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        <p><em>Gastronomia imersiva: &Iacute;caro Rizzo agora encara mais um desafio: assumir o Neto, restaurante dentro do novo JW Marriott. Confira uma entrevista exclusiva com o Chef!</em></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span><strong>&Iacute;caro Rizzo</strong> come&ccedil;ou sua carreira na <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/gastronomia/mesa-do-lado-a-exploracao-dos-cinco-sentidos-na-gastronomia">gastronomia</a> aos 18 anos. Inicialmente estudou nutri&ccedil;&atilde;o, mas percebeu logo que sua vontade n&atilde;o era focar na parte cl&iacute;nica da <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/gastronomia/plant-based-saiba-tudo-sobre-os-alimentos-do-momento">alimenta&ccedil;&atilde;o</a> e sim na alquimia entre panelas. Depois de capitanear a cozinha do Renaissance <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/gastronomia-canopy-jardins-se-une-ao-grupo-saliva-para-um-roteiro-saboroso-por-sa">S&atilde;o Paulo</a> Hotel, inclusive durante a total renova&ccedil;&atilde;o do aconchegante e bem decorado Terra&ccedil;o Jardins, agora ele encara mais um desafio: assumir o Neto, restaurante dentro do novo JW Marriott. Hoje, ele conversa exclusivamente com a L'Officiel Brasil e nos conta tudo sobre sua nova trajet&oacute;ria.<br /><br /></span><span><strong>Como foi seu primeiro contato com a gastronomia? </strong><br /></span><span>Eu gostava muito de bolo, ent&atilde;o pedi para minha m&atilde;e me ensinar a fazer. Eu tinha, no m&aacute;ximo, 9 anos quando isso aconteceu. Desde ent&atilde;o, se eu n&atilde;o estava na rua, brincando com os meus amigos, eu estava pedindo para ela me ensinar o b&aacute;sico da cozinha, como preparar arroz e feij&atilde;o. E nunca fiz isso por obriga&ccedil;&atilde;o, pois isso era parte de uma brincadeira.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span><strong>A cozinha do Neto &eacute; uma fus&atilde;o da It&aacute;lia com o Brasil, que &eacute; um pa&iacute;s com muitos imigrantes italianos. Por essa carga hist&oacute;rica, fica mais f&aacute;cil ou mais dif&iacute;cil elaborar o menu?</strong><br /></span><span>A cozinha italiana explora a simplicidade com muito sabor envolvido e com ingredientes que voc&ecirc; tem &agrave; m&atilde;o, com faci</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">lidade. Muito disso estamos fazendo aqui no Neto, mas com o diferencial de trabalhar com produtos de fornecedores locais, que conseguem entregar o que existe de melhor em determinada &eacute;poca do ano. Tamb&eacute;m posso citar como ponto crucial da mudan&ccedil;a do antigo Neto para agora a linha t&ecirc;nue de um italiano mais tradicional e um italiano com uma cara mais brasileira.</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span><strong>Quais s&atilde;o os ingredientes mais ic&ocirc;nicos do menu atual?</strong><br /></span><span>Os que t&ecirc;m gerado bom retorno dos clientes s&atilde;o os crudos, muito consumidos no sul da It&aacute;lia. N&oacute;s temos um pouco dessa cultura do crudo com um bom carpaccio de carne, mas tamb&eacute;m temos de atum (carro-chefe) e de palmito pupunha. Outro prato que faz bastante sucesso &eacute; o ravioli de queijo meia-cura,&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">mel de abelha nativa e trufa negra italiana. Eu gosto de usar o pistache como ingrediente e percebo que o nosso risoto de alcachofra com essa noz tamb&eacute;m faz sucesso, bem como a salada de folhas e PANCs (plantas aliment&iacute;cias n&atilde;o convencionais).</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span><strong>O mel de abelha nativa (do ravioli) est&aacute; virando um ingrediente desejado em restaurantes de alta gastronomia no pa&iacute;s. </strong><br /></span><span>Eu n&atilde;o imaginava que um mel poderia ser t&atilde;o diferente do outro em cor, densidade, sabor e aroma. Desde que comecei a me aprofundar no tema nunca mais deixei de us&aacute;-lo nos card&aacute;pios. Sempre falei que sou um cozinheiro de produtos. Saber que s&atilde;o de abelhas nativas do Brasil &eacute; motivo de orgulho.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span><strong>Em rela&ccedil;&atilde;o aos doces, como voc&ecirc;s montaram a carta?</strong><br /></span><span>Nas sobremesas temos o chef Thiago Dias, que &eacute; o pastry chef aqui do JW Marriott e tamb&eacute;m faz a carta de sobremesas do Neto. O menu de doces tem que falar a mesma l&iacute;ngua do restante do card&aacute;pio. A mesma pesquisa sobre os pratos, sobre os ingredientes nas entradas e nos principais tem que existir na sobremesa. Ent&atilde;o, quando pegamos a sobremesa, queremos falar sobre o qu&ecirc;? Sobre o gelato que fazemos no hotel, por exemplo? Temos um sorbet de caj&aacute;, que &eacute; uma das op&ccedil;&otilde;es veganas das sobremesas. Tamb&eacute;m oferecemos uma vers&atilde;o do tiramis&ugrave;, um cl&aacute;ssico dos cl&aacute;ssicos, e, ainda, conseguimos fazer outros tipos de gelatos. O Thiago entendeu isso trabalhando com a gente e as sobremesas est&atilde;o fazendo um baita sucesso, assim como o restante do menu.</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span><strong>O que voc&ecirc;s est&atilde;o pensando em lan&ccedil;ar no menu de primavera/ver&atilde;o?</strong><br /></span><span>Ser&aacute; um menu muito mais frutado e leve, com muito uso de flores e PANCs, al&eacute;m de frutos do mar e pescados, algo explorado ricamente no sul da It&aacute;lia.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><strong>Como &eacute; capitanear um restaurante de fine dining </strong><span><strong>dentro de um hotel, algo que ainda est&aacute; se popularizando no Brasil?</strong><br /></span><span>Ser chef de um hotel &eacute; muito bacana e foi virando algo natural na carreira, mas tamb&eacute;m tenho muitos encargos burocr&aacute;ticos que v&atilde;o al&eacute;m do restaurante. Temos outros pontos aqui dentro, como servi&ccedil;o de quarto, de bar e at&eacute; o refeit&oacute;rio dos funcion&aacute;rios. Tudo faz parte da cozinha, ent&atilde;o se torna algo um pouco mais complexo do que seria o restaurante onde voc&ecirc; tem hor&aacute;rio para fechar e abrir todos os dias. S&oacute; que por mais dif&iacute;cil que seja, &eacute; isso que realmente me faz levantar da cama com prop&oacute;sito. O brasileiro est&aacute; encarando melhor esse programa de sair para jantar, almo&ccedil;ar ou para tomar um coquetel dentro de um hotel, coisa que n&atilde;o era muito usual h&aacute; dez anos. Existia um mito de que tudo que acontece dentro do hotel tem um pre&ccedil;o absurdo mas, para mim, os restaurantes e bares que est&atilde;o dentro de um hotel tamb&eacute;m possuem produtos acess&iacute;veis para uma experi&ecirc;ncia incr&iacute;vel. Esse ainda &eacute; um trabalho que temos pela frente, mas quando comparado ao passado, vejo que hoje as pessoas est&atilde;o realmente encorajadas a sair das suas casas e vivenciar esse tipo de experi&ecirc;ncia.</span></p>
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Ícaro Rizzo, Chef gastronômico, em uma entrevista exclusiva

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