Sem expor individualmente desde 1998, Megumi Yuasa realiza uma mostra que combina obras realizadas desde o fim da d&eacute;cada de 1970 at&eacute; in&eacute;ditas de 2024.

A galeria de arte <a href="http://gomide.co/">Gomide&amp;Co</a> tem o prazer de anunciar a primeira <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/cristobal-balenciaga-entrevistamos-o-time-de-curadores-da-exposicao">exposi&ccedil;&atilde;o</a> individual do escultor e ceramista Megumi Yuasa (S&atilde;o Paulo, 1938) - um evento que marca o retorno not&aacute;vel do artista ap&oacute;s uma longa aus&ecirc;ncia de mostras individuais desde 1998. A inaugura&ccedil;&atilde;o da exposi&ccedil;&atilde;o ocorreu no dia 22 de agosto e representa uma oportunidade &uacute;nica para o p&uacute;blico apreciar a evolu&ccedil;&atilde;o criativa de Yuasa ao longo das d&eacute;cadas.

Megumi Yuasa (Foto: Fabio Yoshihito Matsuura/cortesia do artista e Gomide&Co)

Concebida atrav&eacute;s da colabora&ccedil;&atilde;o entre o artista Alexandre da Cunha, a arquiteta Jaqueline Lessa (entre terras) e a pesquisadora Rachel Hoshino - tamb&eacute;m respons&aacute;vel pelo texto cr&iacute;tico -, a mostra oferece uma vis&atilde;o abrangente do percurso art&iacute;stico de Yuasa.&nbsp;
A sele&ccedil;&atilde;o de trabalhos combina <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/arte/grace-wales-expoe-obras-de-arte-inspiradas-na-diaspora-africana">obras</a> criadas desde o final da d&eacute;cada de 1970 com novas in&eacute;ditas produzidas em 2024, permitindo um di&aacute;logo entre o passado e o presente.&nbsp;

Megumi constr&oacute;i ao longo de sua produ&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica uma linguagem pr&oacute;pria, dando forma a esculturas que combinam elementos variados, como argila, metais, limalhas e &oacute;xidos. Um mestre em seu meio, o artista enfatiza a comunh&atilde;o dos ceramistas com a terra, defendendo que tudo o que est&aacute; ao redor de uma obra faz parte dela e vai acompanh&aacute;-la ao infinito. &Eacute; justamente essa rela&ccedil;&atilde;o dial&oacute;gica, sempre imbu&iacute;da pelo discurso filos&oacute;fico e pol&iacute;tico do artista, que estrutura boa parte de seus trabalhos.

Fotos: Ruy Teixeira/Divulgação

Megumi Yuasa inicia-se nas artes pl&aacute;sticas em 1964, quando passa a realizar suas primeiras cer&acirc;micas. Viaja em seguida junto a sua companheira Naoko Yuasa ao interior do estado de Goi&aacute;s, pesquisando t&eacute;cnicas e materiais. Em 1968, realiza em Goi&acirc;nia sua primeira exposi&ccedil;&atilde;o, e no ano seguinte retorna para S&atilde;o Paulo. Logo seu trabalho passa a ser reconhecido. J&aacute; em 1971, frequenta por seis meses a Escola Brasil, a convite do pintor Luiz Paulo Baravelli (1942). Em 1988, morando em Itu, passa a trabalhar na Cer&acirc;mica Aruan, f&aacute;brica de Gilberto Daccache. No final de 1988, o artista passou a trabalhar como mestre ceramista na pr&oacute;pria f&aacute;brica, sendo a ele reservado um espa&ccedil;o onde modelava suas pe&ccedil;as e ensinava o of&iacute;cio aos jovens oper&aacute;rios que faziam utilit&aacute;rios.

Das exposi&ccedil;&otilde;es que participou, cabe destacar as 13&ordf; e 14&ordf; edi&ccedil;&otilde;es da Bienal de S&atilde;o Paulo (1975 e 1977, respectivamente); La&ccedil;os do Olhar (2008), coletiva no Instituto Tomie Ohtake (S&atilde;o Paulo); e O Curso do Sol (2023), coletiva com curadoria de Yudi Rafael, na Gomide&amp;Co. Em 2024, sua obra integrou a coletiva Tocar a Terra, curadoria de Rachel Hoshino como parte do programa Di&aacute;sporas Asi&aacute;ticas, no Instituto Tomie Ohtake.

A exposi&ccedil;&atilde;o de Megumi Yuasa ocorre no contexto de um programa da galeria Gomide&amp;Co que dedica especial aten&ccedil;&atilde;o ao territ&oacute;rio da cer&acirc;mica, tendo como b&uacute;ssola a supera&ccedil;&atilde;o das distin&ccedil;&otilde;es estabelecidas entre a t&eacute;cnica e outras linguagens art&iacute;sticas com vias &agrave; afirma&ccedil;&atilde;o dessa produ&ccedil;&atilde;o no campo da arte contempor&acirc;nea. Suas paisagens imaginadas, entre &aacute;rvores, nuvens, sementes e os chamados esp&aacute;ssaros, ir&atilde;o agora compor o espa&ccedil;o expositivo da galeria, ganhando formas familiares e ao mesmo tempo improv&aacute;veis, constitu&iacute;das a partir de uma expografia singular que apresenta suas obras sem hierarquias. Tendo realizado suas primeiras exposi&ccedil;&otilde;es ainda no fim da d&eacute;cada de 1960, o artista chega para a ocasi&atilde;o somando mais de meio s&eacute;culo de trajet&oacute;ria como um nome fundamental da escultura no Brasil. Diante de seu repert&oacute;rio visual, agora &eacute; poss&iacute;vel tamb&eacute;m perceber a amplitude de sua po&eacute;tica, que atravessa linguagens e constitui seu discurso interdisciplinar.&nbsp; &nbsp;

A exposi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; apenas um marco na carreira de Megumi Yuasa, mas tamb&eacute;m um evento significativo no cen&aacute;rio art&iacute;stico, destacando a relev&acirc;ncia cont&iacute;nua e a profundidade de sua produ&ccedil;&atilde;o ao longo de quase cinco d&eacute;cadas.

Informa&ccedil;&otilde;es sobre a exposi&ccedil;&atilde;o: - Local: Avenida Paulista, 2644. S&atilde;o Paulo - SP. - Abertura: 22 de agosto - Per&iacute;odo expositivo: De 22 de agosto a 01 de novembro de 2024 - Hor&aacute;rios de visita&ccedil;&atilde;o: Segunda a Sexta das 10h &agrave;s 19h, s&aacute;bado de 11 &agrave;s 17h. - Entrada gratuita.

Megumi Yuasa ganha mostra individual na galeria Gomide&Co

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