Celebrando 31 anos de de carreira na TV, teatro e na m&uacute;sica, Alessandra Verney fala sobre sua brilhante jornada.&nbsp;

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/rita-ora-em-entrevista-exclusiva-para-l-officiel-brasil">Alessandra Verney,</a> se despede de mais uma temporada de sucesso em S&atilde;o Paulo com a montagem brasileira de &lsquo;Kiss me Kate &ndash; O Beijo da Megera&rsquo;,&nbsp; inspirado em &lsquo;A Megera Domada&rsquo; de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/marlon-teixeira-em-entrevista-exclusiva-para-l-officiel-hommes">William Shakespeare</a>. Tamb&eacute;m pela produ&ccedil;&atilde;o, a artista se prepara para subir ao palco do Teatro Rio Vermelho nos dias 03, 04 e 05 de novembro em Goi&acirc;nia.
Celebrando 31 anos de carreira multifacetada nos palcos, teatros e TV, Alessandra abre o cora&ccedil;&atilde;o em uma <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/isa-domingues-em-entrevista-exclusiva-para-a-l-officiel-brasil">entrevista exclusiva &agrave; L&rsquo;Officiel</a> para falar sobre sua trajet&oacute;ria, dificuldades, inspira&ccedil;&otilde;es e o lado B dos seus pap&eacute;is no teatro. Confira:

Como voc&ecirc; descobriu sua paix&atilde;o pela atua&ccedil;&atilde;o? Existe uma experi&ecirc;ncia, mem&oacute;ria espec&iacute;fica,&nbsp; que tenha inspirado a se tornar atriz?

Certamente foi a influ&ecirc;ncia do cinema na minha vida. Desde pequena, eu sempre fui apaixonada pela s&eacute;tima arte, assistia a todos os filmes que tinha acesso. Ent&atilde;o, a vontade de saber cada vez mais sobre a atua&ccedil;&atilde;o nas telas, foi despertando em mim o desejo de ser atriz. Paralelo ao cinema, eu tamb&eacute;m era apaixonada por m&uacute;sica e canto acabou entrando com tudo na minha vida.&nbsp;

Quais s&atilde;o os desafios mais gratificantes e tamb&eacute;m os mais dif&iacute;ceis de ser uma atriz no Brasil? Como lida com as inconst&acirc;ncias? Ainda se aventura em testes?

Acredito que o mais gratificante seja conseguir viver da profiss&atilde;o de atriz no Brasil, pois trabalhar com o que se ama e viver disso, n&atilde;o tem pre&ccedil;o. Apesar de existir um bom e grande mercado nacional, ele n&atilde;o &eacute; de f&aacute;cil acesso, pois existe muita concorr&ecirc;ncia. Eu tento driblar as inconst&acirc;ncias atrav&eacute;s do planejamento, procuro ter consci&ecirc;ncia de que as entressafras fazem parte dessa carreira e que preciso estar prevenida. Os testes mais recentes que fiz foram ligados ao streaming, mas hoje em dia n&atilde;o tenho mais expectativa quando fa&ccedil;o. Se eu for aprovada, &oacute;timo.&nbsp;

Como voc&ecirc; se prepara para interpretar uma personagem? Qual &eacute; o seu processo de pesquisa e desenvolvimento do papel?

Come&ccedil;o sempre pesquisando o m&aacute;ximo poss&iacute;vel sobre o texto e depois procuro refer&ecirc;ncias que possam ser uma inspira&ccedil;&atilde;o para construir o personagem, com as minhas ferramentas. Essas refer&ecirc;ncias podem vir de livros, filmes, m&uacute;sicas e tudo mais que me ajude a construir tra&ccedil;ar um processo de cria&ccedil;&atilde;o.&nbsp;&nbsp;

H&aacute; algum papel que voc&ecirc; tenha interpretado que tenha deixado uma marca mais forte em voc&ecirc;? Se sim, qual e por qu&ecirc;?

O papel que fiz no musical &ldquo;Kiss Me, Kate! O Beijo da Megera&rdquo;, certamente marcou um encontro entre atriz e personagem na minha carreira, tanto &eacute; que eu quis faz&ecirc;-lo novamente. Construir um personagem que retrata mulheres fortes, independentes e empoderadas, inevitavelmente acaba fortalecendo as caracter&iacute;sticas similares que trago em mim. E a&iacute; ocorre uma troca com o personagem que fica para a vida. &Eacute; poss&iacute;vel aprender muito com os pap&eacute;is e isso &eacute; algo fascinante na profiss&atilde;o.&nbsp;

Pegando o seu mais recente trabalho como refer&ecirc;ncia, como voc&ecirc; encontra um equil&iacute;brio entre se identificar com um personagem e manter a distin&ccedil;&atilde;o entre fic&ccedil;&atilde;o e realidade?

Busco sempre pensar que sou um instrumento para o personagem e que posso fazer essa composi&ccedil;&atilde;o com algumas caracter&iacute;sticas minhas, mas tamb&eacute;m trocar as com as caracter&iacute;sticas dele. Se o que o personagem tem para me mostrar for me ajudar a crescer como ser humano e artista, ser&aacute; muito bem-vindo; e o que ele trouxer de ruim ou nocivo, imediatamente ficar&aacute; somente na composi&ccedil;&atilde;o dele, em cena. N&atilde;o compactuo com a ideia&nbsp; de &ldquo;viver o personagem&rdquo; fora de cena; ao sair de cena, imediatamente j&aacute; me conecto comigo mesma.&nbsp;

Voc&ecirc; que reviveu uma personagem que a consagrou h&aacute; oito anos. Quais diferen&ccedil;as t&ecirc;m encontrado pelo caminho, com rela&ccedil;&atilde;o ao tema, o humor, o p&uacute;blico? Acha que "Kiss me, Kate" envelheceu bem?

Estou encantada com a repercuss&atilde;o do p&uacute;blico, a plateia sai muito feliz e fascinada pelo espet&aacute;culo. Essa nova montagem veio com um tom mais de com&eacute;dia e isso satisfaz muito o p&uacute;blico, que se identifica e se diverte. Certamente os costumes que s&atilde;o retratados na pe&ccedil;a n&atilde;o seriam aceitos hoje em dia, mas eles falam de uma &eacute;poca. Como Miguel e eu fizemos as cenas de briga do casal protagonista com veracidade, mas com muito humor, o p&uacute;blico nos recebeu muito bem;&nbsp; afinal, n&atilde;o est&aacute;vamos medindo for&ccedil;as e sim, mostrando a din&acirc;mica de um casal que se relaciona dessa forma mais &ldquo;intensa&rdquo;. Sendo assim, acho que envelheceu bem sim, considerando tamb&eacute;m essas adapta&ccedil;&otilde;es sutis, mas que fazem diferen&ccedil;a.&nbsp;

Ao que voc&ecirc; atribui o sucesso do espet&aacute;culo, que esgotou v&aacute;rias sess&otilde;es em S&atilde;o Paulo?

Acho que &eacute; um espet&aacute;culo leve, divertido e onde todos que participam tem prazer de faz&ecirc;-lo. O elenco tinha muita sintonia e t&iacute;nhamos grandes profissionais da com&eacute;dia, dos musicais, isso tudo tornou o show mais potente. O texto e as atua&ccedil;&otilde;es prenderam a aten&ccedil;&atilde;o dos espectadores. Sem falar na orquestra e nos n&uacute;meros musicais que deixaram a plateia radiante. Isso &eacute; o que percebi quando estava no backstage e quando conversava com as pessoas no final do show.&nbsp;

Sua trajet&oacute;ria, de mais de 30 anos, &eacute; bem marcada por personagens de &eacute;poca e tamb&eacute;m de humor. O que te falta?

Gostaria muito de fazer uma vil&atilde;, acho que esse gostinho n&atilde;o tive ainda, de fato (risos). Eu quero muito fazer mais projetos no audiovisual, trabalhos mais longos nesse ramo que me tragam oportunidade de conseguir ter mais tempo de cria&ccedil;&atilde;o e desenvolvimento de personagem.&nbsp;

Quais s&atilde;o as suas influ&ecirc;ncias e inspira&ccedil;&otilde;es na atua&ccedil;&atilde;o? Existem atores ou atrizes que voc&ecirc; admira especificamente?

Ah, com certeza. S&atilde;o muitos, de diversas &eacute;pocas: Miguel Falabella, Mar&iacute;lia P&ecirc;ra, Fernanda Montenegro, Vivien Leigh, Fanny Ardant, Cate Blanchet, Al Pacino, Ingrid Bergman&hellip;

Al&eacute;m de atuar, voc&ecirc; se envolve tamb&eacute;m em outros aspectos da produ&ccedil;&atilde;o teatral, como a produ&ccedil;&atilde;o. &Eacute; muito dif&iacute;cil "virar essa chave", para uma dar lugar a outra nos momentos certos?

&Eacute; um grande exerc&iacute;cio, necess&aacute;rio. Ainda mais que ao atuar, estamos conectados mais do que nunca com o nosso emocional, com a parte f&iacute;sica, com emo&ccedil;&otilde;es. Interfer&ecirc;ncias externas de outros assuntos, certamente podem influenciar na performance, ent&atilde;o &eacute; importante saber blind&aacute;-las.&nbsp;

Como acha que a representatividade e a diversidade est&atilde;o evoluindo na ind&uacute;stria do entretenimento? Qual &eacute; o papel da atriz nesse cen&aacute;rio?

Acho muito importante que as pessoas cada vez mais tenham consci&ecirc;ncia desse movimento, que veio para ficar. Al&eacute;m de do seu poder transformador, a arte tamb&eacute;m existe para promover a comunh&atilde;o entre os seres humanos e j&aacute; rompeu tantas barreiras e preconceitos. Acredito que a atriz pode, atrav&eacute;s da sua voz e atitude, refor&ccedil;ar o poder do feminino e mostrar o quanto o empoderamento da mulher tamb&eacute;m est&aacute; e &eacute; indispens&aacute;vel a esses novos tempos.&nbsp;

Para assistir ao espet&aacute;culo &lsquo;Kiss me Kate &ndash; O Beijo da Megera&rsquo;, durante sua temporada em Goi&acirc;nia, basta acessar o Sympla para garantir os ingressos ou o perfil <a href="https://www.instagram.com/kissmekatemusical/?hl=pt">@kissmekatemusical</a> no Instagram para mais informa&ccedil;&otilde;es.

Fotos/Divulga&ccedil;&atilde;o: Priscila Prade
Beleza: Dicko Lorenzo
Stylist: Juliano Pessoa e Zuel Ferreira

Alessandra Verney em entrevista exclusiva à L’Officiel

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