Embora as redes sociais estimulem esfoliar a pele, a pr&aacute;tica pode n&atilde;o ser inofensiva para algumas pessoas. Veja todos os detalhes!

Desde que a internet &eacute; internet, dicas e v&iacute;deos sobre como <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/esfoliacao-entenda-para-que-serve-e-como-fazer-em-casa">esfoliar a pele</a> aparecem para agradar a todos os gostos. Com a populariza&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/tendencia-cool-do-tik-tok-preocupa-especialistas-de-beleza">TikTok</a>, isso s&oacute; aumentou. Basta pesquisar a palavra &ldquo;esfoliar&rdquo; na rede para encontrar uma explos&atilde;o truques vistos por milh&otilde;es de pessoas sobre a melhor maneira para fazer a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/aloe-vera-multitalentoso-em-cuidados-com-a-pele">pele</a> descamar, com o argumento de renovar as c&eacute;lulas. Mas essa &eacute; a melhor maneira para isso?

Fotos: Pexels

Segundo a dermatologista Dra. Claudia Mar&ccedil;al, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da American Academy of Dermatology, a esfolia&ccedil;&atilde;o remove o estrato c&oacute;rneo, retirando c&eacute;lulas mortas, detritos, restos de epit&eacute;lio, sebo e res&iacute;duos que muitas vezes ficam mais aderidos &agrave; superf&iacute;cie cut&acirc;nea. Por isso, o ideal &eacute; que esse processo seja realizado no outono e no inverno, pois a baixa incid&ecirc;ncia do sol ajuda a prevenir problemas que podem ser causados por essa renova&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas mais superficiais da pele. Al&eacute;m disso, o esfoliante ajuda a combater as agress&otilde;es intensas causadas na pele pelo sol durante o ver&atilde;o. O esfoliante tamb&eacute;m torna a pele mais fina, macia e receptiva &agrave; hidrata&ccedil;&atilde;o, o que &eacute; muito importante no inverno, quando o tecido cut&acirc;neo tende a sofrer mais com ressecamento.

Foto: Reprodução/Instagram @sirapevida

Quais peles se beneficiam da esfolia&ccedil;&atilde;o?

Nem todos os tipos de pele se beneficiam da esfolia&ccedil;&atilde;o. &Eacute; necess&aacute;rio um olhar atento quanto &agrave; periodicidade e o uso de outros tipos de produto por aqueles que usam o esfoliante.
Segundo a Dra. Claudia, a pele seca n&atilde;o necessita de esfolia&ccedil;&atilde;o. &ldquo;O esfoliante tamb&eacute;m n&atilde;o deve ser usado em pele sensibilizada, no p&oacute;s-procedimento e no mesmo dia de uso de &aacute;cidos para n&atilde;o irritar ou promover um processo de dermatite de contato com o pr&oacute;prio &aacute;cido&rdquo;, destaca a m&eacute;dica. J&aacute; peles mais oleosas, hiperqueratinizadas, envelhecidas e que apresentam sujidades ou necessitam de uma limpeza mais profunda com a&ccedil;&atilde;o de renova&ccedil;&atilde;o celular se beneficiam da esfolia&ccedil;&atilde;o, de acordo com a dermatologista.
Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; periodicidade, uma pele mais oleosa precisa ser esfoliada duas vezes por semana. Na pele normal, o processo deve ser feito uma vez por semana, no m&aacute;ximo, para fazer a remo&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas mortas. Se o processo for feito em exagero, pode danificar a barreira da pele. &ldquo;Uma das fun&ccedil;&otilde;es da pele &eacute; de barreira, camada protetora do nosso corpo. Tecnicamente falando, essa camada protetora &eacute; chamada de estrato c&oacute;rneo, a camada mais externa da epiderme, que serve como um anteparo, evitando contamina&ccedil;&otilde;es do meio externo com o interno. Mas muitos h&aacute;bitos de vida, incluindo uso de produtos inadequados, interferem na barreira da pele, enfraquecendo as c&eacute;lulas e sua coes&atilde;o, o que nos torna mais suscet&iacute;veis&rdquo;, explica a m&eacute;dica. O modo como a esfolia&ccedil;&atilde;o &eacute; feita tamb&eacute;m pode causar danos &agrave; barreira da pele, com aparecimento de feridas, dores e at&eacute; cicatrizes. &ldquo;Outra quest&atilde;o importante &eacute; para n&atilde;o utilizar tamb&eacute;m esfoliantes indicados para o corpo no rosto, pois os esfoliantes corporais tem part&iacute;culas maiores e ve&iacute;culos mais pesados, podendo tornar a pele da face avermelhada, sens&iacute;vel e mais oleosa&rdquo;, diz a dermatologista.

Foto: Reprodução/Instagram @patriciagloriacontreras

O que fazer ap&oacute;s a esfolia&ccedil;&atilde;o?

A hidrata&ccedil;&atilde;o do rosto &eacute; essencial, pois ao realizar o processo, ocorre uma remo&ccedil;&atilde;o parcial da camada c&oacute;rnea e do manto hidrolip&iacute;dico. Com isto, h&aacute; uma perda da integridade da barreira cut&acirc;nea, o que pode causar sensibilidade, irrita&ccedil;&atilde;o e efeito rebote com produ&ccedil;&atilde;o anormal de gorduras em resposta fisiol&oacute;gica &agrave; agress&atilde;o sofrida. 
Portanto, deve-se sempre hidratar a pele com subst&acirc;ncias capazes de reter a mol&eacute;cula de &aacute;gua proporcionando, ao mesmo tempo, a a&ccedil;&atilde;o de prote&ccedil;&atilde;o e higroscopia. O ve&iacute;culo escolhido deve ser adequado ao tipo de pele, variando desde um leve s&eacute;rum at&eacute; um creme nutritivo de alto perfil lip&iacute;dico.
Por fim, a m&eacute;dica lembra que os esfoliantes devem ser aplicados de prefer&ecirc;ncia &agrave; noite, ap&oacute;s a higieniza&ccedil;&atilde;o da pele. &ldquo;O produto deve ser massageado levemente com movimentos circulares. O esfoliante pode ser deixado na pele por dois a tr&ecirc;s minutos, principalmente se contar com ativos anti-idade ou anti-inflamat&oacute;rios. Logo ap&oacute;s, &eacute; necess&aacute;rio fazer a remo&ccedil;&atilde;o desse esfoliante com &aacute;gua em temperatura ambiente. Assim que a pele for enxaguada, um hidratante adequado ao tipo de pele deve ser aplicado&rdquo;, explica. &ldquo;Os esfoliantes faciais, de modo geral, n&atilde;o devem conter subst&acirc;ncias abrasivas em excesso ou que arranhem a pele para n&atilde;o provocar microfissuras que desequilibrem a integridade da barreira cut&acirc;nea e facilitem a prolifera&ccedil;&atilde;o de microrganismos causadores da perda da homeostase, levando a processos de dermatites e eczemas. O ideal ent&atilde;o &eacute; que o esfoliante tenha part&iacute;culas de pequeno ou m&eacute;dio tamanho, uniformes e de prefer&ecirc;ncia de origem natural, como o rice exfoliator e as sementes de apricot&rdquo;, destaca.

Foto: Reprodução/Instagram @freshlengths

No caso de pacientes de pele seca ou sens&iacute;vel, uma op&ccedil;&atilde;o &eacute; utilizar-se da hidrodermoabras&atilde;o, do Hydrafacial, apontado como uma intelig&ecirc;ncia artificial dos cuidados com a pele. O procedimento melhora o glow e a hidrata&ccedil;&atilde;o da pele, &eacute; indolor e n&atilde;o cutuca ou lesiona a pele. &ldquo;A plataforma tem v&aacute;rias ponteiras, cada uma com uma caracter&iacute;stica diferente, e consegue fazer a remo&ccedil;&atilde;o da sujidade e da oleosidade, inclusive de micropoluentes que ficam aderidos dentro dos poros e nem sempre conseguimos remover com a limpeza de pele manual. Tamb&eacute;m h&aacute; a aplica&ccedil;&atilde;o de beta-hidroxi&aacute;cidos, como o &aacute;cido salic&iacute;lico, e alfa-hidroxi&aacute;cidos, como o &aacute;cido glic&oacute;lico, para diminuir a espessura do estrato c&oacute;rneo, que &eacute; a primeira camada da pele, o que prepara a pele para receber o &lsquo;drug-delivery&rsquo;, que vai introduzir na pele, chegando em camadas mais profundas, pept&iacute;deos sinalizadores de col&aacute;geno, antioxidantes, clareadores e subst&acirc;ncias hidratantes. A experi&ecirc;ncia pode vir conjuntamente associada com a drenagem linf&aacute;tica, al&eacute;m do uso do LED, que vai promover uma a&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica anti-inflamat&oacute;ria e est&iacute;mulo de ATP, energia das c&eacute;lulas&rdquo;, finaliza a Dra. Claudia Mar&ccedil;al.

Esfoliar a pele: descubra todos os prós e contras

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