Vencedora do Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em filme de Drama tamb&eacute;m &eacute; autora de romances e cr&ocirc;nicas

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/fernanda-torres-se-defende-por-fazer-blackface-na-tv-ha-17-anos">Fernanda Torres</a>, 59, &eacute; a primeira brasileira a arrematar o pr&ecirc;mio Globo de Ouro, na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama, por sua atua&ccedil;&atilde;o no filme Ainda estou Aqui (2024), e tamb&eacute;m deixa seu nome nas p&aacute;ginas dos <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/oscar-books-5-livros-que-inspiraram-filmes-da-premiacao-em-2024">livros</a>.
Al&eacute;m dos palcos, das telas do cinema e da televis&atilde;o, a artista brasileira tamb&eacute;m &eacute; escritora, cronista e tamb&eacute;m j&aacute; assinou alguns roteiros ao longo de sua trajet&oacute;ria art&iacute;stica. Em 2013, Fernanda deu in&iacute;cio &agrave; carreira como escritora e lan&ccedil;ou Fim, seu primeiro romance. A obra foi adaptada pelos diretores Daniela Thomas e Andrucha Waddington para a s&eacute;rie hom&ocirc;nima que passou a integrar o cat&aacute;logo da plataforma Globoplay no ano passado.
Confira os livros escritos pela atriz brasileira premiada.

Fim, de Fernanda Torres | Foto: Divulgação/Amazon

A obra acompanha a vida de um grupo de cinco amigos no Rio de Janeiro que tentam lidar com suas frustra&ccedil;&otilde;es ao encarar a velhice e refletir sobre a morte. Com personalidades completamente distintas, eles rememoram momentos marcantes de suas vidas, como casamentos, separa&ccedil;&otilde;es, conquistas, arrependimentos e tantos outros epis&oacute;dios.
&Aacute;lvaro &eacute; solit&aacute;rio, passa o tempo de m&eacute;dico em m&eacute;dico e n&atilde;o mant&eacute;m um relacionamento saud&aacute;vel com a ex-esposa. S&iacute;lvio n&atilde;o consegue abandonar os excessos de droga e sexo. Ribeiro &eacute; um frequentador ass&iacute;duo da praia carioca que coleciona epis&oacute;dios inusitados em sua vida amorosa. Neto &eacute; o &ldquo;careta&rdquo; do grupo de amigos, o marido fiel at&eacute; os &uacute;ltimos dias. Ciro, o Don Juan invejado por todos, &eacute; o primeiro a morrer v&iacute;tima de um c&acirc;ncer.
S&atilde;o personagens que compartilham n&atilde;o apenas o fato de viverem o extremo da vida, mas tamb&eacute;m por sofrerem suas pr&oacute;prias limita&ccedil;&otilde;es. Ao redor deles pairam mulheres neur&oacute;ticas, amargas, sedutoras, desencanadas, descartadas e conformadas. H&aacute; tamb&eacute;m um padre em crise com a pr&oacute;pria voca&ccedil;&atilde;o e outros tipos cariocas frutos da capacidade de observa&ccedil;&atilde;o da autora.
Entre a areia e o Sol das praias cariocas, h&aacute; atitudes cheias de resigna&ccedil;&atilde;o e cobertas por uma tinta de melancolia. Humor sem superficialidade, lirismo e complexidade sem afeta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o os temperos deste enredo que foi adaptado para a s&eacute;rie hom&ocirc;nima da plataforma Globoplay no ano passado.

Sete anos, de Fernanda Torres | Foto: Divulgação/Amazon

Desde 2007, Fernanda Torres iniciou uma rela&ccedil;&atilde;o com a imprensa. O olhar perspicaz, aliado ao humor e &agrave; cr&iacute;tica social, rendeu &agrave; atriz a oportunidade de compartilhar seu ponto de vista por meio de textos publicados em jornais, revistas e portais brasileiros.
Abordando assuntos de espessura densa, Fernanda Torres trata de pol&iacute;tica, cotidiano, cinema e teatro neste livro que re&uacute;ne alguns de seus textos j&aacute; publicados. No entanto, h&aacute; uma produ&ccedil;&atilde;o in&eacute;dita. &Eacute; o pungente Despedida, que trata da morte de seu pai. Por pudor, Fernanda preferiu n&atilde;o publicar na &eacute;poca, mas decidiu compartilhar a experi&ecirc;ncia dolorosa com seus leitores nesta obra.
"As cr&ocirc;nicas aqui reunidas foram escritas ao longo de sete anos e contam a hist&oacute;ria do meu noviciado", diz a autora na apresenta&ccedil;&atilde;o do livro. "Desenvolver uma ideia dentro de um espa&ccedil;o determinado de linhas, falar de temas de interesse comum sem abrir m&atilde;o do tom pessoal e dar valor &agrave; concis&atilde;o s&atilde;o algumas li&ccedil;&otilde;es que tomei do jornalismo", afirmou a atriz &ndash; e tamb&eacute;m escritora &ndash; aos leitores.

<h1 style="text-align: center;">A gl&oacute;ria e seu cortejo de horrores (2014)</h1>

A glória e seu cortejo de horrores, de Fernanda Torres | Foto: Reprodução/ Divulgação Amazon

O segundo romance de Fernanda Torres acompanha os epis&oacute;dios da vida e da carreira de Mario Cardoso, um ator de meia-idade. Entre altos e baixos, o artista j&aacute; viveu dias de gl&oacute;ria de sua carreira no passado quando foi o protagonista de uma telenovela. No entanto, agora, sente que est&aacute; em derrocada. Para tentar reverter sua situa&ccedil;&atilde;o, o ator decide encenar uma vers&atilde;o da pe&ccedil;a Rei Lear, de William Shakespeare, mas seus planos n&atilde;o saem como esperado.
A obra &eacute; o resultado da mescla eletrizante de com&eacute;dia de erros e retrato do artista. O enredo atravessa v&aacute;rias fases da carreira de Mario e, consequentemente, da hist&oacute;ria cultural do Brasil. Neste ritmo, ficamos imersos nas lembran&ccedil;as de juventude do personagem, sobretudo do teatro pol&iacute;tico, o sucesso do Cinema Novo dos anos da d&eacute;cada de 1960, a efervesc&ecirc;ncia hippie do Ver&atilde;o do Desbunde, o encontro com o teatro de Tch&eacute;khov e a gl&oacute;ria como um dos atores mais famosos de uma &eacute;poca em que a televis&atilde;o dava as cartas no pa&iacute;s.
A gl&oacute;ria e seu cortejo de horrores tra&ccedil;a um painel corrosivo de uma gera&ccedil;&atilde;o que viu sua ideia de arte sucumbir ao mercado, &agrave; superficialidade do mundo hiperconectado e &agrave; derrocada de suas pr&oacute;prias ilus&otilde;es.

Fernanda Torres: conheça os livros da atriz

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