;vel por gestar o beb&ecirc;&rdquo;, explica o Dr. Rodrigo. &ldquo;Por sua vez, a insemina&ccedil;&atilde;o intrauterina, popularmente conhecida como insemina&ccedil;&atilde;o artificial, consiste, basicamente, na inser&ccedil;&atilde;o do espermatozoide doado na cavidade do &uacute;tero durante o per&iacute;odo de ovula&ccedil;&atilde;o da mulher para que a fecunda&ccedil;&atilde;o ocorra naturalmente, sendo que, em alguns casos, &eacute; necess&aacute;rio que a ovula&ccedil;&atilde;o seja previamente estimulada por meio de tratamento medicamentoso&rdquo;, diz o m&eacute;dico.

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Por fim, &eacute; importante ressaltar que a decis&atilde;o pela reprodu&ccedil;&atilde;o assistida e a escolha do procedimento cabem apenas ao casal, que deve discutir profundamente todas as quest&otilde;es que envolvem o tratamento com o m&eacute;dico. &ldquo;Em alguns casos, al&eacute;m do acompanhamento m&eacute;dico, &eacute; interessante tamb&eacute;m que o casal procure suporte jur&iacute;dico, principalmente no caso de casais homoafetivos masculinos. Isso porque a mulher que cedeu o &uacute;tero para gestar o feto pode requerer a guarda da crian&ccedil;a, visto que o beb&ecirc; possui material gen&eacute;tico de todos que participaram do processo&rdquo;, finaliza o Dr. Rodrigo da Rosa Filho.

Papa fala de casais homoafetivos e procura por reprodução cresce

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